O Brasil fechou o ano de 2021
com a sexta maior capacidade de geração instalada no mundo com 182 GW. Em
termos de consumo o país encerrou aquele ano na quinta posição do ranking com
571 TWh. Os dados foram apresentados no Anuário Estatístico de Energia
Elétrica, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética. Em termos de
capacidade e consumo lideram a lista a China, Estados Unidos e Índia. O Brasil
perde uma posição em termos de capacidade instalada para a Alemanha.
De acordo com a EPE, essa
comparação com outros países é feita com base nos números de 2021 por conta da
dificuldade de obtenção das informações.
Já sobre o ano de 2022, base do anuário, a EPE aponta que a capacidade instalada de geração no país aumentou 4,1%, alcançou pouco mais de 189 GW. A maior contribuição veio da geração hidráulica que responde por 54,6% da capacidade, contudo, uma alta de apenas 0,2% ante o ano de 2021.
Aumento da participação da fonte hidráulica deveu-se ao volume de chuvas.
Contudo, apontou o
planejador, a maior expansão proporcional ocorreu na geração solar, que fechou
o ano de 2022 com um aumento na potência instalada de 59,5% em relação ao ano
anterior, o que corresponde a uma expansão de 2,8 GW. A única retração na
capacidade de geração foi verificada em Derivados de Petróleo que recuou 6,2%.
Foram produzidos 677 TWh,
correspondendo a um crescimento de 3,3%. As maiores altas percentuais observadas
ficaram com a geração solar (79,8%) e hidráulica (17,7%).
A EPE explicou que esse
aumento da geração a partir da água está diretamente relacionada ao regime
hidrológico favorável observado em 2022, o qual resultou no maior despacho de
UHEs e contribuiu para redução do despacho de termelétricas a combustíveis
fósseis. Justamente por isso, as maiores quedas percentuais foram observadas na
geração termelétrica a gás natural (51,6%), derivados de petróleo (57,2%) e
carvão (54,6%).
Tais movimentos contribuíram
para a redução da participação destes combustíveis fósseis na matriz de geração
elétrica nacional de 18,7% em 2021 para 8,5% em 2022, enquanto a geração
hidrelétrica retomou sua contribuição em 2022 para 63%, patamar similar ao
observado em 2020, aponta a EPE no Anuário, disponível que está disponível em
seu site.
Outro fator destacado está na redução das emissões de gases de efeito estufa provenientes da geração elétrica no Brasil. A queda foi de 43%. Já o total de emissões de GEE no Sistema Interligado Nacional apresentou uma queda de 61% entre 2021 e 2022, com destaque para o gás natural que reduziu em 61,4% e carvão com 56,4%. Por outro lado, nos sistemas isolados, houve aumento de 8,4% em 2022 em relação ao ano anterior.
Brasil encerrou o ano de 2022 com 189 GW em potência instalada.
Em termos de consumo de
eletricidade, as regiões Norte e Sudeste lideraram o crescimento, com 4,6% e
2,8% respectivamente. A região Sudeste é a região de maior participação no
consumo do país, e representou 48,7% do total em 2022. O setor industrial segue
sendo o maior consumidor, com 36,2% e o residencial vem logo depois com 30%. O
consumo per capita de energia por região ficou em 2.363 kWh por habitante em
2022.
As tarifas médias no ACR
aumentaram 5,9%, o que indica uma desaceleração do crescimento observado entre
2020 e 2021, cujo índice foi de 17,9%. Entre os submercados, a maior taxa foi
observada na região Centro-Oeste (8%) e a menor, no Sul do país (3,3%).
Já o sistema de transmissão
nacional encerrou o ano passado com 165.667 km de extensão, crescimento de 5,5%
ante o valor de dezembro/2021. Esses dados consideram apenas as linhas do SIN a
partir de 132 kV.
O Anuário traz ainda
informações como as maiores distribuidoras do país em termos de consumo, lista
que é liderada pela Cemig, seguida da Enel-SP e CPFL Paulista. Em número de
consumidores, muda apenas a terceira colocada, entrando a Neoenergia Coelba.
Consumo de energia elétrica
por região brasileira
O consumo total de energia elétrica no Brasil em 2021 foi de 497 terawatt-hora, segundo o Anuário, e esse número é 4,6% maior do que o de 2020. A região com a maior porcentagem é a Sudeste, abrangendo quase metade do consumo nacional. A seguir temos, a região Sul, Nordeste, Centro-Oeste e por último, Norte. Abaixo segue uma lista resumida:
O consumo residencial de eletricidade associado a população permite identificar também a intensidade de uso de energia por pessoa em cada unidade federativa ou região geográfica. Sendo assim, se você deseja ler mais detalhes, acesse a versão atual e completa desse documento, clicando aqui. (gasnet)
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