Risco de faltar energia na região SE/CO é de 3,7%.
Previsão foi feita, pela primeira vez quantitativamente,
pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico para regiões Sudeste/Centro-Oeste.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) divulgou
nota em 07/05/14 afirmando que o risco de déficit de energia verificado em maio
é de 3,7% para a região Sudeste/Centro-Oeste (SE-CO), mas ponderou que esse
porcentual ainda é menor que o risco considerado aceitável para o sistema, que
é de 5%.
De acordo com o documento, há uma sobra estrutural de cerca
de 5.400 megawatts (MW) médios de energia para atender à demanda prevista para
este ano, considerando a entrada em funcionamento de novas usinas nos próximos
meses.
O risco de 3,7% para a região Sudeste/Centro-Oeste,
acrescenta o CMSE, é bem inferior ao registrado em maio de 2001 - ano do
racionamento de energia -, quando a possibilidade de falta de energia chegou ao
mês de maio em 24,7%. A nota agrega ainda que o risco de déficit de energia
para a região Nordeste hoje é zero, enquanto em maio de 2001 essa possibilidade
era de 44,4%.
"Portanto, embora as principais bacias hidrográficas
onde se situam os reservatórios tenham enfrentado uma situação climática
desfavorável no período úmido recém-encerrado, o Sistema Interligado Nacional
dispõe das condições de equilíbrio estrutural necessárias para o abastecimento
do País", avalia o Comitê.
Essa foi a primeira vez que o CMSE publicou o índice de
risco de falta de energia no País. Até então, as notas oficiais emitidas pelo
comitê apenas consideravam essa possibilidade como baixíssima ou baixa.
Riscos
Em fevereiro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão,
disse que o risco de racionamento de energia no País era “zero”, mas uma semana
depois admitiu que o risco era “mínimo”. Alguns analistas econômicos acreditam
que haverá algum tipo de programa do governo para reduzir o consumo de energia,
em meio à estiagem que impede a recomposição dos reservatórios das
hidrelétricas.
O CMSE rodou ainda simulações para o período à frente e
calculou que o risco de qualquer déficit de energia na região
Sudeste/Centro-Oeste entre 2015 e 2018 é de 4%, enquanto para a região Nordeste
é de 0,4%. O risco, avalia o comitê, estaria dentro do planejamento, pois
continua abaixo do 5% toleráveis pelo Conselho Nacional de Política Energética
(CNPE).
"Esse Comitê, de forma rotineira e dentro de sua
competência legal, continuará monitorando as condições de abastecimento e o
atendimento ao mercado de energia elétrica do País", concluiu o documento.
(OESP)
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