A CPFL Energia inaugurou em 27/11/12 a Usina Tanquinho, a
primeira usina de energia solar do Estado de São Paulo e a maior do País. O
evento é um dos marcos comemorativos do centenário da companhia e contou com as
presenças do secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, e do
presidente da EPE – Empresa de Pesquisa Energética, Mauricio Tolmasquim, além
de dirigentes da empresa e autoridades locais. Localizada em uma área de 13.700
m2 da Subestação Tanquinho, de uma das distribuidoras do Grupo CPFL,
em Campinas (SP), a Usina Tanquinho vai gerar aproximadamente 1,6 GWh/ano – o
suficiente para abastecer mensalmente 657 clientes com um consumo médio de 200
KWh/mês.
O projeto de geração de energia limpa e renovável com
painéis solares fotovoltaicos, pioneiro no Estado de São Paulo, foi aprovado em
dezembro de 2011 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e absorveu
investimentos de R$ 13,8 milhões em pesquisa e desenvolvimento. A CPFL
Renováveis, subsidiária do Grupo CPFL, será a responsável pela gestão e
operação da Usina. A empresa foi a responsável pela construção do
empreendimento que levou quatro meses. Outros oito meses foram aplicados em
pesquisas, que deverão continuar até março de 2015, quando a CPFL deverá propor
à Aneel arranjos técnico-comerciais para a inserção da geração fotovoltaica na
matriz energética brasileira.
“A demanda de energia solar ainda é incipiente no Brasil,
mas deverá se consolidar nos próximos dois anos”, afirma Wilson Ferreira Jr.,
presidente da CPFL Energia. “O potencial é enorme, pois somos um dos países de
maior índice de insolação do mundo”, completa o executivo. Para ele, o segmento
pode ser impulsionado por alguns ajustes na regulação do setor elétrico e por
incentivos que estimulem indústrias de painéis solares fotovoltaicos a abrir
fábricas em território brasileiro.
A CPFL Energia, que investe anualmente cerca de R$ 32
milhões em pesquisa e desenvolvimento, já está desenvolvendo outros três
projetos cooperados de geração de energia solar. “Acreditamos que projetos de
geração de energia com fontes limpas são fundamentais para garantir o
suprimento futuro e o crescimento do país e queremos consolidar nossa liderança
na geração de energia a partir de fontes renováveis”, diz Ferreira Jr.
Os quatro projetos foram apresentados à Aneel por meio da
Chamada 013-2011 (Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração Solar
Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira) e pretendem fomentar a tecnologia
fotovoltaica no país, estimular o aporte de conhecimento, desenvolver a cadeia
produtiva nacional para essa modalidade de geração de energia e proporcionar a
capacitação de pessoas. A implantação da Usina Tanquinho, por exemplo, permitiu
o treinamento de 50 pessoas na construção, montagem e ligação de usinas
fotovoltaicas, uma capacitação praticamente inexistente no Brasil. Os projetos
também têm o objetivo de criar massa crítica para a formatação de atos
normativos e ajustes na regulação, no mercado e na indústria.
Tecnologia – A Usina Tanquinho utiliza diferentes tipos de
painéis, considerando desde as tecnologias de silício policristalino (1ª
geração) e silício amorfo microcristalino (2ª geração). Testa ainda tecnologias
promissoras, os chamados “filmes finos”, como o telureto de cádmio e o Cobre-Índio-Gálio-Selênio
(CIGS), além do silício amorfo microcristalino. As tecnologias de filme fino
têm sido utilizadas em países com clima semelhante ao do Brasil, pois se
adéquam melhor a localidades onde a temperatura é mais elevada.
Além disso, serão testados arranjos de painéis fixos e
móveis (tracking, que acompanham o sol), bem como a integração da energia solar
com a energia eólica, através da inclusão de um aerogerador de pequeno porte.
Essas tecnologias serão testadas para verificar qual se comporta melhor nas
condições climáticas do Brasil.
O projeto também permitirá analisar o impacto da conexão
desse tipo de geração para o consumidor final em termos de qualidade,
segurança, confiabilidade e viabilidade econômica. Para isso, equipamentos de
última geração vão ser instalados em diversos pontos da rede de distribuição e
em um cliente de média tensão localizado próximo à Subestação.
DuPont e SunEdison foram as empresas fornecedoras dos
paineis solares para a Usina Tanquinho (o projeto conta com paineis nas duas
tecnologias descritas acima), e sua construção foi conduzida pelas empresas
CPFL Serviços, SunEdison e EBES – Empresa Brasileira de Energia Solar.
(ambienteenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário