Governo estuda duas alternativas para introduzir a energia
solar na matriz
Decisão poderá ficar entre aguardar a redução dos preços da
fonte ou promover leilões específicos como feitos para a eólica.
O presidente da
Empresa de Pesquis Energética, Maurício Tolmasquim, afirmou em 18/11/12 que
o governo avalia duas soluções para a entrada da solar na matriz energética. A
primeira seria a redução dos preços da fonte no mercado e a segunda a
possibilidade de realizar um leilão específico para a solar, nos mesmo moldes
que foi realizado para a eólica, anos atrás. Segundo ele, essa decisão ainda
não foi tomada, pois estão sendo feitos estudos para que se possa chegar a
esta decisão, ainda para o ano que vem ou para 2015.
Em sua opinião, o
resultado do leilão A-3 realizado em 18/11/13 não surpreendeu, pois os preços
da solar ainda são mais elevados que os da fonte eólica.
"Nossa
expectativa é de que seria uma surpresa muito grande se a solar conseguisse
bater a eólica neste leilão. Quando começamos com a eólica esta fonte era mais
cara mesmo com o preço na casa de R$ 300 por MWh. Da mesma forma acredito que a
solar deverá ter a mesma evolução que a eólica", afirmou ele em coletiva
após o certame. "Se olharmos para frente a perspectiva é de queda no preço
da solar. Eu não tenho dúvidas de que isso é uma questão de tempo. Contudo esse
é o momento dos ventos, mas o momento do sol chegará", prevê o executivo.
Na avaliação de
Tolmasquim, entre os fatores que deverão reduzir no futuro os preços da solar
nos outros leilões está o interesse de muitos investidores em parques eólicos
em desenvolver projetos em suas áreas. Com isso, o custo cairia em função de já
existir a conexão à rede, estradas para a implantação de projetos e os terrenos
para as usinas serem instaladas. "Tem uma série de investimentos que
poderão ser evitados no futuro que ajudará na competitividade da fonte",
apontou.
Tolmasquim minimizou
o fato de o deságio médio deste A-3 ter sido de apenas 1,25%. Segundo ele, a
demanda foi totalmente atingida e esse patamar de desconto sobre o preço
inicial de R$ 126 por MWh teve incluído um certo bônus aos investidores diante
do desafio de se colocar em operação um parque em cerca de dois anos. Além
disso, o deságio baixo é explicado por um cálculo de preço-teto mais próximo à
realidade, pois um deságio alto poderia indicar um erro na hora de precificar
os projetos.
O presidente da EPE,
destacou ainda que o país poderá bater um novo recorde em contratação de
energia eólica em 2013. A perspectiva é de que o volume contratado este ano
ultrapasse os 2,8 GW de capacidade instalada registrados em 2011. Essa
estimativa foi confirmada pela presidente da ABEEólica, Élbia Melo.
Contudo, ele já dá
indícios de que a competitividade das outras fontes, principalmente a hídrica e
a térmica deverá ser mais intensa com a atribuição de hierarquia de
contratação. "Não poderemos contratar apenas a eólica no A-5, precisamos
de mais UHEs e térmicas para podermos alcançar um nível de segurança
maior", afirmou. (canalenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário