A Coppe e o Instituto de Química da Universidade Federal do
Rio de Janeiro inauguraram em 29/08/13, o Laboratório Bioetanol da
UFRJ, que vai testar tecnologias nacionais para todas as etapas de
produção do etanol 2G, o chamado álcool de segunda geração ou bioetanol.
Vinculado ao Programa de Pós- graduação em Bioquímica
(PPGBq/IQ) e ao Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), da
Coppe/UFRJ, que identificará possíveis impactos ambientais de todas as etapas
da produção do bioetanol, o novo laboratório desenvolverá tecnologias com base
na hidrólise enzimática da celulose contida nos resíduos da agroindústria,
mantendo a sintonia com a atual tecnologia do etanol 1G.
Outra contribuição da Coppe no Laboratório Bioetanol UFRJ é
a tecnologia de membranas que será empregada em diferentes etapas de separação
e concentração dos biomateriais envolvidos no processo. Os sistemas de
membranas serão fornecidos pela PAM-Membranas Seletivas, empresa que nasceu no
Laboratório de Processos de Separação com Membranas e Polímeros da Coppe.
“No momento o Brasil não consegue produzir quantidade
suficiente de etanol para atender o mercado interno e está importando etanol de
milho dos EUA, cuja produção resulta em emissão de CO2 na atmosfera, ao
contrário do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar. É necessário expandir
a produção brasileira e o Laboratório Bioetanol contribuirá bastante para que se
atinja este objetivo”, ressalta Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe.
Segundo Elba Bon, professora do Instituto de Química da UFRJ
e coordenadora do laboratório, o bioetanol é uma tecnologia mais limpa,
autossustentável e condizente com a vocação do Brasil. “Por suas
características territoriais e de ensolação, entre outras, nosso país tem
capacidade de produzir biomassa em grande quantidade para fazer frente às
necessidades da indústria química do futuro”, diz ela, lembrando que a biomassa
é uma matéria-prima renovável para produção de produtos que têm sido obtidos a
partir do petróleo.
O Laboratório Bioetanol da UFRJ é fruto de uma parceria
entre a Coppe e o Instituto de Química e conta com a participação de uma grande
rede de instituições de pesquisa brasileiras e japonesas. É financiado pela
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e apoiado pela Agência de Cooperação
Internacional do Japão (Jica). (ambienteenergia)
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