Solar na América Latina e
Caribe pode aumentar 40 vezes até 2050, aponta Irena.
Estimativa consta de estudo
lançado pela entidade durante evento realizado em Lima, capital do Peru.
A América Latina e o Caribe
podem aumentar sua capacidade solar instalada em um fator de 40 vezes até 2050.
É o que afirma um novo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável
(Irena, na sigla em inglês). Com investimentos anuais superiores a US$ 7
bilhões levariam a capacidade instalada da região subir dos atuais 7 GW, para
mais de 280 GW em meados do século.
A perspectiva é de que a
solar poderia representar a segunda maior fonte de energia, atrás apenas da eólica,
gerando um quarto da produção global. Essa é a estimativa do estudo intitulado
“Future of Solar Photovoltaic”, lançado na última terça-feira, 12 de novembro,
pela entidade durante o “Sun World 2019”, que é realizado em Lima, no Peru. No
total, a capacidade global de energia solar aumentaria de 480 GW em 2018 para
mais de 8 TW até 2050, crescendo quase 9% a cada ano.
Em comunicado, o diretor
geral da Irena, Francesco La Camera, aponta que a energia solar fotovoltaica e
outras fontes renováveis representam a solução mais eficaz e pronta para
atender à crescente demanda de energia e limitar a emissão de carbono ao mesmo
tempo. Ele relaciona sua praticidade, acessibilidade e segurança para o clima
como as maiores virtudes. Ao mesmo tempo, estimula o crescimento econômico,
criando emprego e melhorando a saúde. Segundo ele, as taxas de crescimento
projetadas em mercados como a América Latina mostram que podemos estender a
transição energética para todos os países.
De acordo com a Irena, se
acompanhada de políticas sólidas, a transformação impulsionada por fontes
renováveis, como a solar, pode trazer benefícios socioeconômicos substanciais.
A indústria solar global tem potencial para empregar mais de 18 milhões de
pessoas até 2050, quatro vezes mais que os 4,4 milhões de empregos atualmente.
Na última década, aponta a
entidade, a capacidade instalada de energia solar fotovoltaica fora da rede
cresceu mais de dez vezes, de aproximadamente 0,25 GW em 2008 para quase 3 GW
em 2018 em todo o mundo. E acrescenta que a energia solar fotovoltaica fora da
rede é uma tecnologia essencial para alcançar o acesso universal à
eletricidade, de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Da mesma forma, a implantação
de sistemas fotovoltaicos solares no telhado aumentou bastante, o que hoje
torna a energia solar fotovoltaica em alguns mercados mais atraente do que
comprar eletricidade da rede. A competitividade da energia solar distribuída
está claramente aumentando a implantação em grandes mercados, incluindo Brasil,
China, Alemanha e México.
O estudo traz ainda que a
Ásia, principalmente a China, com mais de 50% da capacidade instalada em 2050,
continuaria a dominar a energia solar fotovoltaica, seguida pela América do
Norte (20%) e Europa (10%). O mercado latino-americano aumentaria de 7 GW em
2018 para mais de 280 GW.
Além disso, que o custo
global nivelado de eletricidade (LCOE, na sigla em inglês) para a fonte
continuará a cair de uma média de US$ 0,85/kWh em 2018 para entre US$ 0,05 a
US$ 0,14/kWh até 2050. E lembra que em recente leilão na Colômbia foi concedido
por um preço médio de eletricidade de US$ 0,27/kWh. (canalenergia)
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