Desde o início de abril o sistema
de Transporte Interno da Cidade Universitária conta com uma novidade que será empregada
durante a Copa do Mundo deste ano. Começa a circular, entre 11h30 e 14h, o H2+2,
o ônibus híbrido a hidrogênio da Coppe/UFRJ, que utiliza fontes renováveis de
energia. O veículo desenvolvido com tecnologia 100% nacional vai reforçar o
serviço de transporte num momento de aumento da demanda dos usuários na Cidade
Universitária.
Nas cores verde e amarelo, o ônibus
híbrido foi pensado para garantir o máximo de eficiência energética. Tem
capacidade total para 69 passageiros (29 sentados), rampa de acesso e espaço
para cadeirantes. O H2+ 2 é a segunda versão do veículo (o H2)
que vem sendo desenvolvido pela Coppe desde 2005. A tecnologia foi licenciada
pela Coppe para industrialização e comercialização pela empresa Tracel,
parceira do desenvolvimento. Em 2012, surgiu a nova versão com custos 30%
menores e redução em 40% no consumo de hidrogênio.
“Com menos equipamentos a bordo, o
veículo passou a consumir menos hidrogênio. O sistema é similar ao utilizado em
vários veículos e também nos carros de Fórmula 1. Todavia, no ônibus, a
frenagem regenerativa possui o objetivo de economizar “combustível”, aumentando
a eficiência energética”, afirmou o professor Paulo Emílio Valadão de Miranda ,
coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Coppe/UFRJ.
O ônibus elétrico híbrido a
hidrogênio pode percorrer até 300 quilômetros com uma carga completa das
baterias elétricas e uso do combustível hidrogênio embarcado. É preciso que o
veículo seja ligado a uma tomada elétrica para que seja gerado um terço da
autonomia, mas os dois terços restantes da energia são produzidos dentro do
próprio ônibus por uma pilha combustível alimentada com hidrogênio e por um
sistema de regeneração da energia cinética que entra em funcionamento durante a
frenagem.
Veículo tem controle inteligente de
distribuição de energia e não polui o ambiente
Extremamente silencioso, com zero
emissão de poluentes e baixo custo de manutenção, o veículo desenvolvido pela
Coppe tem ainda um sistema integrado computadorizado de controle inteligente da
distribuição de energia elétrica para os vários sistemas elétricos do veículo
(motor de tração, acionamento de portas, funcionamento dos faróis etc). Para
maior comodidade dos passageiros, o ônibus tem piso baixo, suspensão a ar, vem
equipado com ar condicionado, tomadas de 127V e USB em cada assento para
recarga de dispositivos pessoais e acesso gratuito à internet por conexão sem
fio.
O veículo já foi amplamente testado
na Cidade Universitária e na Barra da Tijuca, mas ainda não assumiu operação
continuada com público pela inexistência de infraestrutura para abastecimento
com hidrogênio, que ainda é realizada de forma limitada, em pequena escala,
fora de ambiente comercial.
A equipe que desenvolve o projeto
conta com 12 engenheiros e técnicos, coordenados pelo o professor Paulo Emilio
Valadão de Miranda. Segundo ele, a meta de todos é oferecer uma alternativa
mais eficiente para os ônibus a diesel do Rio de Janeiro, que são poluentes e
barulhentos. De quebra, o H2+2 coloca o Brasil no grupo de países
que ingressa na economia tendo o hidrogênio como alternativa energética.
(ambienteenergia)
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