quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Ceará receberá a primeira usina de hidrogênio

Ceará receberá a primeira usina de hidrogênio. Empreendimento de R$ 41, 9 milhões entrará em operação em 2022.
A nova usina, que ficará no Complexo do Pecém, da EDP fará parte do hub de hidrogênio verde desenvolvido pelo governo do estado do Ceará.

A EDP anunciou em 01/09/21 a implantação de sua primeira usina de produção de hidrogênio verde do estado do Ceará. Expectativa é que a unidade piloto comece a operar no fim de 2022, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. O empreendimento receberá investimentos de R$ 41,9 milhões, que contempla uma usina solar com capacidade de 3 MW e um módulo eletrolisador para produção do combustível a partir de energia renovável. A unidade modular terá capacidade de produzir 250 Nm3/h de H2V. Veja ainda esta notícia: Construção de usina de hidrogênio verde no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, está sendo analisada por empresas.

Anuncio da 1ª usina de hidrogênio do estado do Ceará

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, o governador Camilo Santana anunciou, ao lado da diretoria da EDP do Brasil, a instalação do projeto piloto para implantação de uma usina de hidrogênio verde no Pecém, com capacidade de produção de 250 Nm3/h do gás. O governador do estado do Ceará celebrou que o estado está se tornando a casa do hidrogênio verde.

Camilo diz que “É com alegria que recebemos a notícia que a multinacional EDP do Brasil fará um investimento de quase R$ 42 milhões em hidrogênio verde no Brasil, ao anunciar que o Ceará terá a primeira usina de hidrogênio verde no País. Temos apostado muito nessa energia limpa, e a EDP já gera mais de 350 empregos diretos no Ceará no Porto do Pecém com sua termelétrica, que produz quase a metade do consumo de energia de todo o Estado”.

Sobre o novo empreendimento que entrará em operação em 2022

A nova usina de hidrogênio verde será instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, a planta será a primeira do grupo, com capacidade de 3 MW e um módulo eletrolisador de última geração para produção do combustível com garantia de origem renovável. A unidade modular terá capacidade de produzir 250 Nm3/h do gás. O projeto da usina de H2 foi apresentado pelo CEO da EDP no Brasil, João Marques da Cruz.

João Marques da Cruz, CEO da EDP no Brasil, diz que considerando que o Ceará reúne características estratégicas para protagonizar o processo de introdução do hidrogênio verde no País, seja por seu excepcional potencial solar e eólico – fundamental para a produção do gás – seja por sua localização e pela oferta de excelente infraestrutura para o escoamento desse produto ao mercado internacional, elegeram o estado para abrigar a primeira planta de hidrogênio verde no Brasil. Este projeto posicionará o Ceará de forma pioneira na geração de conhecimento sobre o tema e no centro de uma vasta cadeia produtiva e de aplicação desse combustível, diz o executivo.

Usina faz parte do desenvolvimento sustentável

A usina de Hidrogênio Verde (Pecém H2V) da EDP é um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento da UTE Pecém, instalada em São Gonçalo do Amarante (CE), que deve gerar o combustível limpo com garantia de origem renovável, além de desenvolver um roadmap com análises de cenários de escalabilidade, considerando todos os elos a jusante e montante da produção do hidrogênio. Ao longo do projeto, serão analisados a cadeia produtiva do gás; modelos de negócios; parcerias estratégicas com indústrias, empresas de serviços e empresas automotivas; geração e armazenamento do combustível; e adaptações em mobilidade utilizando o gás hidrogênio, nos transportes rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo. (solareolicarenovavel)

