Academias públicas agora podem gerar energia através dos
equipamentos
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu o primeiro passo para transformar academias de ginástica em micro ou
minigeradoras de energia elétrica. Isso será possível a partir da adaptação de
equipamentos, de forma a aproveitar a força motriz humana aplicada durante os
exercícios.
Por enquanto, a autorização da
Aneel vale apenas para academias públicas, disponibilizadas nas ruas pela
prefeitura do Rio de Janeiro. Elas fazem parte de um projeto piloto, em
parceria com a empresa Adabliu Eventos e a concessionária Light Serviços de
Eletricidade. “Toda energia gerada será computada e compensada nas instalações
da prefeitura”, informou o relator do processo na Aneel, Reive Barros dos
Santos.
“Trata-se do reaproveitamento de
energia. Ela seria desperdiçada, caso não fossem utilizados sistemas de
conversão eletromecânica do trabalho durante a prática desportiva e injeção de
eletricidade na rede de distribuição de energia elétrica”, acrescentou.
Em abril de 2015, o projeto será
avaliado, podendo, então, ser ampliado para outros empreendimentos. “Temos
exemplos de experiência internacional com valores significativos [de energia
gerada]. Como se trata de projeto inovador, demos prazo de 180 dias para
avaliar se realmente [o potencial] é significativo”, salientou o diretor da
Aneel.
Segundo ele, há possibilidade de o
projeto se estender a outros empreendimentos, inclusive privados. “Se o
resultado for satisfatório, é possível replicar a experiência em outras
empresas autorizadas pela Aneel. O que fizemos foi incluir na Resolução
Normativa 482/12 [que criou o sistema de compensação de energia elétrica] a
energia obtida a partir da força de tração humana. Imagino que, se o resultado
for exitoso, é natural que alcance outras empresas e academias privadas”.
Reive Barros observou que
empreendimentos interessados em gerar esse tipo de energia precisa, antes, de
autorização da agência. “Por conta do material elétrico utilizado, as academias
privadas são grandes consumidores de energia. Nesse caso, o equipamento só
atenderá parcialmente às necessidades energéticas. No entanto, poderá
representar uma forma de diminuir despesas com energia”, acrescentou.
(ambienteenergia)
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