Após acidentes nucleares no Japão, OMS alerta para risco de
câncer
Usina de
Fukushima, após o desastre nuclear
Às vésperas de o
acidente radioativo da Usina Nucelar de Fukushima Daiichi, no Japão, completar
dois anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para a possibilidade do
aumento da incidência de câncer, principalmente tumores na tireoide. As ameaças
ocorrem para quem vive em áreas próximas à usina, no Nordeste do país. Em
relação aos trabalhadores de Fukushima, também há a preocupação com os riscos
de leucemia.
Os vazamentos e as
explosões na usina ocorreram em meio ao terremoto seguido por um tsunami, em 11
de março de 2011. Segundo especialistas, os acidentes radioativos no Japão
foram considerados mais graves do que o desastre nuclear de Chernobil, na
Ucrânia, em 1986. O terremoto seguido de tsunami deixou 15.868 mortos e 2.848
desaparecidos.
No relatório da OMS,
de 166 páginas, os especialistas dizem que o risco de câncer na tireoide nas
mulheres e crianças registrou um aumento de 1,25% – até então a média era 0,75%
– em um raio de 20 quilômetros ao redor da usina. Em 1986, após o acidente de
Chernobil, na Ucrânia, foi registrado aumento de casos de câncer de tireoide
nas crianças.
“Um exame dos dados,
com base na idade, no sexo e na proximidade da área onde está a usina, mostra
um risco mais elevado para aqueles que estavam nas regiões mais contaminadas.
Fora das áreas, incluindo na prefeitura de Fukushima, não é esperado qualquer
aumento do risco de câncer”, disse a diretora para Saúde e Ambiente da OMS,
Maria Neira. (EcoDebate)
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