Boletim da Climatempo aborda potencial eólico no litoral

A Climatempo preparou um novo boletim analisando os litorais do Ceará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. O informativo, que já está disponível na Biblioteca do Portal CanalEnergia, aborda a passagem de um cavado atmosférico em médios níveis que provocou chuva desde o litoral do Sul do Brasil até a costa do sudeste, em 30/08/21, juntamente com a circulação marítima úmida adentrando ao continente.
Segundo os dados do boletim, no Norte do país, como é de costume para essa época do ano, pancadas de chuva acontecem e devem permanecer ativas durante todo o período de previsão. Como a chuva fica mais concentrada no litoral nordestino, os ventos na região, de forma geral, ficam propícios para boa geração eólica, principalmente no litoral norte, onde não há previsão de chuva significativa.
Para áreas próximas ao Ceará, os ventos seguem fortes e estáveis, devido ao afastamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e, consequentemente, ocorre diminuição da chuva na região. Já no Rio Grande do Norte o padrão de ventos segue relativamente estável na próxima semana, com expectativa de que os ventos diminuam sua intensidade, visto condições para chuvas bem pontuais. Na área do Rio Grande do Sul, grandes perturbações nos campos de vento são esperados para os próximos dias. Neste momento os ventos estão com uma condição favorável devido a atuação de um sistema de alta pressão que transporta ventos do mar para o continente. (canalenergia)

A contra transição e a lisura na política energética do Brasil

Enquanto o mundo propõe políticas no sentido da descarbonização de suas matrizes energéticas, o país insiste em incentivar o uso dos combustíveis fósseis.

Transição é um termo cujo significado é mudança, alteração, modificação, substituição, transformação, troca. É isso que se espera diante da emergência climática que o Planeta está vivenciando, e que os estudos científicos têm mostrado. A crise é decorrente da ação humana, pois as fontes de energia utilizadas (petróleo, carvão mineral e gás natural) são responsáveis por 86% das emissões de gases de efeito estufa que provocam o aquecimento global, com profundas alterações no clima. Assim a mudança da matriz energética mundial é imperiosa para, ao menos, mitigar a crise climática.

Diante da necessidade e importância do tema foi realizado no Rio de Janeiro, em junho de 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Cnumad). Conhecida como ECO 92 ou Rio 92, foi marcada pelo fortalecimento da atuação de representantes da sociedade civil, da efetiva participação das ONGs e de movimentos sociais no Fórum Global. Subscrita pelos 178 chefes de Estado presentes, foi aprovada a Convenção Quadro sobre as Mudanças Climáticas Globais. Desde então inúmeras tentativas e iniciativas têm ocorrido para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono/CO2. Lamentavelmente pouco, ou nenhum sucesso foi obtido. Deste então, tem se verificado ano após ano, o crescimento da concentração de CO2 na atmosfera, com recordes da temperatura média do Planeta sendo batidos sucessivamente.

Outro evento que criou muita expectativa quanto a resultados concretos para a redução das emissões, tratado no âmbito da Organização das Nações Unidas/ONU, foi o Acordo de Paris. Prestes a completar 6 anos, este evento gerou compromissos de vários países em reduzir as emissões de gases do efeito estufa, a fim de conter o aquecimento global,

Contrariando os compromissos assumidos e assinados em 2015, o governo federal retrocedeu nas políticas ambientais. Com relação a transição da matriz energética, o que se tem verificado, em particular na matriz elétrica, é uma contra transição que está em andamento a passos largos.

Enquanto o mundo propõe políticas no sentido da descarbonização de suas matrizes energéticas, o país insiste em incentivar o uso dos combustíveis fósseis em termelétricas (diesel, carvão mineral, óleo combustível, gás natural), na instalação de mega-hidrelétricas na região amazônica, e no uso de minérios radioativos nas usinas nucleoelétricas. Inclusive, no caso do uso da energia nuclear, reiteradas vezes reafirmado pelo ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Junior, como fonte de energia prioritária para o país.

A Europa e vários outros países abandonam a energia nuclear para produzir energia elétrica, chegando à conclusão que os riscos e custos superam os benefícios. A política energética brasileira prioriza tal fonte de energia, no mínimo polêmica.

Todavia, diante desta incompreensível teimosia, surgem perguntas que não querem calar. Por que esta insistência, visto que esta fonte de energia é rejeitada pela população brasileira, em seus diversos segmentos? Por que esta determinação de construir novas usinas foi tomada sem nenhuma transparência, discussão, sem motivos ou mesmo controversos, tecnicamente, socialmente e economicamente, que justificassem tal decisão?

A matriz energética do Brasil é composta por fontes de energias renováveis e não renováveis.

