Recentemente, foi desenvolvido o Atlas do Potencial Eólico
Brasileiro que tem por finalidade mapear a potencialidade para produção de
energia elétrica a partir do vento, com o objetivo de fornecer informações que
colaborem nas tomadas de decisões em relação às áreas adequadas para o
aproveitamento eólico-elétrico do País.
Este Atlas registrou em São Paulo um potencial na produção
de energia limpa e renovável capaz de atender 5 milhões de residências durante
um ano, as regiões de Campinas, Bauru e Sorocaba foram as que apresentaram
maior capacidade de produção de energia eólica.
Esta iniciativa é uma boa forma de estimular a
diversificação da matriz elétrica, dando maior destaque as fontes limpas, com
diversas informações sobre as áreas que possuem um bom potencial eólico no
território nacional e suas principais características, como: velocidade média,
direção, regime e sazonalidade do vento.
Maiores incentivos
Com o lançamento do Atlas, o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, aproveitou para trazer “bom ventos” à indústria de
equipamentos para a geração de energia eólica, com a prorrogação da isenção do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS) para
indústria eólica local, até 2020.
Outra vantagem do incentivo a produção desse tipo de energia
no Brasil é que, aproximadamente, 70% dos equipamentos necessários para a
produção desta energia são produzidos em São Paulo, o que possibilita um menor
custo com implantação e logística.
Gasto com energia elétrica no Brasil
Embora esteja na 10ª posição, quando o assunto é energia
renováveis o Brasil é um dos líderes na produção de energia hidrelétrica e de
biocombustíveis. Um percentual de 45% da energia total produzida no Brasil é
originária de fontes renováveis, enquanto a média nos países ricos da OCDE
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é de apenas 8%.
Possuímos hoje uma potencia de 6,7 gigawatts de energia eólica, com investimentos
de 7 bilhões por ano – perdendo apenas para a China e Índia. Para se ter uma
noção, essa quantidade seria capaz de atender uma cidade inteira, como a de São
Paulo – com 11 milhões de habitantes, por até 12 meses. O racionamento do ano
de 2000 foi extremamente importante para que o Brasil direcionasse sua atenção
a outras fontes de energia. Foi nesta época que surgiram as primeiras políticas
para a geração de energia alternativa, assim como a Lei 10.438/2002 que visa
aumentar a participação de fontes alternativas na matriz energética nacional
para 20% até 2020, lembrando que atualmente estamos em 17%, sendo que a eólica
representa apenas 2% deste percentual. De acordo com o Plano Decenal de
Expansão de Energia (PDE), até 2020 o percentual de participação das fontes
renováveis de energia poderá atingir 46,3% (em 2010 era de 44,8%), em especial,
a participação da energia eólica poderá chegar a 7%, hoje, sua participação é
de apenas 1%.
E onde o mercado de seguros entra?
Saber aproveitar as oportunidades destas fontes renováveis,
especialmente a energia eólica, pode ser um grande desafio para o mercado
segurador. Trata-se de riscos muito complexos onde o corretor precisa dominar
cada um destes riscos em todos os pontos, desde o início do contrato, passando
pela execução da obra até o ponto onde a energia é produzida.
Atualmente, corretoras e seguradoras utilizam a prática de
troca de tecnologias, conhecimento e produtos capazes de atender todas as
empresas envolvidas no processo de implantação deste tipo de energia. Sem
contar o conhecimento obtido através de mercados experientes e avançados, como
o Norte Americano e o Europeu.
Diante das mudanças que podem ocorrer neste segmento, todo o
mercado segurador precisa movimentar-se, afim de compreender e conseguir atender
a esta nova oferta. Podemos esperar grandes investimentos em pesquisas,
intercâmbio entre especialistas internacionais e até novas formas de mensurar e
analisar os riscos que envolvem a produção de energia Eólica no Brasil. (blog.willis)
Nenhum comentário:
Postar um comentário