Governo
reconhece os benefícios do biocombustível ao meio ambiente e à saúde humana.
Na abertura da Conferência de Biodiesel 2015, o
diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério das Minas e Energia,
Ricardo Dornelles, salientou que o setor do biocombustível foi um dos que mais
cresceu nos últimos anos no país, contrastando com o cenário atual da economia
brasileira.
Segundo ele, de 2008 para cá a produção de
biodiesel cresceu 176%, enquanto o PIB nacional, 13%. Este ano, até o momento,
a atividade registrou um crescimento de 23%. Dornelles deixou claro que o
governo federal começa a incorporar o discurso que enaltece os benefícios do
óleo, mencionando as vantagens ambientais, de saúde pública e de renda.
O executivo do MME referia-se à redução de emissões
de gases de efeito estufa do biodiesel e a consequente diminuição nas
internações hospitalares por problemas respiratórios e das mortes por doenças
relacionadas à poluição atmosférica.
Quanto à questão da renda, o biocombustível
contribui para a economia de recursos nos sistemas de saúde pública e privada,
com menos internações e menos mortes, o que permite a otimização dos
atendimentos, priorizando os de emergência e maior complexidade clínica, e redirecionando
as verbas para custeio de outras áreas de hospitais e prontos socorros.
Esta realidade foi evidenciada no estudo do
Instituto Saúde e Sustentabilidade, apoiado pela Associação dos Produtores de
Biodiesel do Brasil (APROBIO), sobre os níveis de poluição atmosférica em seis
capitais brasileiras e os ganhos ambientais e de saúde que o uso progressivo de
biodiesel leva a cada uma delas.
Na questão da renda, o biocombustível também é
responsável pelo maior repasse de recursos para a agricultura familiar com a
compra de matérias primas a pequenos produtores organizados em cooperativas
agrícolas. No ano passado ele foi de R$ 3,4 bilhões, segundo o Ministério do
Desenvolvimento Agrário.
Dornelles não ingressou nesse nível de
detalhamento, alegando que outras palestras no evento abordariam o tema. Ele
voltou a ressaltar a necessidade de diálogo das diferentes fases da cadeia
produtiva do biodiesel em nome do consumidor final. Ele disse, ainda, que o
governo ainda conta com a diversificação das matérias primas e do processo de
fabricação do biocombustível.
Frente Parlamentar
O deputado Evandro Gussi, presidente da Frente
Parlamentar do Biodiesel no Congresso Nacional, destacou a “urgência da
superação de barreiras” para o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
avance. “Até porque este programa é do governo, e assim poderemos evitar a
revisão de conceitos que já não cabem mais”, disse o parlamentar.
Para ele, o governo federal deve ser o grande
protagonista da expansão do mercado de biodiesel no país. “E o Congresso
Nacional não se furtará à missão republicana de trabalhar para a continuidade
do programa”.
Centenas de pessoas participam do evento, entre
produtores, distribuidores, revendedores, representantes do governo federal e
da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A
conferência termina amanhã em São Paulo. (noticiasagricolas)
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