Sem dúvida, as decisões sobre política energética, são tomadas sem transparência, sem democracia, por um grupo seleto, cujas decisões fogem completamente da razão, da racionalidade sócio-técnica-econômica, da ciência, e do interesse público. Assim, nos leva a pensar que existem outros interesses obscuros envolvidos no processo de tomada de decisão. Dando margem de comparação com o que está ocorrendo no Ministério da Saúde, com a presença de lobistas insanos, faturando em cima da intermediação na compra de vacinas, e outros medicamentos sem comprovação científica. Uma verdadeira quadrilha está sendo revelada pela CPI da Pandemia.

Por que então não pensar que ações semelhantes, nada republicanas também possam ocorrer no Ministério de Minas e Energia (MME)? No passado recente foram reveladas histórias de corrupção, superfaturamento, propinas, ação de lobistas, uso de informações privilegiadas, tráfico de influências, envolvendo autoridades da área de energia.

A presença de lobistas é descarada e conhecida no MME. Cujo ministério é usado como moeda de troca na politicagem nacional. Este fato não é de agora, deste governo. Mas, o que se verifica na atualidade são ações claramente identificadas com grupos lobistas atuantes pró gás natural, pró carvão mineral, pró usinas nucleares, pró petróleo. E que atuam também no Congresso nacional, junto as famosas bancadas temáticas de parlamentares. Além do poderoso grupo das concessionárias de energia elétrica que encontraram no Brasil um capitalismo sem risco, pois sempre ganham às custas do sacrificado povo brasileiro, com suas crescentes tarifas, exorbitantes e abusivas.

É intolerável, inaceitável que decisões que interfiram diretamente na vida da população continuem sendo tomadas à revelia, na calada da noite, nos gabinetes, ou mesmo em reuniões secretas, que quase sempre afetam negativamente as pessoas.

Não se pode aceitar que após as revelações do 6º relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas/IPCC, que para sua produção foram analisadas mais de 14 mil publicações científicas, o Brasil continue a menosprezar, não dar a mínima quanto a suas responsabilidades na emissão dos gases de efeito estufa. Afinal somos o 50 país no mundo que mais emite.

As últimas decisões do MME em apoiar e incentivar o uso do carvão mineral e do gás natural em termelétricas, e a construção de usinas nucleares no Nordeste, foi um acinte, um tapa na cara da cidadania, que insiste em dizer não a tais energéticos. Escolhas que trarão consequências dramáticas ao Rio São Francisco, as populações mais vulneráveis, em particular aos habitantes do semiárido com estiagens prolongadas afetando o abastecimento de água, e com ondas de calor e temperatura mais altas associadas ao tempo seco que afetarão a saúde das pessoas.

A transição da matriz energética de combustíveis fósseis para as fontes renováveis de energia é uma decisão política, de governos comprometidos com a paz mundial, a sobrevivência do Planeta, o bem-estar da população, enfim com a vida. Infelizmente estas não são as preocupações, e nem as prioridades do atual (des) governo eleito pelo voto popular.

A segurança energética pode ser alcançada com uma matriz diversificada e complementar, composta com fontes renováveis como a energia solar, energia eólica, a biomassa e a energia dos oceanos. Sem o nuclear. (ecodebate)

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Empresa converte caminhões a diesel em elétricos no Brasil

Lançamentos de novos modelos elétricos, sejam veículos de passeio ou comerciais, têm sido cada vez mais recorrentes no Brasil. Porém, mesmo com o aumento na oferta, o preço ainda é um obstáculo bastante proibitivo. O Volkswagen e-delivery, por exemplo, é o mais recente caminhão elétrico lançado por aqui e tem preço mínimo de R$ 780.000, podendo chegar a R$ 980.000 com maior capacidade e autonomia.

Com o alto valor para renovar a frota e os combustíveis com preços que não param de subir, uma empresa em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, oferece uma solução alternativa: converter os veículos para elétricos. A Eletra, responsável por trazer o trólebus (ônibus elétricos conectados a cabos de energia) ao Brasil e por desenvolver ônibus EVs para o transporte urbano, agora está convertendo caminhões a diesel em elétricos. O processo é chamado de e-retrofit.

