domingo, 18 de maio de 2014

Ônibus a hidrogênio da Coppe na Copa

Desde o início de abril o sistema de Transporte Interno da Cidade Universitária conta com uma novidade que será empregada durante a Copa do Mundo deste ano. Começa a circular, entre 11h30 e 14h, o H2+2, o ônibus híbrido a hidrogênio da Coppe/UFRJ, que utiliza fontes renováveis de energia. O veículo desenvolvido com tecnologia 100% nacional vai reforçar o serviço de transporte num momento de aumento da demanda dos usuários na Cidade Universitária.
Nas cores verde e amarelo, o ônibus híbrido foi pensado para garantir o máximo de eficiência energética. Tem capacidade total para 69 passageiros (29 sentados), rampa de acesso e espaço para cadeirantes. O H2+ 2 é a segunda versão do veículo (o H2) que vem sendo desenvolvido pela Coppe desde 2005. A tecnologia foi licenciada pela Coppe para industrialização e comercialização pela empresa Tracel, parceira do desenvolvimento. Em 2012, surgiu a nova versão com custos 30% menores e redução em 40% no consumo de hidrogênio.
“Com menos equipamentos a bordo, o veículo passou a consumir menos hidrogênio. O sistema é similar ao utilizado em vários veículos e também nos carros de Fórmula 1. Todavia, no ônibus, a frenagem regenerativa possui o objetivo de economizar “combustível”, aumentando a eficiência energética”, afirmou o professor Paulo Emílio Valadão de Miranda , coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Coppe/UFRJ.
O ônibus elétrico híbrido a hidrogênio pode percorrer até 300 quilômetros com uma carga completa das baterias elétricas e uso do combustível hidrogênio embarcado. É preciso que o veículo seja ligado a uma tomada elétrica para que seja gerado um terço da autonomia, mas os dois terços restantes da energia são produzidos dentro do próprio ônibus por uma pilha combustível alimentada com hidrogênio e por um sistema de regeneração da energia cinética que entra em funcionamento durante a frenagem.
Veículo tem controle inteligente de distribuição de energia e não polui o ambiente
Extremamente silencioso, com zero emissão de poluentes e baixo custo de manutenção, o veículo desenvolvido pela Coppe tem ainda um sistema integrado computadorizado de controle inteligente da distribuição de energia elétrica para os vários sistemas elétricos do veículo (motor de tração, acionamento de portas, funcionamento dos faróis etc). Para maior comodidade dos passageiros, o ônibus tem piso baixo, suspensão a ar, vem equipado com ar condicionado, tomadas de 127V e USB em cada assento para recarga de dispositivos pessoais e acesso gratuito à internet por conexão sem fio.
O veículo já foi amplamente testado na Cidade Universitária e na Barra da Tijuca, mas ainda não assumiu operação continuada com público pela inexistência de infraestrutura para abastecimento com hidrogênio, que ainda é realizada de forma limitada, em pequena escala, fora de ambiente comercial.
A equipe que desenvolve o projeto conta com 12 engenheiros e técnicos, coordenados pelo o professor Paulo Emilio Valadão de Miranda. Segundo ele, a meta de todos é oferecer uma alternativa mais eficiente para os ônibus a diesel do Rio de Janeiro, que são poluentes e barulhentos. De quebra, o H2+2 coloca o Brasil no grupo de países que ingressa na economia tendo o hidrogênio como alternativa energética. (ambienteenergia)

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