Ônibus elétrico híbrido da Volvo chamou atenção
positivamente do secretário geral da FIFA, Jérôme Valcke, que andou no veículo
em Curitiba. Para ele, as cidades que vão sediar no Brasil a Copa do Mundo de
2014 devem pensar em estádios, mas também em mobilidade e sustentabilidade.
Secretário Geral da FIFA anda de híbrido da Volvo em
Curitiba e gosta. Jérôme Valcke está visitando as cidades sedes da Copa do
Mundo. Para ele, mobilidade e sustentabilidade são tão importantes quanto os
estádios.
A população brasileira não precisa de futebol. Precisa de um
país que ofereça a estrutura mínima para a qualidade de vida e desenvolvimento.
E até a FIFA, entidade máxima do futebol, reconhece isso,
mesmo que não com todas as letras já que futebol significa lucro (e muito
lucro) para ela.
O secretário geral da FIFA, Jérôme Valcke, tem visitado
diversas cidades onde vão ser realizados os jogos da Copa do Mundo de 2014 para
verificar as obras dos estádios e de infraestrutura.
Em 27/11/12 dirigente esteve em Curitiba, no Paraná, e disse
ter ficado satisfeito com as configurações do estádio Arena da Baixada, que
terá lugar para 45 mil pessoas, assentos perto do gramado e cobertura oficial.
Mas o que chamou a atenção de Jérôme Valcke foi a estrutura
de transportes na cidade.
A mobilidade em Curitiba é baseada majoritariamente em
ônibus, com destaque para os sistemas de BRT – Bus Rapid Transit, corredores
modernos com pontos de ultrapassagem para evitar filas de veículos nas paradas,
estações tubo com piso no mesmo nível do assoalho do ônibus garantindo a
acessibilidade, proteção do passageiro em relação às intempéries, sistemas de
informação e pré-embarque, que é o pagamento da passagem antes da entrada no
ônibus, o que faz com que o veículo perca menos tempo nas paradas.
Jérôme Valcke também andou num ônibus híbrido da Volvo,
movido por dois motores: um a combustão e outro elétrico, que pode reduzir em
quase 90% o nível de emissões dependendo do poluente e em cerca de 35% o
consumo de combustível.
A tecnologia é híbrido paralela. O motor elétrico dá partida
no ônibus e faz o veículo se movimentar até 20 km/h, que são as ocasiões que um
ônibus convencional polui mais. Depois disso, entra em operação o motor diesel
ou biodiesel que também gera energia para ser armazenada em baterias, usada
para o funcionamento do propulsor elétrico.
O dirigente da FIFA disse, em coletiva à imprensa, que todos os avanços de mobilidade causados pelas obras da Copa devem ser acompanhados pela preocupação sobre os impactos ao meio ambiente:
O dirigente da FIFA disse, em coletiva à imprensa, que todos os avanços de mobilidade causados pelas obras da Copa devem ser acompanhados pela preocupação sobre os impactos ao meio ambiente:
“Quando se organiza um evento como esse, a sustentabilidade
é uma necessidade evidente. É preciso se preocupar com o mundo. Estamos
investindo muito nas arenas e em mobilidade, então, é preciso pensar no impacto
sobre o Brasil e sobre o resto do mundo. Queremos uma Copa verde. Esse é uma
questão que consideramos desde a candidatura do país e também como legado” –
declarou Jérôme
No entanto, o que Jérôme obviamente não falou, mas que de
tão óbvio deveria ser uma prática normal, muitas vezes é colocada de lado por
quem recebe nossos impostos para administrar as cidades, os estados e o País: é
que mobilidade não deve ser pensada apenas para Copa e sim para o dia a dia das
pessoas. Os jogadores e torcedores depois de um mês se vão, mas a população
fica sustentando o poder público e merece serviços dignos.
Vários projetos têm focado os deslocamentos de torcedores,
mas que depois da Copa perderão importância. Assim, os mesmos valores vultuosos
deveriam ser aplicados em transportes em outras regiões das cidades, isso para
não fugir do assunto mobilidade, já que também existem outras áreas
prioritárias.
O ônibus híbrido é um exemplo desse tipo de solução além da
Copa. Relativamente barato diante de outros modais e até mesmo em comparação ao
ônibus convencional em trechos de boa trafegabilidade se for levada em conta
sua vida útil que pode chegar a ser três vezes maior. (blogpontodeonibus)
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