“Desde o começo, nós nunca produzimos um trem de força elétrico. Sempre adaptamos os sistemas de tração já existentes, isso garante um ciclo completo de sustentabilidade, já que eliminamos um veículo poluente” explica Ieda Maria de Oliveira, gerente comercial da Eletra.

Os veículos eletrificados costumam ter entre 8 e 15 anos de uso. A idade, porém, não é um problema, já que a conversão também atualiza outras partes como eixos, suspensão e freios, que passam a ser regenerativos (ou seja, recuperam a energia gerada nas frenagens em energia elétrica para as baterias).

O foco da empresa está no transporte urbano de carga. Os veículos convertidos podem ter autonomia de 30 a 150 km e peso bruto de 3,5 a 54 toneladas. Comparados ao e-delivery, o alcance pode parecer pequeno, visto que no pacote com 6 baterias o caminhão da Volkswagen pode rodar até 210 km. Mas como o processo é customizável, tudo depende da necessidade do cliente.

“Estamos com um projeto novo, (…) ele consiste em ‘retrofitar’ caminhões enormes de matéria prima, que levam o material de um ponto a outro da fábrica. Nesse caso eles não precisarão ter uma autonomia tão alta, pois percorrem uma distância muito curta por dia”, conta Ieda.

Adesão no mercado

A ideia parece estar conquistando os empresários. A Ambev, por exemplo, já anunciou que terá 102 caminhões da sua frota convertidos pela Eletra. Os primeiros testes feitos pela empresa indicaram um consumo de 1kw/h por quilometro rodado – segundo a empresa, esse número representa uma economia de 70% em relação ao diesel. Outra vantagem apontada é que os EVs oferecem uma redução de manutenção e maior viabilidade de entregas em determinados locais, devido à ausência de ruído dos veículos.

O preço é outro grande atrativo do retrofit. Segundo a gerente, dependendo do projeto, os custos de uma conversão podem ser de 25% a 30% menores se comparados a compra de um veículo novo com o conjunto elétrico de fábrica. Além disso, por ser customizável, o cliente não precisa esperar lançamentos do mercado e pode reutilizar um veículo que já é de sua propriedade.

Além da Ambev, a empresa de segurança Protege também já trabalha com a eletrificação e possui primeiro carro-forte elétrico do mundo. (biodieselbr)

Honda lança scooter elétrica que custa menos do que um celular

A Honda sabe como fazer motocicletas e isso não gera nenhuma dúvida. Mas, de vez em quando, a empresa também se permite pensar fora da caixinha e oferecer produtos diferentes. Desta vez, ela anunciou o lançamento da U-BE, uma scooter elétrica urbana que custa menos do que muitos celulares disponíveis no mercado e que pode ser dirigida mesmo sem o porte da CNH.

Qual é o preço?

US$ 475, o equivalente a R$ 2.481.

A princípio, a U-BE será lançada somente na China e traz mecanismos interessantes para este tipo de produto. Sua potência é de apenas 350 watts, o mesmo que muitos eletrodomésticos que temos em casa. Com isso, ela ficaria no patamar das já conhecidas bicicletas elétricas, com velocidade máxima do propulsor de apenas 25km/h. Já no campo da autonomia, ela também não faz feio, podendo ser utilizada por até 80 km com uma única carga.

Segundo a Honda, a ideia é que a U-BE seja mesmo uma alternativa para uso nas grandes cidades, assoladas pelo congestionamento e trânsito infernal. Seu desempenho, peso e ergonomia permitem, inclusive, que ela possa rodar em ciclovias sem qualquer restrição. Ainda de acordo com a fabricante, o usuário pode poupar a bateria e utilizar os pedais localizados nas laterais do veículo, como se fosse uma bicicleta.

Se chegar ao Brasil

Se a Honda decidir trazer a U-BE para o Brasil, ela, claro, não deveria custar o valor de conversão. Com impostos e outros acréscimos, é possível que um produto desses fique na casa dos R$ 3.500 a R$ 4 mil. Atualmente, com esse valor, é possível comprar modelos de smartphone como o iPhone 11, o Samsung Galaxy Note 20 e o Motorola Edge 20 Pro, para citar alguns.

