Termelétricas podem elevar emissões de CO2 em 40 milhões de
toneladas
Uso de térmicas pode elevar emissões em 40 milhões de
toneladas de CO2 este ano.
Volume é em
comparação a 2012, quando foram lançadas 50 milhões de toneladas. Em 2013,
setor foi responsável por 70 milhões de toneladas.
O uso das termelétricas em função da crise hídrica no Brasil poderá
elevar as emissões de gases de efeito estufa em 40 milhões de toneladas quando
comparadas às 50 milhões registradas em 2012, chegando a 90 milhões. De acordo
com um levantamento do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito
Estufa (SEEG), de 2012 a 2013 o setor apresentou um crescimento de 20 milhões
de toneladas de gases o que é equivalente às emissões de toda a frota de
transportes existente no país.
Segundo o SEEG, foram justamente as termelétricas que direcionaram o crescimento
das emissões no segmento de energia elétrica no país. Isso porque ao mesmo
tempo em que aumentou o despacho dessas usinas, houve ainda a redução da
geração de energia de fontes renováveis. Mesmo com o avanço da eólica e o
primeiro leilão que contou com a participação da energia solar, a tendência no
país é de redução da participação da fonte renovável na matriz energética
brasileira (considerando os combustíveis) de cerca de 50% para 40% no horizonte
de 2020.
“A geração termelétrica foi a grande responsável pelo crescimento das
emissões no setor de energia. Foram 20 milhões de toneladas a mais emitidas em
comparação ao mesmo período do ano passado e para 2014 a tendência é de crescer
ainda mais por conta da manutenção dessas usinas gerando energia o tempo todo”,
disse o coordenador do estudo, Tasso Azevedo.
De acordo com o estudo divulgado pelo Observatório do Clima em 19/11/14,
o segmento de energia representou 30,2% de todas as emissões de gases de efeito
estufa do Brasil. No total desse levantamento que se utiliza de dados de 2013,
foram emitidos pelo setor, 473,3 milhões de toneladas de CO2. Esse
volume equivale a um crescimento de 7,3%.
Contudo, a geração de energia elétrica apenas representou 14,8% do total
deste segmento avaliado. O maior responsável ainda é o transporte com 44,8% das
emissões classificadas como do setor energético. A indústria, apesar do
desempenho fraco do ano passado, representou 19,1% das emissões.
Quando comparado ao ano de 1970, a geração de energia elétrica passou de
5,9 milhões de toneladas de CO2 emitidas para algo em torno de 70
milhões de toneladas do GEE. Esse volume representa um aumento de 1.087% nesse
horizonte de tempo. Ainda atrás do industrial com 90,2 milhões de toneladas de
CO2 e dos transportes que ficou em 211 milhões de toneladas de gás
carbônico.
No total, revelou o SEEG na segunda edição do estudo Estimativas de
Emissões de Gases de Efeito Estufa no Brasil, as emissões brasileiras
alcançaram 1,58 Gigatoneladas de CO2 em 2013. Esse volume representa
um crescimento de 7,8% em relação ao ano de 2012 e é o maior valor desde o ano
de 2008.
De acordo com a entidade, o aumento das emissões representa uma reversão
da tendência registrada desde 2005 em que as emissões apresentaram seu pico e
vinham recuando desde então. Em 2012 foi verificado o piso dessas emissões, de
1,454 Gigatoneladas do gás poluidor.
Mas não foi apenas energia que apresentou variação positiva no período.
Todos os segmentos avaliados apresentaram crescimento, inclusive, o maior
indicador de crescimento foi visto com a mudança de uso do solo cujas emissões
aumentaram em 16,4%, puxado pelo desmatamento na Amazônia e Cerrado. A
construção de hidrelétricas, segundo o Imazon, influenciou também esse
indicador no estado do Pará. Mas o setor agropecuário continua a ser a
principal fonte de emissões pois passa pelo desmatamento, pelo rebanho
propriamente dito que é um grande emissor de metano (gás 21 vezes mais poluidor
que o gás carbônico), uso de energia e os resíduos. (canalenergia)
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