* Ministra do Meio Ambiente diz que aumento de área plantada não será feito com desmatamento, mas aproveitando áreas já degradadas *
O Programa Nacional de Óleo de Palma, lançado em 06/05/2010 em Tomé Açú, no Pará, quer tornar o país o maior produtor mundial desse vegetal nos próximos anos, garantindo o suprimento de combustível renovável.
O programa prevê a ampliação da área destinada à plantação do vegetal para a produção de combustíveis a partir de energias renováveis. O óleo de Palma também é conhecido como dendê. O projeto, que visa aumentar a produção para 130 mil hectares até 2014, vai ser aplicado em 44 municípios das regiões Norte e Nordeste.
Atualmente, o Pará lidera a produção de palmas no país, com 80 mil hectares plantados na região dos rios Capim, Guamá e Tocantins. A transformação do óleo de dendê em biodiesel é feita pela Petrobras, que está construindo três indústrias na região, para somar às nove já existentes no estado. O Programa Nacional de Óleo de Palma prevê a participação imediata de 900 parceiros na agricultura familiar, e de 300 médios e grandes produtores.
No dia 5/5, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou, em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, que a palma produz dez vezes mais óleo do que a soja na mesma área, sendo possível produzir cinco toneladas de óleo por hectare a cada ano. Com isso, um produtor que plante 10 hectares de palma, pode obter uma renda média de R$ 2 mil por mês aos preços atuais.
Segundo Wagner Rossi, somente dois países, a Tailândia e a Indonésia, concentram 90% da produção mundial de óleo de palma. Ele fala que com o programa, a participação brasileira nesse mercado vai aumentar.
“Vai disponibilizar a possibilidade da multiplicação da cultura numa área muito grande no Brasil. Nós temos pelo menos, no momento, 29 milhões de hectares disponíveis, onde a palma poderia ser usada com eficiência. Isso inclui uma parte grande do Nordeste brasileiro e todos os estados do Norte.”
O aumento de área plantada não será feito com desmatamento, mas aproveitando áreas já degradadas, segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
“O programa nasce com orientações claras do ponto de vista de que áreas podem ser aproveitadas para a expansão dessa cultura. É um programa construído em bases para proibir o desmatamento em áreas de florestas nativas para a expansão da fronteira agrícola associada à palma de óleo.”
Ambientalistas concordam que gerar combustível renovável é importante para a região. Mas, segundo o coordenador do Instituto do Homem e Meio Ambienta da Amazônia (Imazon), Paulo Amaral, se o projeto vai envolver pequenos produtores, é preciso alguns cuidados.
“Um sistema de monitoramento muito forte, para que não provoque pressão sobre as áreas ainda com cobertura florestal, deve observar a recomposição dessas áreas já abertas. E tem que se considerar assistência técnica e uma garantia da compra dessa produção para que um pequeno produtor possa se sentir seguro para entrar num programa desses.” (EcoDebate)
O Programa Nacional de Óleo de Palma, lançado em 06/05/2010 em Tomé Açú, no Pará, quer tornar o país o maior produtor mundial desse vegetal nos próximos anos, garantindo o suprimento de combustível renovável.
O programa prevê a ampliação da área destinada à plantação do vegetal para a produção de combustíveis a partir de energias renováveis. O óleo de Palma também é conhecido como dendê. O projeto, que visa aumentar a produção para 130 mil hectares até 2014, vai ser aplicado em 44 municípios das regiões Norte e Nordeste.
Atualmente, o Pará lidera a produção de palmas no país, com 80 mil hectares plantados na região dos rios Capim, Guamá e Tocantins. A transformação do óleo de dendê em biodiesel é feita pela Petrobras, que está construindo três indústrias na região, para somar às nove já existentes no estado. O Programa Nacional de Óleo de Palma prevê a participação imediata de 900 parceiros na agricultura familiar, e de 300 médios e grandes produtores.
No dia 5/5, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou, em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, que a palma produz dez vezes mais óleo do que a soja na mesma área, sendo possível produzir cinco toneladas de óleo por hectare a cada ano. Com isso, um produtor que plante 10 hectares de palma, pode obter uma renda média de R$ 2 mil por mês aos preços atuais.
Segundo Wagner Rossi, somente dois países, a Tailândia e a Indonésia, concentram 90% da produção mundial de óleo de palma. Ele fala que com o programa, a participação brasileira nesse mercado vai aumentar.
“Vai disponibilizar a possibilidade da multiplicação da cultura numa área muito grande no Brasil. Nós temos pelo menos, no momento, 29 milhões de hectares disponíveis, onde a palma poderia ser usada com eficiência. Isso inclui uma parte grande do Nordeste brasileiro e todos os estados do Norte.”
O aumento de área plantada não será feito com desmatamento, mas aproveitando áreas já degradadas, segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
“O programa nasce com orientações claras do ponto de vista de que áreas podem ser aproveitadas para a expansão dessa cultura. É um programa construído em bases para proibir o desmatamento em áreas de florestas nativas para a expansão da fronteira agrícola associada à palma de óleo.”
Ambientalistas concordam que gerar combustível renovável é importante para a região. Mas, segundo o coordenador do Instituto do Homem e Meio Ambienta da Amazônia (Imazon), Paulo Amaral, se o projeto vai envolver pequenos produtores, é preciso alguns cuidados.
“Um sistema de monitoramento muito forte, para que não provoque pressão sobre as áreas ainda com cobertura florestal, deve observar a recomposição dessas áreas já abertas. E tem que se considerar assistência técnica e uma garantia da compra dessa produção para que um pequeno produtor possa se sentir seguro para entrar num programa desses.” (EcoDebate)
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