30% dos moradores de Estocolmo vão para o trabalho andando ou pedalando; 61% usam transporte público.
Na prefeitura de Estocolmo, Eva Sunnerstedt atua como gerente de projetos para veículos limpos ou verdes: os carros e ônibus eficientes, cujos motores emitem quantidade reduzida de gases tóxicos ou são movidos pelo etanol da cana-de-açúcar brasileira.
Eva defende o transporte a álcool com uma convicção que nem mesmo o governo brasileiro seria capaz. No PowerPoint, mostra um mapa do Brasil. Explica aos ouvintes que as terras na Amazônia não são usadas para a plantação de cana-de-açúcar, cultura que, ela mostra no mapa, se concentra na Região Sudeste. "O etanol e a cana-de-açúcar não contribuem para o desmatamento da floresta tropical. Os compradores de carro a álcool podem ficar tranqüilos", explica.
Em Estocolmo, como parte da política municipal para incentivar a compra de carros "ambientalmente corretos", a prefeitura transforma os proprietários verdes em privilegiados. O governo contribui com cerca de €1,1 mil para compradores de carros a álcool. Eles também ficam livres de pagar o pedágio urbano, no valor de €1 a€ 2, criado no ano passado para desestimular a entrada de carros em Estocolmo, e o estacionamento nas regiões centrais, que custa até €10.
Os táxis verdes, da mesma maneira, ganham preferência quando usados pela administração municipal. "Claro que o ideal é que o cidadão não tenha carro", diz Eva. "Mas caso queira, compre um carro pequeno e movido a álcool."
Assim como acontece com os demais debates em Estocolmo, o incentivo aos carros verdes se parece mais com um pós-problema. Afinal, os enormes congestionamentos estão longe da realidade local. Existem aproximadamente 280 mil carros privados na cidade, o que significa que 37 em cada 100 habitantes são donos de um carro. Em São Paulo, são cerca de 6 milhões de carros - cerca de 60 proprietários para cada 100 habitantes.
Mas, em Estocolmo, mesmo os donos de automóveis não dirigem seus carros no dia-a-dia: cerca de 30% dos moradores da cidade vão para o trabalho andando ou pedalando suas bicicletas, enquanto outros 61% deles circulam usando o transporte público local.
Além da eficiência e da qualidade do transporte público, a prefeitura apela para a consciência verde dos moradores com estatísticas que parecem mais apropriadas aos guias de dados curiosos e que de alguma maneira moldam o comportamento do morador local.
Pelos dados do município, sabe-se que um ciclista que mora a cinco quilômetros do trabalho emite anualmente 0,7 toneladas a menos de CO2 do que alguém que usa o carro no mesmo trajeto. Outro dado peculiar fornecido pela prefeitura mostra que se todos os pneus de carros fossem calibrados com a pressão correta, cerca de 20 milhões de litros de combustível poderia ser economizado anualmente, o que significa que a quantidade de CO2 na atmosfera diminuiria em 47 mil toneladas/ ano.
Como resultado de tamanha campanha e incentivos, o mercado de veículos a álcool tem crescido na cidade, que conta atualmente com cerca de 30 mil carros verdes. Mas o crescimento do mercado é exponencial. Os 3% de carros ambientalmente corretos vendidos pela indústria local já saltaram para 40% do mercado.
A prefeitura contribui ativamente com a iniciativa. Da frota de 1,2 mil carros oficiais do município, 626 são verdes. Os quase 200 ônibus verdes da cidade, produzidos pela Scania e que rodam com etanol misturado ao diesel, já deixaram de emitir 120 mil toneladas de CO2 na atmosfera desde 1990.
Na prefeitura de Estocolmo, Eva Sunnerstedt atua como gerente de projetos para veículos limpos ou verdes: os carros e ônibus eficientes, cujos motores emitem quantidade reduzida de gases tóxicos ou são movidos pelo etanol da cana-de-açúcar brasileira.
Eva defende o transporte a álcool com uma convicção que nem mesmo o governo brasileiro seria capaz. No PowerPoint, mostra um mapa do Brasil. Explica aos ouvintes que as terras na Amazônia não são usadas para a plantação de cana-de-açúcar, cultura que, ela mostra no mapa, se concentra na Região Sudeste. "O etanol e a cana-de-açúcar não contribuem para o desmatamento da floresta tropical. Os compradores de carro a álcool podem ficar tranqüilos", explica.
Em Estocolmo, como parte da política municipal para incentivar a compra de carros "ambientalmente corretos", a prefeitura transforma os proprietários verdes em privilegiados. O governo contribui com cerca de €1,1 mil para compradores de carros a álcool. Eles também ficam livres de pagar o pedágio urbano, no valor de €1 a€ 2, criado no ano passado para desestimular a entrada de carros em Estocolmo, e o estacionamento nas regiões centrais, que custa até €10.
Os táxis verdes, da mesma maneira, ganham preferência quando usados pela administração municipal. "Claro que o ideal é que o cidadão não tenha carro", diz Eva. "Mas caso queira, compre um carro pequeno e movido a álcool."
Assim como acontece com os demais debates em Estocolmo, o incentivo aos carros verdes se parece mais com um pós-problema. Afinal, os enormes congestionamentos estão longe da realidade local. Existem aproximadamente 280 mil carros privados na cidade, o que significa que 37 em cada 100 habitantes são donos de um carro. Em São Paulo, são cerca de 6 milhões de carros - cerca de 60 proprietários para cada 100 habitantes.
Mas, em Estocolmo, mesmo os donos de automóveis não dirigem seus carros no dia-a-dia: cerca de 30% dos moradores da cidade vão para o trabalho andando ou pedalando suas bicicletas, enquanto outros 61% deles circulam usando o transporte público local.
Além da eficiência e da qualidade do transporte público, a prefeitura apela para a consciência verde dos moradores com estatísticas que parecem mais apropriadas aos guias de dados curiosos e que de alguma maneira moldam o comportamento do morador local.
Pelos dados do município, sabe-se que um ciclista que mora a cinco quilômetros do trabalho emite anualmente 0,7 toneladas a menos de CO2 do que alguém que usa o carro no mesmo trajeto. Outro dado peculiar fornecido pela prefeitura mostra que se todos os pneus de carros fossem calibrados com a pressão correta, cerca de 20 milhões de litros de combustível poderia ser economizado anualmente, o que significa que a quantidade de CO2 na atmosfera diminuiria em 47 mil toneladas/ ano.
Como resultado de tamanha campanha e incentivos, o mercado de veículos a álcool tem crescido na cidade, que conta atualmente com cerca de 30 mil carros verdes. Mas o crescimento do mercado é exponencial. Os 3% de carros ambientalmente corretos vendidos pela indústria local já saltaram para 40% do mercado.
A prefeitura contribui ativamente com a iniciativa. Da frota de 1,2 mil carros oficiais do município, 626 são verdes. Os quase 200 ônibus verdes da cidade, produzidos pela Scania e que rodam com etanol misturado ao diesel, já deixaram de emitir 120 mil toneladas de CO2 na atmosfera desde 1990.
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