Uma das principais agendas do
atual ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, a iniciativa
pretende movimentar entre R$ 5-10 bilhões em investimentos.
Desde o início de junho/23, o
ministro tem vendido a ideia a delegações internacionais que visitam o Brasil,
como França e Emirados Árabes. Também entrou na agenda do grupo de trabalho com
o BNDES.
É, em parte, um programa de
universalização do acesso à energia, na Amazônia Legal. Há 211 localidades que
ainda não estão conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), segundo o
MME.
E promete convergência com iniciativas já implementadas para ampliar o fornecimento de energia em cidades amazônicas, como o Luz para Todos e o Mais Luz para a Amazônia.
A diferença é a inserção do biodiesel como alternativa à geração térmica fóssil, já que o foco do Luz para a Amazônia é a instalação de painéis solares.
Atualmente, estima-se que é
necessário atender 219 mil unidades consumidoras, em áreas remotas da Amazônia
Legal, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia,
Tocantins e Maranhão.
Essa demanda por geração de
energia local e renovável pode chegar a 6 milhões de módulos fotovoltaicos e
mais de 5 milhões de baterias até o ano de 2030, de acordo com um minucioso
estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema).
E ainda pressionar em R$ 1,3 bilhão a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) paga pelos consumidores do SIN em 2027, com as despesas de operação e manutenção dos sistemas de energia solar, calcula a empresa de tecnologia TR Soluções.
A inserção do biodiesel no programa de energia pode reduzir a demanda por painéis e baterias, ao mesmo tempo em que aproveita a produção local de biocombustível a partir de óleo de palma.
Uma oportunidade para a BBF,
que já está instalada em estados na região.
O grupo possui 38 usinas
termelétricas na região, com capacidade total de 238 MW e calcula que o
biocombustível substitui 106,4 milhões de litros de diesel fóssil por ano.
Atualmente, 25 usinas estão em operação com capacidade de gerar 86,8 MW, atendendo 140 mil pessoas, diz a empresa.
Programa de Descarbonização da Amazônia espera movimentar até R$ 10 bilhões em investimentos.
A atuação da empresa no Pará,
no entanto, é marcada por conflitos com comunidades locais, um desafio na hora
de calcular quão “justa” será essa transição. (biodieselbr)
Nenhum comentário:
Postar um comentário