Energia solar agregou mais capacidade de geração elétrica
que combustíveis fósseis em 2017, informa a ONU.
O nível atual de eletricidade gerada pelas energias renováveis corresponde a aproximadamente 1,8 gigatoneladas de emissões de dióxido de carbono, o que equivale às emissões produzidas por todo o sistema de transportes dos Estados Unidos. (ecodebate)
O nível atual de eletricidade gerada pelas energias renováveis corresponde a aproximadamente 1,8 gigatoneladas de emissões de dióxido de carbono, o que equivale às emissões produzidas por todo o sistema de transportes dos Estados Unidos. (ecodebate)
O setor de
energia solar dominou como nunca antes a nova capacidade de geração elétrica em
2017, informou relatório “Tendências globais no investimento em energias
renováveis 2018”, publicado pela ONU Meio Ambiente.
A energia
solar atraiu muito mais investimento: 160,8 bilhões de dólares, ou seja, 18% mais
na comparação com o ano anterior, e mais que qualquer outra tecnologia.
A força
impulsionadora por trás da onda de investimento solar do ano passado foi a
China, que agregou 53 GW — mais da metade do total — e investiu US$ 86,5
bilhões, um aumento de 58% em relação ao ano anterior.
O campo de Zaatari, na
Jordânia, fez a mudança para energia limpa no dia 13 de novembro, inaugurando a
maior usina de energia solar já construída num campo de refugiados.
O setor de
energia solar dominou como nunca antes a nova capacidade de geração elétrica em
2017, assim como os investimentos globais, informou relatório “Tendências globais no investimento em energias renováveis 2018“, publicado pela ONU Meio
Ambiente.
O mundo instalou
um recorde de 98 gigawatts (GW) de nova capacidade solar, um aporte mais alto
que o das demais tecnologias. As outras fontes renováveis agregaram 59 GW em
conjunto, as usinas de carvão, 35 GW, as de gás, 38 GW, as de petróleo, 3 GW, e
a energia nucelar contribuiu com 11 GW de capacidade de geração.
A energia solar também atraiu muito mais
investimento: US$ 160,8 bilhões, ou seja, 18% mais na comparação com o ano
anterior, e mais que qualquer outra tecnologia. Recebeu 57% do investimento
total do ano para todas as energias renováveis, excluindo as grandes
hidrelétricas - US$ 279,8 bilhões - e obteve mais investimentos para nova
capacidade de geração que o carvão e o gás, com estimados US$ 103 bilhões.
A força
impulsionadora por trás da onda de investimento solar do ano passado foi a
China, que agregou 53 GW — mais da metade do total — e investiu 86,5 bilhões de
dólares, um aumento de 58% em relação ao ano anterior.
O relatório
foi publicado pela ONU Meio Ambiente em colaboração com a Escola de Finanças e
Administração de Frankfurt e a empresa de dados Bloomberg New Energy Finance. De
acordo com o documento, os custos decrescentes da eletricidade solar e, em
certa medida, da energia eólica continuam impulsionando o aumento dos
investimentos.
O ano
passado foi o oitavo consecutivo no qual o investimento mundial em energias
renováveis excedeu US$ 200 bilhões. Desde 2004, o mundo investiu 2,9 trilhões
nessas fontes de energia.
“O aumento
extraordinário do investimento solar mostra como o mapa de energia global está
mudando e, o que é mais importante, quais são os benefícios econômicos dessa
mudança”, disse Erik Solheim, diretor-executivo da ONU Meio Ambiente.
“Os
investimentos em energias renováveis atraem mais pessoas para a economia,
oferecem mais empregos, trabalhos de melhor qualidade e empregos mais bem
remunerados. A energia limpa também significa menos poluição, o que significa
um desenvolvimento mais saudável e feliz.”
Em geral, a
China foi o maior país investidor de energias renováveis, com um recorde de US$
126,6 bilhões, 31% mais que em 2016. Também houve amplos incrementos no
investimento de Austrália (147%, para US$ 8,5 bilhões), México (810%, para US$ 6
bilhões) e Suécia (127%, para US$ 3,7 bilhões).
No ano
passado, encomendou-se um recorde de 157 GW de energia renovável, frente aos
143 GW de 2016, superando amplamente os 70 GW de capacidade geradora agregada
de combustíveis fósseis (depois do ajuste pelo fechamento de algumas usinas
existentes).
“O mundo
agregou mais capacidade solar que as usinas de carbono, gás ou nucleares
combinadas”, disse Nils Stieglitz, presidente da Escola de Finanças e
Administração de Frankfurt. “Isso mostra para onde nos dirigimos. As energias
renováveis ainda estão longe de atender a maior parte da demanda elétrica, mas
isso significa que ainda temos um longo caminho a percorrer”.
Alguns
grandes mercados, no entanto, viram diminuições no investimento em energias
renováveis. Nos Estados Unidos, o investimento caiu 6%, chegando a US$ 40,5
bilhões. Na Europa, houve uma queda de 36%, para US$ 40,9 bilhões, com grandes
reduções no Reino Unido (65%, para US$ 7,6 bilhões) e Alemanha (35%, para US$ 10,4
bilhões). O investimento no Japão caiu 28%, para US$ 13,4 bilhões.
Angus
McCrone, editor-chefe da Bloomberg New Energy Finance e principal autor do
relatório, afirma que nos países em que houve um investimento menor geralmente
ocorreu uma mistura entre mudanças no apoio a políticas, o calendário de
financiamento de grandes projetos, como os de energia eólica marinha, e menores
custos de capital por megawatt.
Os
investimentos mundiais em energias renováveis entre 2007 e 2017 (US$ 2,7
trilhões) aumentaram de 5,2% para 12,1% a proporção mundial de eletricidade
gerada por energia eólica, solar, geotérmica, marinha, de biomassa ou por
conversão de resíduos em energia, e de pequenas centrais hidrelétricas.
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