O governador Beto Richa
assinou em 24/01/18 um decreto que estabelece a Secretaria de Estado do
Planejamento como coordenadora do Programa Paranaense de Energias Renováveis.
O programa promove e
incentiva a produção e o consumo de energias renováveis, principalmente eólica,
solar e biomassa.
“Vamos unir as forças do
Paraná na área de pesquisa, universidades, setor produtivo e empresarial para
trabalhar no incentivo à produção de energia renovável”, disse o secretário de
Planejamento, Juraci Barbosa.
Ele explicou que um dos
principais temas a ser tratado é o uso de dejetos animais, a exemplo de suíno e
bovino, para a geração de energia.
Aproveitamento
O Estado tem o maior rebanho
de suínos do País, com 7,13 milhões de cabeças, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Precisamos dar um fim para
os resíduos produzidos pelos animais e um dos destinos poderia ser a energia
renovável”, disse Barbosa.
Em setembro de 2017, o
secretário participou de uma comitiva, organizada pelo Sistema Faep/Senar- PR,
que visitou Itália, Alemanha e Áustria, países onde a energia renovável é uma
realidade.
“Conheci vários sistemas
adotados e isso contribuirá para criarmos um novo modelo para o Estado, que tem
grande potencial”, complementou ele.
Ações
O Governo do Paraná tem outros projetos voltados à
produção de energia renovável, todos alinhados com a política energética
nacional, que prevê redução da participação da hidroeletricidade de 81% para
73% até 2020 e a ampliação da geração de energia proveniente de biomassa de 5%
para 10% e da energia eólica de 0,4% para 4%.
A Fomento Paraná e o Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) oferecem linhas de financiamento para
empreendimentos de geração, transporte, transmissão e consumo de energia
elétrica.
Já a Copel criou a Coordenação de Energias
Renováveis, focada no desenvolvimento de um modelo de geração de energia
renovável não agressiva ao patrimônio natural do Estado.
Outro projeto é o Smart Energy Paraná, feito pela
Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O programa busca
a adequação da rede de energia elétrica convencional em rede inteligente e a
disseminação da geração distribuída por fontes de energias renováveis.
Complexo Eólico Palmas II
Aerogeradores da Usina de Palmas, no estado do
Paraná, na divisa com Santa Catarina.
A Audiência Pública para apresentação dos Estudos e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) dos empreendimentos de energia eólica no município de Palmas – Complexo Palmas II – deverá ser marcada após o período de Carnaval.
A Audiência Pública para apresentação dos Estudos e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) dos empreendimentos de energia eólica no município de Palmas – Complexo Palmas II – deverá ser marcada após o período de Carnaval.
O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) publicou em
novembro do ano passado o Edital de entrada EIA/RIMA. A publicação é
procedimento necessário para solicitação de Audiência para apresentação dos
projetos e abrange também documentos relativos a Linha de Transmissão da
energia produzida até a subestação da Copel no perímetro urbano.
Posteriormente, o órgão estadual abriu prazo de 45
dias para a convocação da Audiência Pública, o que foi postergado pela
paralisação dos procedimentos no período de recesso nas repartições públicas
estaduais.
O ato é procedimento legal primordial para que o
órgão de fiscalização ambiental do Estado conceda a Licença Prévia (LP) para iniciar
os empreendimentos.
Após o início das obras, a projeção é de que num período
entre 3 e 5 anos o novo complexo nos Campos de Palmas esteja produzindo 200
Megawatts, através de 100 torres, com 150m metros de altura, através dos
parques Campo Alegre, Pederneiras, Santa Cruz, Santa Maria, São Francisco,
Taipinha e Tradição.
O empreendimento prevê investimento superior a R$1,2
bilhões. O trabalho vem sendo realizado há mais de 7 anos pelas empresas
brasileiras Vento Sul Energia, Cia Ambiental, Enerbios – Energias Sustentáveis
e a alemã Inno Vent Wind Energy Wordwild. (ambienteenergia)
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