A
rápida expansão das fontes de energia renováveis, em especial da energia solar
fotovoltaica, deverá aumentar em 50% a sua capacidade instalada mundial pelos
próximos 5 anos.
A
previsão é da Agência Internacional de Energia (International Energy Agency, ou
IEA, na sigla em inglês), que registrou neste ano um volume de projetos
solares, eólicos e hídricos maior que os dos últimos quatro anos.
Segundo
seu mais novo relatório, a agência estima um aumento de 600 Gigawatts (GW) da
capacidade solar mundial em 2024, puxado por novas ondas de preços baixos da
tecnologia das placas solares.
No
geral, a capacidade mundial das fontes de energia alternativas deverá crescer
1.200 GW nos próximos 5 anos, equivalente a quase sete vezes o total da matriz
elétrica brasileira.
De
acordo com o representante da IEA, o momento é crucial para as fontes limpas e
para o setor elétrico mundial, na medida em que essas tecnologias, tão
importantes para o combate ao aquecimento global, ganham mais destaque, em
especial a solar e eólica.
Atualmente,
as fontes renováveis respondem por apenas 26% da geração elétrica mundial,
participação que deve chegar a 30% em 2024, de acordo com a IEA.
Embora
o crescimento recente dos mercados europeu e americano tenha influenciado as
previsões da IEA, ela admite que somente com a força do mercado chinês será
possível atingir essa expansão das fontes solar e eólica.
A
tecnologia fotovoltaica, que já apresenta preços competitivos na maioria dos
países do mundo, deverá liderar essa expansão das renováveis segundo a IEA, que
ainda prevê novas quedas de 15% a 35% em seus custos até 2024.
De
acordo com a agência, a maior parte dessa demanda pela tecnologia virá de
empresas e indústrias, que apostam na tecnologia através da geração distribuída
como alternativa para seus altos gastos com a conta de luz.
Ainda
no segmento solar distribuído, a IEA estima um público de mais de 100 milhões
de consumidores com autogeração até 2024, com destaque para países como
Austrália, Bélgica, Califórnia, Holanda e Áustria.
No
entanto, embora o crescimento seja promissor, a agência alerta que ele ainda
não é o suficiente para atender as metas climáticas firmadas no acordo de
Paris. (ecodebate)
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