segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Eficiência energética na construção civil

O mundo atual não vive sem energia elétrica. Todos os setores da sociedade a utilizam para diversos fins, desde acender a chama do fogão em sua residência, até manter em funcionamento plantas industriais inteiras, etc.
Antes, ações simples e manuais como o abrir e fechar de portas e janelas, por exemplo, hoje podem ser controlados eletricamente; dezenas de novos eletrodomésticos surgem a cada dia; a variação da temperatura pode ser controlada de diversas formas, em diferentes tipos de ambiente com a evolução do condicionamento de ar e assim por diante.
O consumo de energia vem aumentando a cada dia, a cada ano, com as inovações e o desenvolvimento tecnológico e com a evolução, também vem a preocupação com a possibilidade do desperdício e poluição por sua geração.
O conceito da eficiência energética foi criado para que o consumo de energia seja repensado em prol da sustentabilidade. Segundo Roberto Lamberts, pesquisador e professor do Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LABEEE), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o setor industrial foi o que inicialmente se propôs a aderir ao conceito, por um motivo simples – o de economizar energia. “Atualmente todos os setores, inclusive o consumidor comum vem aderindo à eficiência energética” enfatiza Lamberts.
Roberto Lamberts lembra ainda, que o setor de construção evoluiu muito com relação à eficiência energética. Atualmente existem meios de avaliar esta evolução, como a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) do Procel Edifica. “Este selo mede o grau de eficiência energética dos edifícios comerciais e públicos, o que inclusive, tem sido aproveitado como forma de ampliar as vendas pelas construtoras, um marketing que deu certo”, explica o pesquisador.
O Ministério de Minas e Energia (MME) apoia a iniciativa e criou a Regulamentação para Etiquetagem Voluntária de Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos, disponível em seu site.
Com um melhor aproveitamento das condições climáticas locais, um imóvel pode ser construído com uma maior ventilação, o que permite o uso moderado de ar condicionado. Ou então, pode receber maior radiação solar, aproveitada por um aquecedor solar. Esquadrias de PVC asseguram o melhor desempenho com o isolamento térmico e acústico. “São exemplos simples e eficazes na redução do consumo energético e que deveriam ser mais utilizados pelas construtoras”, afirma Lamberts.
Como exemplo de uma casa modelo, a ELETROSUL - Centrais Elétricas S.A. e a ELETROBRÁS - Centrais Elétricas Brasileiras S.A., através do Procel, estruturaram a sede do Laboratório de Monitoramento Ambiental e Eficiência Energética como uma construção modelo, chamada de “Casa Eficiente”. Nela são desenvolvidas atividades de pesquisa pela equipe da UFSC no âmbito da construção civil e funciona como um centro de demonstração do potencial de conforto, eficiência energética e uso racional da água.

Uma boa alternativa para acompanhar os desperdícios na energia elétrica dos produtos que temos em casa e escritórios, pode ser encontrado no site da Cemig, empresa de Minas Gerais, que distribui energia elétrica naquele estado, desenvolveu em seu site um simulador de gastos com energia elétrica. O consumidor acrescenta os produtos que possui e o tempo que os utiliza pelo período de um mês. Uma calculadora especial transforma os dados nos kWh/mês que foram gastos.
O interessante para o consumidor que pretende adquirir um imóvel é a viabilidade. Para muitas pessoas uma casa construída com eficiência energética é sinônimo de mais dinheiro, o que não é verdade. O custo não chega a 5% a mais que o de uma casa convencional. “Muitas vezes, em alguns casos fica até mais barato” diz Lamberts. (forumdaconstrucao)

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