Investimento estimado para
este ano é de R$ 100 milhões após o primeiro ano apresentar demanda acima das
expectativas da empresa.
A
EDP Soluções, divisão da EDP Brasil que atua no segmento de eficiência
energética e em geração distribuída, projeta um investimento de cerca de R$ 100
milhões em 2018 apenas para a construção de usinas solares. Com esse volume de
aportes a empresa deverá passar dos atuais 10 MWp em capacidade instalada para
30 MWp. A meta é atender ao crescimento, classificado como exponencial, nesse
mercado ao ofertar essa energia solar na modalidade de aluguel dessa capacidade
ao cliente.
O
vice-presidente de Novos Negócios da empresa, Carlos Andrade, lembra que no
início da atuação da empresa nesse nicho de mercado, no início de 2017, a meta
era a de ter 5 MWp até o final de 2018. Mas até mesmo a expectativa mais
otimista mostrou-se tímida, pois um ano depois a subsidiária da portuguesa já
reportava 10,74 MWp. Por isso, argumentou esse ano a empresa já reviu suas
estimativas para essa unidade de negócios.
“Para 2018 estamos vendo mais atividade no B2B
com empresas, redes de varejo, shoppings, entre outros consumidores,
interessados na fonte solar. Mas ainda há outro segmento que é B2C, o
residencial em crescimento, porém o volume ainda é incipiente”, afirmou Andrade
em entrevista à Agência CanalEnergia. “A fonte solar ainda é cara para o
consumidor residencial, mas o modelo de aluguel dilui o custo por um número
maior de unidades o que reduz seu custo ao mesmo tempo em que promove economia
na conta”, defendeu ele.
Andrade
revelou que a EDP vai desenvolver pilotos em cidades onde possui concessão de
distribuição de energia (parte do estado de São Paulo e Espírito Santo) para
ofertar uma série de serviços de gestão associada à GD solar. Entre esses
serviços, apontou ele, está o monitoramento do consumo de cada aparelho, a
programação de quando utilizar e tornar o consumo de energia mais eficiente.
“Essas são coisas que fazem parte da realidade em outros países e que aqui no
Brasil, acreditamos ficará mais atrativo com a tarifa branca”, acrescentou ele.
Apesar
desse crescimento da solar, a receita da empresa ainda está em 50% entre este
nicho e as ações de eficiência energética que a EDP Soluções oferece e que
foram a origem da unidade. Mas a tendência é de que essa proporção seja
alterada significativamente nos próximos anos. Segundo as estimativas atuais da
empresa a solar poderá representar 75% da receita da empresa em 2020. Esse
aumento é natural uma vez que os contratos de aluguel são de longo prazo e as
ações de eficiência energética são mais pontuais.
Uma
solução que poderia alterar esse quadro é o projeto de eficiência energética
citado anteriormente por Andrade e que será alvo de um piloto da empresa. Como
é um volume alto de unidades que poderão adotar a assinatura do serviço da EDP,
esse serviços associados à geração solar distribuída. Em suas palavras, “dando
certo esse piloto pode significar uma maior participação de eficiência
energética na nossa receita”.
Atualmente,
o tíquete médio no mercado de eficiência energética é de investimentos de cerca
de R$ 1 milhão. As ações vão desde a troca de iluminação, equipamentos de
resfriamento ou refrigeração, a depender de qual ramo de atuação do cliente. A
EDP faz o investimento e o contratante paga a empresa com parte da economia
obtida com as ações. Há ainda o modelo BOP onde a empresa constrói, opera e
depois entrega o projeto ao cliente, e ainda, promove o fornecimento de vapor,
ramo no qual a companhia possui três clientes industriais. Além disso, há o
segmento de engenharia, que atende as distribuidoras até mesmo fora do grupo
EDP. (energia)
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