quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Energias renováveis deverão crescer 50% nos próximos 5 anos

A rápida expansão das fontes de energia renováveis, em especial da energia solar fotovoltaica, deverá aumentar em 50% a sua capacidade instalada mundial pelos próximos 5 anos.
A previsão é da Agência Internacional de Energia (International Energy Agency, ou IEA, na sigla em inglês), que registrou neste ano um volume de projetos solares, eólicos e hídricos maior que os dos últimos quatro anos.
Segundo seu mais novo relatório, a agência estima um aumento de 600 Gigawatts (GW) da capacidade solar mundial em 2024, puxado por novas ondas de preços baixos da tecnologia das placas solares.
No geral, a capacidade mundial das fontes de energia alternativas deverá crescer 1.200 GW nos próximos 5 anos, equivalente a quase sete vezes o total da matriz elétrica brasileira.
De acordo com o representante da IEA, o momento é crucial para as fontes limpas e para o setor elétrico mundial, na medida em que essas tecnologias, tão importantes para o combate ao aquecimento global, ganham mais destaque, em especial a solar e eólica.
Atualmente, as fontes renováveis respondem por apenas 26% da geração elétrica mundial, participação que deve chegar a 30% em 2024, de acordo com a IEA.
Embora o crescimento recente dos mercados europeu e americano tenha influenciado as previsões da IEA, ela admite que somente com a força do mercado chinês será possível atingir essa expansão das fontes solar e eólica.
A tecnologia fotovoltaica, que já apresenta preços competitivos na maioria dos países do mundo, deverá liderar essa expansão das renováveis segundo a IEA, que ainda prevê novas quedas de 15% a 35% em seus custos até 2024.
De acordo com a agência, a maior parte dessa demanda pela tecnologia virá de empresas e indústrias, que apostam na tecnologia através da geração distribuída como alternativa para seus altos gastos com a conta de luz.
Ainda no segmento solar distribuído, a IEA estima um público de mais de 100 milhões de consumidores com autogeração até 2024, com destaque para países como Austrália, Bélgica, Califórnia, Holanda e Áustria.
No entanto, embora o crescimento seja promissor, a agência alerta que ele ainda não é o suficiente para atender as metas climáticas firmadas no acordo de Paris. (ecodebate)

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