Geração diária representa cerca
de 24% de toda energia produzida no país.
Consultoria diz que dependência
das termelétricas vai custar R$ 25 bilhões.
Por causa da
falta de chuva, a produção das usinas termelétricas já bateu recorde em 2014. O
Brasil nunca precisou tanto das usinas termelétricas como neste ano. A geração
diária nessas usinas representa hoje cerca de 24% do total da energia elétrica
produzida no país, segundo a consultoria especializada PSR. Há um ano
representava 15%. Em 2012, apenas 6%.
“A usina
termelétrica entra em complementação. Então, o que está acontecendo agora é
que, pelo fato de a hidrologia estar ruim, você está usando mais as usinas
térmicas. Você está contando com usinas bem ineficientes, usando óleo
combustível. E esse custo, então, começa a disparar. Portanto, o custo dele
começa a ficar bastante explosivo quando você liga todo o parque gerador”, diz
Rafael Kelman, diretor da consultoria PSR.
A consultoria
calcula que a dependência das termelétricas vai custar R$ 25 bilhões em 2014.
Em uma situação normal, quando as usinas são menos utilizadas, o custo anual da
produção fica em R$ 10 bilhões. E quem vai pagar a diferença é o consumidor.
A consultoria
fez as contas. “Em termos médios, a gente pode falar que esses R$ 15 bilhões
adicionais impactariam as tarifas em 15%”, complementa Rafael Kelman.
O ONS (Operador
Nacional do Sistema), que controla a geração e a transmissão de energia
elétrica, considera as termelétricas essenciais para garantir a segurança do
fornecimento.
“A concepção da
energia de reserva foi exatamente para o operador em situações de escassez.
Lançar mão dessa energia, sendo a mais adequada aquela que é previsível: a
energia termelétrica. Você conta com ela”, analisa Hermes Chipp, diretor-geral
do ONS. (g1)
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