Itaipu fechou o primeiro mês
de 2018 com a melhor produção mensal de sua história. Os valores ultrapassaram
a produção registrada durante dezembro de 2017, que era tido como melhor mês
desde que a usina começou a gerar energia, em maio de 1984.
A geração de dezembro de 2017
foi superada em 31/01/18 às 4h11 (horário brasileiro de verão). Até o fim do
dia, a estimativa é de que a produção total de janeiro chegue a aproximadamente
9 milhões e 529 mil megawatts-hora (MWh), 2,9% superior à de dezembro, que, com
a marca de 9 milhões e 257 mil MWh, agora passa a ser o segundo melhor mês em
produção em todo o histórico usina.
À título de curiosidade e
dimensão da representatividade da produção, a energia gerada em janeiro seria
suficiente para abastecer o Estado de São Paulo por dois meses, a cidade de
Curitiba por dois anos e Foz do Iguaçu, onde está a sede brasileira da hidrelétrica
binacional, por nada menos que 17 anos.
Para atingir o recorde, a
área técnica de Itaipu, que envolve equipes do Brasil e do Paraguai, teve um
trabalho extra, já que o excesso de chuvas trouxe uma série de dificuldades. As
"variáveis de produção" exigiram lidar com elevadas afluências de
água a montante e a jusante do empreendimento, quando a redução na queda d´água
pode diminuir a geração. Essa condição ainda exige de Itaipu cuidados para
amenizar o problema das cheias nas áreas a jusante da usina.
Somado ao fato anterior, em
janeiro houve a necessidade de desligamento de unidades geradoras para
manutenção corretiva e preventiva e também ocorreram indisponibilidades no
sistema de transmissão de Furnas para a manutenção preventiva.
"Todas essas situações
poderiam ter prejudicado a produção de Itaipu, se não fosse a atuação exemplar
dos nossos engenheiros e técnicos", ponderou o diretor técnico executivo
da Itaipu, Mauro Corbellini. Segundo ele, o que garantiu o recorde de janeiro
foram exatamente os esforços e o alinhamento das equipes de Operação e
Manutenção da usina, que atuaram entrosadas com o Operador Nacional do Sistema,
no Brasil, e com a Ande, no Paraguai.
Ele destacou ainda, que a
geração recorde foi possível, também, graças ao mecanismo adotado pela área
técnica, chamado de reprogramação positiva. "De forma simples, esse
mecanismo significa deixar a usina atenta e preparada para se adequar a cada
situação e fazer as entregas de energia, em tempo real, assim que surgem as
janelas de oportunidade", afirmou.
"As equipes de tempo
real supervisionam a produção o tempo todo, 24 horas por dia. Essa atenção
contínua permite identificar as diferenças entre a produção programada e a
realizada, bem como deixa a usina preparada para atender demandas adicionais
dos clientes ONS e Ande. A reprogramação positiva nada mais é do que estar
atento às oportunidades de gerar mais, quando há essa possibilidade. É o que
nossos técnicos sabem fazer bem", concluiu. (udop)
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