Ceara pode chegar 125mw com novas usinas
fotovoltaicas ate final de 2018.
Relatório da EPE indica que quatro das cinco novas
unidades deverão iniciar operação a partir do dia 1º de novembro, o que ajuda o
Estado a atingir a meta ainda em 2018.
Até o fim de 2018, o Ceará deverá iniciar atividade de 80% dos 150 megawatts (MW) de potencia de geração de energia fotovoltaica, ou solar, contratada pelos leilões de da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atingindo o patamar de 125MW neste ano. Atualmente, o Estado conta apenas com a operação da Usina de Tauá, que tem a capacidade de 5 MW. Mas com a atualização do total previsto, conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Ceará já ocupa o posto de quinto maior estado na produção de energia solar, com um total de 155 MW.
Segundo
os dados repassados pela EPE, quatro usinas de grande porte - as Apodi I, II,
III e IV - tem entrega prevista, ou seja, liberação das cargas já integradas à
rede de distribuição de energia, para o primeiro dia de novembro deste ano.
Cada unidade será responsável pela potência de 30
MW, tendo sido investidos cerca de R$ 120 milhões por cada empreendimento. Mas
a usina FRV Massapê, responsável pelos 30 MW restantes para completar a
potência máxima de 150 MW que devem ser entregues, está sem previsão de
entrega. De acordo com o Ministério do Planejamento, a usina está em estágio de
licitação de obra, com a última atualização sendo feita no dia 30 de junho de
2017. O investimento previsto para esse empreendimento é, segundo a EPE, de R$
139,49 milhões.
Ainda segundo o relatório, o preço de venda para as
unidades é de R$ 300,88 por megawatt/hora (MWh) para as Apodi I, II, III e IV,
e de R$ 200,82 por MWh para FRV Massapê. Com a adição das cinco novas usinas, o
Ceará ficará atrás, em potência fotovoltaica, apenas da Bahia, que lidera o
ranking com 682 MW, seguida por Minas Gerais, com 501 MW; Piauí (270 MW); e São
Paulo (245 MW). O Rio Grande do Norte e a Paraíba vem logo em seguida na lista,
com potência total de 146 MW e 144 MW, respectivamente. Dados são da Associação
Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar).
Capacidade
Mesmo assim, o Estado ainda está bem abaixo do
potencial de produção para esse setor de energia renovável, segundo Rodrigo
Sauaia, presidente da ABSolar. "Existe um potencial muito grande da
utilização dessa modalidade nas zonas rurais ou na inserção nos prédios
públicos e habitação popular. É um potencial inexplorado de um setor que pode
até reduzir o custeio da máquina pública", disse.
Conforme um estudo da EPE, publicado em maio de
2016, o potencial técnico para o Ceará "representa três vezes o consumo
final de eletricidade nacional". No entanto, o aproveitamento dessa
capacidade depende de outros fatores, como alguns acordos comerciais. Para
aproveitar o mercado, o Governo cearense sinalizou que deverá apresentar um
novo material para ajudar a identificação de pontos de investimento. "O
Estado está produzindo um novo Atlas da energia solar no Ceará e isso irá ajudar
empreendedores e pessoas comuns a identificarem possibilidades de investimento.
E essa área é bom, pois recupera o dinheiro investido, em média, após 6 anos,
com equipamentos que têm garantia de performance de, pelo menos, 25 anos. Então
são 19 anos de produção de energia sem gastos", analisou.
Consumo
Mesmo perdendo nominalmente 2 projetos, passando de
682 para 680, segundo dados da Aneel, o Ceará ainda é o quarto estado do País
na geração distribuída de energia. Com um potencial de 12,3 MW, o Estado fica
atrás apenas de São Paulo, com 23,8 MW; Rio Grande do Sul (26 MW); e Minas
Gerais (37 MW).
A
produção dos micro e minigeradores de energia solar cearenses representam 7,1%
de todo o potencial do País, que teve registrado cerca de 174,2 MW segundo o
último balanço da ABSolar. Atualmente, 469 pontos residenciais foram
registrados pela EPE no Ceará. 158 são unidades comerciais e 18 pontos são do
setor industrial. "O Número está muito abaixo do potencial do Estado, se
considerarmos que em toda a rede de distribuição, apenas 680 pontos usem
energia solar, mas o Ceará já deu o primeiro passo em direção à produção de
energias renováveis", disse Sauaia. (diariodonordeste)
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