quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Sinal verde para o bioetanol

A Coppe e o Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro inauguraram em 29/08/13, o Laboratório Bioetanol da UFRJ, que vai testar tecnologias nacionais para todas as etapas de produção do etanol 2G, o chamado álcool de segunda geração ou bioetanol.
Vinculado ao Programa de Pós- graduação em Bioquímica (PPGBq/IQ) e ao Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), da Coppe/UFRJ, que identificará possíveis impactos ambientais de todas as etapas da produção do bioetanol, o novo laboratório desenvolverá tecnologias com base na hidrólise enzimática da celulose contida nos resíduos da agroindústria, mantendo a sintonia com a atual tecnologia do etanol 1G.
Outra contribuição da Coppe no Laboratório Bioetanol UFRJ é a tecnologia de membranas que será empregada em diferentes etapas de separação e concentração dos biomateriais envolvidos no processo. Os sistemas de membranas serão fornecidos pela PAM-Membranas Seletivas, empresa que nasceu no Laboratório de Processos de Separação com Membranas e Polímeros da Coppe.
“No momento o Brasil não consegue produzir quantidade suficiente de etanol para atender o mercado interno e está importando etanol de milho dos EUA, cuja produção resulta em emissão de CO2 na atmosfera, ao contrário do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar. É necessário expandir a produção brasileira e o Laboratório Bioetanol contribuirá bastante para que se atinja este objetivo”, ressalta Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe.
Segundo Elba Bon, professora do Instituto de Química da UFRJ e coordenadora do laboratório, o bioetanol é uma tecnologia mais limpa, autossustentável e condizente com a vocação do Brasil. “Por suas características territoriais e de ensolação, entre outras, nosso país tem capacidade de produzir biomassa em grande quantidade para fazer frente às necessidades da indústria química do futuro”, diz ela, lembrando que a biomassa é uma matéria-prima renovável para produção de produtos que têm sido obtidos a partir do petróleo.
O Laboratório Bioetanol da UFRJ é fruto de uma parceria entre a Coppe e o Instituto de Química e conta com a participação de uma grande rede de instituições de pesquisa brasileiras e japonesas. É financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e apoiado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). (ambienteenergia)

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