Mesmo com um dia a menos do que em 2012, por causa do
calendário bissexto, e com um panorama hidrológico menos favorável, a usina de
Itaipu superou, de janeiro a 19 de março deste ano, a produção acumulada em
igual período do ano passado.
A virada sobre 2012 foi exatamente às 23h04 de 19/03/13,
quando os painéis da Sala de Supervisão e Controle da usina mostravam uma
geração total de 21.450 megawatts-hora (MWh).
A outra boa notícia é que, com a chegada de mais água dos
rios do Paraná, em especial o Piquiri, o Ivai e o Tibagi, Itaipu também vem
recuperando o nível de seu reservatório.
A usina estava operando na manhã de 20/03/13, na cota 219,40
metros acima do nível do mar, faixa operativa normal.
Tanto na abundância de recursos hídricos quanto nas fases de escassez, a área técnica de Itaipu está se especializando cada vez mais no aproveitamento otimizado de sua principal matéria-prima. É a chamada “dança com as águas”, um sincronismo entre produção e manutenção para a otimização do uso da água para gerar energia.
Tanto na abundância de recursos hídricos quanto nas fases de escassez, a área técnica de Itaipu está se especializando cada vez mais no aproveitamento otimizado de sua principal matéria-prima. É a chamada “dança com as águas”, um sincronismo entre produção e manutenção para a otimização do uso da água para gerar energia.
Desde o final do ano passado, a Itaipu vem sendo bastante
exigida, mantendo sua produção em alta para atender as necessidades dos
sistemas elétricos do Brasil e do Paraguai.
Houve momentos, inclusive, que a usina precisou recorrer ao
estoque de seu reservatório para “segurar as pontas” e garantir a demanda. Por
sorte, as chuvas vieram em abundância principalmente nos últimos meses do
período considerado chuvoso, entre outubro e março.
Com isso, Itaipu atendeu o sistema e conseguiu elevar o
nível do seu reservatório, maximizando a produção de energia – tão importante
para o Brasil e Paraguai neste momento- sem desperdício de água.
“A confiabilidade dos equipamentos, assim como a supervisão
e controle da usina em tempo real, têm garantido um desempenho exemplar,
permitindo que a estratégia de produção seja aplicada em 100% do tempo, ou
seja, que o recurso crítico, as águas do Paranazão, seja utilizado de forma
maximizada o tempo todo”, explica o superintendente de Operação, Celso Torino.
De acordo com o superintendente, se esse desempenho for
mantido até o final do mês, março de 2013 poderá ter a segunda melhor produção
mensal dos quase 29 anos de produção da Itaipu, perdendo somente para o mês de
julho do ano passado, quando a usina produziu 9,11 milhões de MWh.
“Adicionalmente, as ações estruturantes de 2012 estão
contribuindo para que a usina continue produzindo bastante e com excelência”,
avalia. Entre outras iniciativas, Torino cita o retorno à operação da unidade
geradora 6, a entrada em operação da Linha Foz-Cascavel em 500KV, Lógicas que
elevaram limites de geração e transmissão em configuração completa ou alterada
(chamada N-3), a otimização no Plano de Manutenção, que aumentou a
disponibilidade das unidades geradoras e a estratégia do Plano de Produção, que
busca otimizar a subordinação das indisponibilidades dos ativos aos recursos
energéticos.
“Todas essas ações são exemplos de acontecimentos
estruturantes que foram implantados ao longo de 2012 e tiveram como resultado a
eliminação de gargalos e o aumento da nossa capacidade de escoamento da
produção. Produção entre 12 mil e 13,8 mil MW e vertimento zero têm sido a
regra. Manter a produção da Itaipu nestes níveis de excelência e com esta
escala é um grande desafio para todos nós”, reforçou. (ambienteenergia)
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