EPE admite que poderá rever
esse posicionamento, mas que, por enquanto, a fonte deverá ser mantida nas
disputas do LER.
O
governo comemorou o valor alcançado pela fonte solar fotovoltaica no leilão de
energia de reserva realizado em 09/11/15. Após cinco horas, a fonte apresentou
um deságio de 21,97% ante o preço teto de R$ 381/MWh fechando à média de R$
297,75/MWh. Em dólar o valor é de US$ 78,36/MWh. Apesar dessa redução e da
precificação da fonte nesse certame a avaliação é de que ainda é cedo para a sua
entrada em leilões de energia nova organizados pela Agência Nacional de Energia
Elétrica para contratação por distribuidoras.
Segundo
o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, o ideal
para a fonte ainda seria o de permanecer nos leilões de energia de reserva. Até
porque a tendência é de que o país continue a contratar nessa modalidade em
função da necessidade de ter esses contratos por conta do acordo que está sendo
costurado com os agentes acerca do risco hidrológico para o mercado livre.
“A
solar fica pronto muito rápido, um A-5 não seria muito adequado, seria mais
para o A-3 ou de reserva, mas nesse início ainda é mais indicado manter nesse
segundo, o que não impede de realizarmos estudos para avaliar uma mudança, mas
por enquanto no de reserva está dando certo”, afirmou Tolmasquim à Agência
CanalEnergia.
Tolmasquim
destacou quatro pontos que considerou importantes sobre o certame e que
proporcionou acrescentar mais 1,15 GWp à matriz elétrica nacional. O primeiro,
disse ele, foi a competição entre os empreendedores que levaram ao deságio de
praticamente 22%. E a segunda tem relação direta com essa competição que é o
preço em dólar da energia que mantém o Brasil como um dos países com menores
preços, o que indica a presença de grandes recursos solares. O terceiro é a
diversificação geográfica dos empreendimentos.
Ele
ressaltou também que com este leilão o país já soma a contratação de mais de 3
GWp de capacidade instalada, o que dá a indicação pedida pelos investidores de
que podem instalar as fábricas no país porque há demanda. “Esperamos com isso
dar o mesmo sinal que foi dado para a eólica no sentido de atrair fabricantes
para o país”, acrescentou.
Igor
Walter, diretor de programa da assessoria econômica do MME, destacou que com o
leilão desta sexta o país alcançou a marca de 600 parques eólicos contratados
por meio de certames da Aneel, que somam 15 GW de capacidade instalada. O
destaque desta vez foi o estado da Bahia com 18 dos 20 projetos vencedores.
Segundo
o representante do ministério no leilão, apesar da eólica ter uma contratação
de 1,2 GW este ano, o segmento está com uma importante demanda no histórico de
leilões no país, o que mantém o volume de encomendas para as indústrias nos
próximos anos por aqui. Segundo Walter, a expectativa de contratação de energia
de reserva pelo governo, que ficou nesse LER em 507,9 MW médios, foi atendida.
(canalenergia)
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