terça-feira, 10 de outubro de 2023

Vale substituirá diesel por amônia, hidrogênio verde e etanol

Vale substituirá diesel por amônia, hidrogênio verde e etanol, diz Bartolomeo.
Vale admite dificuldade com eletrificação da frota e aposta em etanol, diesel verde e amônia verde.

O diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou no congresso Exposibram, promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) em Belém, que a companhia trabalha para substituir o óleo diesel utilizado pela companhia no transporte de minério por trem e caminhão. Ao todo, a companhia consome a cada ano um milhão de litros de diesel, metade no transporte ferroviário, e o restante em caminhões.

No caso do transporte ferroviário, Bartolomeo explicou que a Vale pretende substituir o diesel por hidrogênio e amônia verdes. Já nos caminhões o diesel daria lugar ao etanol. Bartolomeo defendeu ainda, durante sua fala inicial no painel de abertura do congresso, uma transição no país do gás natural para o hidrogênio verde. “Tenho certeza que o Brasil vai ser a maior potência de energia limpa do mundo”, afirmou.

O executivo lembrou que o país já conta com os minerais necessários para produzir o chamado “aço verde” (cujo processo de fabricação gera muito menos emissões de CO2) e também baterias para os carros elétricos.

Ao comentar as mudanças pelas quais passa a indústria de mineração, o diretor-presidente da Vale frisou que a companhia reduziu drasticamente o percentual de acidentes, a partir de um foco total na segurança de trabalhadores e de processos.

Brasil avança em hidrogênio verde com produção a partir do etanol e outros projetos.

Contribuição para a transição energética

Na abertura Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (ExposIbram), Bartolomeo disse que a mineração tem “muito a contribuir” para ajudar o Brasil a assumir uma posição de liderança na transição energética. Segundo o executivo, o setor tem papel importante na redução das emissões de gases de efeito estufa e na mitigação das mudanças climáticas no mundo.

A empresa estabeleceu objetivos e prazos definidos nessa direção. As metas são reduzir as emissões em 33% nas suas operações até 2030 e em 15% junto a fornecedores e clientes siderúrgicos até 2035. Também é meta da Vale alcançar, até 2050, zero emissões líquidas de carbono.

“Nosso negócio está focado em duas grandes plataformas: soluções de minério de ferro para descarbonizar a siderurgia e metais para a transição energética. Em minério de ferro, contamos com um portfólio de produtos de alta qualidade e tecnologia. Na transição energética, oferecemos metais como o níquel e o cobre, essenciais para as baterias de veículos elétricos”, frisou o executivo, destacando a criação da Vale Base Metals, uma parceria estratégica com a Manara Minerals e a Engine Nº 1. Com a nova empresa, a previsão é de investimentos na ordem de R$ 50 bilhões pela próxima década no Brasil em projetos de níquel e cobre, além da ampliação de empregos, arrecadação e oportunidades para fornecedores no país, sobretudo no Pará.

Há quase 40 anos no Pará, a Vale gera atualmente cerca de 60 mil empregos, entre trabalhadores próprios e contratados em suas operações. (biodieselbr)

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