O mundo atual não vive sem
energia elétrica. Todos os setores da sociedade a utilizam para diversos fins,
desde acender a chama do fogão em sua residência, até manter em funcionamento
plantas industriais inteiras, etc.
Antes, ações simples e
manuais como o abrir e fechar de portas e janelas, por exemplo, hoje podem ser
controlados eletricamente; dezenas de novos eletrodomésticos surgem a cada dia;
a variação da temperatura pode ser controlada de diversas formas, em diferentes
tipos de ambiente com a evolução do condicionamento de ar e assim por diante.
O consumo de energia vem
aumentando a cada dia, a cada ano, com as inovações e o desenvolvimento
tecnológico e com a evolução, também vem a preocupação com a possibilidade do
desperdício e poluição por sua geração.
O conceito
da eficiência energética foi criado para que o consumo de energia seja
repensado em prol da sustentabilidade. Segundo Roberto Lamberts, pesquisador e
professor do Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LABEEE), da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o setor industrial foi o que
inicialmente se propôs a aderir ao conceito, por um motivo simples – o de
economizar energia. “Atualmente todos os setores, inclusive o consumidor comum
vem aderindo à eficiência energética” enfatiza Lamberts.
Roberto
Lamberts lembra ainda, que o setor de construção evoluiu muito com relação à
eficiência energética. Atualmente existem meios de avaliar esta evolução, como
a Etiqueta Nacional de
Conservação de Energia (ENCE) do Procel Edifica. “Este selo mede o grau
de eficiência energética dos edifícios comerciais e públicos, o que
inclusive, tem sido aproveitado como forma de ampliar as vendas pelas
construtoras, um marketing que deu certo”, explica o pesquisador.
O Ministério de Minas e Energia (MME) apoia a
iniciativa e criou a Regulamentação para Etiquetagem Voluntária de Nível de
Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos,
disponível em seu site.
Com um
melhor aproveitamento das condições climáticas locais, um imóvel pode ser
construído com uma maior ventilação, o que permite o uso moderado de ar
condicionado. Ou então, pode receber maior radiação solar, aproveitada por um
aquecedor solar. Esquadrias de PVC asseguram o melhor desempenho com o
isolamento térmico e acústico. “São exemplos simples e eficazes na redução do
consumo energético e que deveriam ser mais utilizados pelas construtoras”,
afirma Lamberts.
Como exemplo
de uma casa modelo, a ELETROSUL - Centrais Elétricas S.A. e a ELETROBRÁS -
Centrais Elétricas Brasileiras S.A., através do Procel, estruturaram a sede do
Laboratório de Monitoramento Ambiental e Eficiência Energética como uma
construção modelo, chamada de “Casa Eficiente”. Nela são desenvolvidas atividades de pesquisa pela
equipe da UFSC no âmbito da construção civil e funciona como um centro de
demonstração do potencial de conforto, eficiência energética e uso racional da
água.
Uma boa
alternativa para acompanhar os desperdícios na energia elétrica dos produtos
que temos em casa e escritórios, pode ser encontrado no site da Cemig,
empresa de Minas Gerais, que distribui energia elétrica naquele estado,
desenvolveu em seu site um simulador de gastos com energia elétrica. O
consumidor acrescenta os produtos que possui e o tempo que os utiliza pelo
período de um mês. Uma calculadora especial transforma os dados nos kWh/mês que
foram gastos.
O
interessante para o consumidor que pretende adquirir um imóvel é a viabilidade.
Para muitas pessoas uma casa construída com eficiência energética é sinônimo de
mais dinheiro, o que não é verdade. O custo não chega a 5% a mais que o de uma
casa convencional. “Muitas vezes, em alguns casos fica até mais barato” diz
Lamberts. (forumdaconstrucao)
Nenhum comentário:
Postar um comentário