Igreja na Zona Sul do Rio usa
energia renovável e tem ações para preservar o meio ambiente
A Paróquia São José, na
Lagoa, conhecida como a igreja de vidro, é a primeira igreja com energia solar
do Brasil e a primeira a usar um sistema híbrido com sol e vento.
A Paróquia de São José da
Lagoa, localizada em frente a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro,
apresentou em 24/10/19 mais uma iniciativa que corrobora sua busca por uma
atuação mais sustentável com o meio ambiente e com suas finanças a longo prazo.
A instituição inaugurou uma pequena turbina eólica no seu telhado para produção
de energia elétrica limpa, acrescentando 4,5 kW aos 14 kW solares já
instalados, aproximando-a da tão almejada autonomia energética. O novo gerador
eólico foi desenvolvido e doado pela empresa Zani Energias, que fez a
integração com o sistema fotovoltaico já existente.
Conhecida como “Igreja de
vidro da Lagoa”, a Paróquia São José foi uma das primeiras a gerar a
própria eletricidade a partir dos 56 painéis solares instalados há 3 anos
e que produzem o equivalente a 40% do consumo local. O case foi batizado
de “Igreja Solar” e proporcionou uma economia de cerca de R$ 20 mil por ano na
conta de luz. As placas fotovoltaicas, em formato de cruz, também foram
implementadas no telhado da construção e podem ser vistas do Cristo Redentor,
no alto do Morro do Corcovado.
Turbina eólica é do tipo eixo
vertical e adicionará 4,5 kW ao sistema solar já instalado (foto:
Alexandre Pinel)
Segundo Alexandre Pinhel,
idealizador da iniciativa, o projeto configura o primeiro sistema híbrido
urbano do Brasil. “São sistemas muito interessantes, pois com eles se consegue
alguma complementaridade na produção de energia, saindo da dependência da
insolação”, justifica. Já o pároco da Igreja e reitor do Santuário Cristo
Redentor, Padre Omar, destaca que a nova configuração para geração da própria
energia é um avanço nas atividades da Pastoral do Desenvolvimento Sustentável,
criada na Paróquia em 2017, com base na encíclica verde escrita pelo Papa
Francisco em 2015, a “Laudato Si”.
“Estamos adequados ao desejo
do Papa Francisco e ao conceito de sustentabilidade. É um pensamento que deve
se ampliar a outras igrejas e a toda a sociedade”, diz o sacerdote,
referindo-se ao documento do Pontífice que aborda o uso e a produção da energia
elétrica e questões socioambientais mundiais.
No texto, o Papa afirma que o
desenvolvimento de formas menos poluentes de produção de energia, bem como o
uso de forma eficiente, tem de ser apoiado. (canalenergia)
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