Aneel autoriza academias públicas a gerarem energia de
equipamentos de ginástica
Academia José Cruz
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu em
04/11/14 o primeiro passo para transformar academias de ginástica em micro ou
minigeradoras de energia elétrica. Isso será possível a partir da adaptação de
equipamentos, de forma a aproveitar a força motriz humana aplicada durante os
exercícios.
Por enquanto, a autorização da Aneel vale apenas para
academias públicas, disponibilizadas nas ruas pela prefeitura do Rio de
Janeiro. Elas fazem parte de um projeto piloto, em parceria com a empresa
Adabliu Eventos e a concessionária Light Serviços de Eletricidade. “Toda
energia gerada será computada e compensada nas instalações da prefeitura”,
informou o relator do processo na Aneel, Reive Barros dos Santos.
“Trata-se do reaproveitamento de energia. Ela seria
desperdiçada, caso não fossem utilizados sistemas de conversão eletromecânica
do trabalho durante a prática desportiva e injeção de eletricidade na rede de
distribuição de energia elétrica”, acrescentou.
Em abril de 2015, o projeto será avaliado, podendo, então,
ser ampliado para outros empreendimentos. “Temos exemplos de experiência
internacional com valores significativos [de energia gerada]. Como se trata de
projeto inovador, demos prazo de 180 dias para avaliar se realmente [o potencial]
é significativo”, salientou o diretor da Aneel.
Segundo ele, há possibilidade de o projeto se estender a
outros empreendimentos, inclusive privados. “Se o resultado for satisfatório, é
possível replicar a experiência em outras empresas autorizadas pela Aneel. O
que fizemos foi incluir na Resolução Normativa 482/12 [que criou o sistema de
compensação de energia elétrica] a energia obtida a partir da força de tração
humana. Imagino que, se o resultado for exitoso, é natural que alcance outras
empresas e academias privadas”.
Reive Barros observou que empreendimentos interessados em
gerar esse tipo de energia precisa, antes, de autorização da agência. “Por
conta do material elétrico utilizado, as academias privadas são grandes
consumidores de energia. Nesse caso, o equipamento só atenderá parcialmente às
necessidades energéticas. No entanto, poderá representar uma forma de diminuir
despesas com energia”, acrescentou. (agenciabrasil)
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