As pessoas se reúnem em torno do carro-conceito da Infiniti Q Inspiration em um evento em Pequim, China, em 23/04/2018.
Um veículo elétrico (VE) autônomo pode não chegar ao céu tão cedo, mas pode um dia parecer um pouco com o carro voador dos Jetsons - uma bolha de vidro sem o longo capô que é característico dos carros movidos a gasolina de hoje.
Um veículo elétrico (VE) autônomo pode não chegar ao céu tão cedo, mas pode um dia parecer um pouco com o carro voador dos Jetsons - uma bolha de vidro sem o longo capô que é característico dos carros movidos a gasolina de hoje.
A principal tecnologia que
está por trás dessa perspectiva é o motor elétrico - um sistema de propulsão
relativamente simples e compacto que permite às montadoras eliminar o capô e o
amplo espaço necessário para um motor de combustão interna, um mecanismo de
resfriamento do motor e engrenagens de transmissão complexas.
Quando essa tecnologia de
motor é combinada com os avanços de veículos autônomos, o carro não precisará
mais do capô, assim como das chamadas zonas de colisão.
O resultado: a mudança pode
inaugurar a era de um carro em forma de bolha ou cápsula, como aqueles
popularizados pela série futurista cômica dos anos 1960, Os Jetsons.
“Esse é o próximo passo
lógico”, disse Karim Habib, diretor de design da Infiniti, marca premium da
Nissan, à Reuters em entrevista.
“É definitivamente o próximo
passo, particularmente se você imaginar um mundo de zero acidentes com a
tecnologia de direção autônoma funcionando totalmente. Se os carros nunca
colidirem, o mais eficiente (formato) de uma mobilidade pessoal pode ser um
cubo de vidro.”
MUDANÇA DOS TEMPOS
Voltando à década de 1920, os automóveis - especialmente carros de luxo - tendiam a ter longos capôs, como o Tesla Model S tem agora. Mas isso está prestes a mudar.
Voltando à década de 1920, os automóveis - especialmente carros de luxo - tendiam a ter longos capôs, como o Tesla Model S tem agora. Mas isso está prestes a mudar.
Veículos elétricos autônomos
não precisarão de capô e poderão ser redondos.
No Salão do Automóvel de
Detroit, em janeiro, a Infiniti mostrou um carro-conceito cujo estilo aponta
para um futuro não tão distante, quando a maioria dos carros será elétrica.
O carro Q Inspiration
Concept, que também será mostrado no salão do automóvel de Pequim que abre esta
semana, tem um capô encurtado, um teto tipo cupê e um interior tipo SUV, apesar
de ser um sedã.
Forçados em parte pelos
rigorosos requisitos de economia de combustível e outras regulamentações, os
fabricantes de automóveis em todo o mundo - especialmente na China - estão se
esforçando para desenvolver carros de baterias elétricas em uma faixa ampla de
preços.
Alguns participantes da
indústria, como a startup de carros elétricos inteligentes fundada na China,
Byton, acreditam que os carros comuns, usados para locomoção e tarefas, serão
muito simplificados se forem eletrificados e tiverem a tecnologia de direção
autônoma.
Isso porque os carros hoje
estão todos “com muitas especificações”, disse o cofundador e
presidente-executivo da Byton, Carsten Breitfeld, em uma entrevista.
A maioria tem assentos para
quatro a sete pessoas, embora 70 por cento das vezes esses carros tenham apenas
uma ou duas pessoas dentro. Alguns têm velocidades máximas de 250 km/h, apesar
de ninguém dirigir tão rápido.
Os carros do dia a dia
futuros poderiam eliminar todos os recursos super especificados. Eles teriam
menos assentos, mais espaço para bagagem e rodas menores para liberar mais
espaço interior, porque esses futuros carros do dia a dia não precisam ser
capazes de atingir 200 km/h.
Eles podem ser mais
quadrados, já que não há necessidade de tornar os carros de baixa velocidade
tão aerodinâmicos, disse Breitfeld.
“Você projetaria um carro
menor, mas espaçoso, para um ou dois passageiros e o tornaria mais luxuoso”,
disse Breitfeld.
“Você poderia oferecer o tipo de experiência de primeira classe que você tem nos aviões comerciais.” (reuters)
“Você poderia oferecer o tipo de experiência de primeira classe que você tem nos aviões comerciais.” (reuters)
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