quinta-feira, 6 de maio de 2010

Redução da mistura de etanol não faz sentido

Para analistas de etanol, redução da mistura `não faz sentido´.
Os analistas do mercado de etanol lembram que esse tipo de combustível é um produto agrícola e sua oferta segue o ciclo de produção da cana-de-açúcar.
Durante a colheita, de abril a novembro, a produção cresce e o preço cai. Nesses meses, o álcool tende a custar menos que a gasolina. Transforma-se, então, no principal combustível do país. O intervalo de dezembro a março é o tempo de a cana crescer. Não há produção de álcool. A oferta cai e o preço sobe. Nesse período, a gasolina ganha mercado. É o que ocorre neste momento.
Não há, no entanto, risco de o carro ficar parado na garagem. Como a frota de carro flex não para de crescer no Brasil, o único trabalho do motorista entre o período da colheita e o de crescimento da cana é trocar de bomba na hora de encher o tanque. “Não há risco de falta de combustível porque o Brasil é o país do carro flex”, diz a economista Amaryllis Romano, analista da Tendências Consultoria. “O consumidor escolhe o combustível que estiver mais em conta, ora álcool, ora gasolina.”
Por isso mesmo, nem Amaryllis e nem outros consultores do setor veem razão para que haja redução na mistura: “Não há justifica para uma eventual redução da mistura de álcool na gasolina”, diz Plinio Natari, da consultoria Datagro, especializada em açúcar e álcool. “O único efeito da medida seria influenciar no preço do álcool, o que não é nada bom porque esse é um mercado livre de intervenção do governo.”

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