“No passado, o crescimento
nesta região foi impulsionado pelo processo regulado por meio de leilões, mas
isso começou a mudar com uma nova onda de atividade de mercado livre”, disse a
Analista de Pesquisa Sênior, Energia e Renováveis da Wood Mackenzie, Kárys
Prado. “Veremos grandes compradores dos setores comercial e industrial se
afastando dos leilões e migrando para o mercado não regulamentado (ou chamado
livre) para buscar acordos favoráveis de compra de energia. Isso impulsionará
significativamente a construção na América do Sul, principalmente na Argentina,
Brasil, Chile e Peru. No entanto, mercados menos maduros como Colômbia e
Equador continuarão a depender do mercado regulado”, acrescentou.
A Wood Mackenzie avalia ainda que o hidrogênio verde também será um trampolim no longo prazo, com o Brasil e o Chile adicionando sozinhos 1,5 GW de capacidade até 2032 para apoiar essa atividade. Embora vários projetos de vários gigawatts tenham sido anunciados, eles estão em estágio inicial de desenvolvimento e só serão ampliados após 2030.
O Brasil concluiu o primeiro semestre de 2023 com um acréscimo de 5,1 gigawatts (GW) na capacidade instalada de geração de energia elétrica. Das 160 usinas que entraram em operação comercial de janeiro a junho, 67 são de fonte eólica, reunindo 2,3 GW (44,53% do total de 5,1 GW); 59 são solares fotovoltaicas, com 2,2 GW (42,76%); 23 são termelétricas, com 521,4 MW (10,13%); oito são pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com 121,5 MW (2,36%); e três são centrais geradoras hidrelétricas, com 11,4 MW (0,22%).
O segundo semestre do ano promete ser marcado por novos marcos inéditos de produção de energia a partir dos ventos. Segundo dados divulgados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), durante os primeiros quatro dias de julho, a geração de energia proveniente dessa fonte renovável atingiu a marca de 17.110 MW, o que corresponde a 24,3% da demanda total do Sistema Interligado Nacional (SIN). (petronoticias)
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