Veículos elétricos ocuparão
nichos de mercado, diz diretor da EPE.
Frotas de ônibus, táxis e
carros compartilhados deverão guiar demanda. Número de licenciamentos ainda é
baixo.
Os veículos elétricos no
Brasil deverão ficar concentrados em nichos de mercado, como frotas de ônibus,
táxis e car sharing, os carros de compartilhamento. De acordo com o diretor de
Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética, José Mauro
Coelho, o país absorveria melhor os veículos híbridos do tipo flex. “Faz mais
sentido que a utilização de veículos elétricos em larga escala”, afirma Coelho,
que participou em 01/02/2018 do seminário ‘RenovaBio
– Próximos passos’, realizado pela FGV Energia, no Rio de Janeiro (RJ). A nova
política do governo federal para os biocombustíveis, o RenovaBio, não
atrapalharia o desenvolvimento dos carros elétricos no país.
Ainda segundo Coelho, a
entrada de veículos híbridos e elétricos o Brasil ainda é pequeno. Segundo ele,
em 2016, de 2 milhões de licenciamentos para carros, apenas 1.091 eram de
carros híbridos ou elétricos. Já em 2017, mesmo com o aumento para 2,2 milhões
de licenciamentos, os licenciamentos foram para 3.500, ainda um número baixo.
“O licenciamento ainda é baixo”, observa. O diretor explica que no Brasil a infraestrutura
para carros elétricos ainda enfrenta entraves, como uma rede de eletro postos
com capilaridade para abastecimento.
Por conta de ter que calcular
a projeção da demanda de veículos, a EPE acompanha a Rota 2030, política do
Governo Federal para o setor automotivo. Coelho também frisa que muitos países
que vem abraçando com intensidade os carros elétricos o fazem por ser uma
solução na necessidade de redução de emissões. No caso do Brasil essa realidade
é diferente. “Os veículos vão entrar em nichos de mercado e os biocombustíveis
vão ter o espaço reservado a eles, mais ainda agora com o RenovaBio”, conclui.
(canalenergia)
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