Vale lembrar que, por se enquadrar como uma bicicleta elétrica na legislação brasileira, não seria necessária o porte de uma CNH para utilizá-la por aqui. (yahoo)

Novas barragens hidrelétricas planejadas ameaçam rios em todo o mundo

As usinas hidrelétricas têm um alto impacto na fauna aquática.

Hidrelétricas matam toneladas de peixes e ameaçam espécies nos rios brasileiros, aponta estudo.

Mais de 260.000 quilômetros de rio podem ser potencialmente cortados por projetos hidrelétricos planejados, de acordo com pesquisadores da Universidade McGill.

O estudo, liderado pelo World Wildlife Fund e publicado recentemente na Global Sustainability, mostrou que represas e reservatórios planejados são os principais contribuintes para o declínio dos rios de fluxo livre em todo o mundo. Ele também fornece uma lista abrangente de soluções baseadas na ciência para minimizar os impactos do desenvolvimento da energia hidrelétrica nos rios.

“Usamos um conjunto de dados de mais de 3700 projetos hidrelétricos potenciais e calculamos seus impactos nos rios em todo o mundo”, disse o Prof. Bernhard Lehner, do Global HydroLab da Universidade McGill , que criou os mapas de rios globais subjacentes. “Foi preocupante saber que muitos dos rios de fluxo livre remanescentes correm o risco de ser permanentemente transformados por novas infraestruturas de energia.”

O estudo também descobriu que todas as barragens propostas em rios de fluxo livre gerariam coletivamente menos de 2% da energia renovável necessária até 2050 para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C – uma pequena contribuição com consequências potencialmente devastadoras para os restantes rios de fluxo livre e as pessoas e animais selvagens que dependem deles.

Os pesquisadores sugerem que, enquanto os líderes globais se reúnem para uma rodada crítica de cúpulas da ONU sobre clima e biodiversidade neste outono, os legisladores devem considerar as compensações entre o desenvolvimento da energia hidrelétrica e a manutenção de ecossistemas de água doce saudáveis.

Olhando para as compensações – desenvolvimento de energia hidrelétrica vs. custos ambientais

“É verdade que a energia hidrelétrica é uma fonte de energia renovável com emissões de carbono relativamente baixas”, diz Günther Grill, um pós-doutorado da McGill que analisou os números e desenvolveu o modelo de avaliação ambiental espacial para estimar o efeito de futuras represas. “No entanto, os projetos hidrelétricos podem impactar de forma permanente e irreversível a dinâmica e as funções do rio e da planície de inundação, muitas vezes em áreas selvagens tropicais com alta biodiversidade.”

O documento de política aponta para o fato de que rios conectados e saudáveis CO2 proporcionam diversos benefícios que muitas vezes são esquecidos: estoques de peixes de água doce que melhoram a segurança alimentar para centenas de milhões de pessoas; entrega de sedimentos que nutrem a agricultura e mantêm os deltas acima do mar; e várzeas que ajudam a mitigar o impacto das inundações e sustentam uma grande biodiversidade.

“Se tratando de saúde fluvial, mudança climática e perda de biodiversidade, não podemos mais nos dar ao luxo de pensar nisso como questões separadas”, diz Michele Thieme, cientista-chefe de água doce do World Wildlife Fund/WWF e principal autora do estudo. “Rios são agentes poderosos para manter a vida selvagem e as comunidades saudáveis, especialmente em um clima quente, mas sua capacidade de sustentar a vida está ameaçada por barragens hidrelétricas em muitas partes do mundo. As melhores soluções políticas serão aquelas que equilibram as necessidades de energia renovável com os muitos benefícios dos ecossistemas de água doces prósperos”.

O rompimento da hidrelétrica das Três Gargantas na China irá causar uma calamidade global.

A maior hidrelétrica do mundo, Três Gargantas, no rio Yangtze na China, está à beira do colapso, ameaçando cerca de 400 milhões de chineses e também a economia global. Se a barragem falhar e colapsar, haverá uma perda impressionante de vidas e propriedades. A Barragem das Três Gargantas tem cerca de 2,3 km de comprimento e pouco mais de 180 metros de altura. Centenas de milhões de pessoas vivem a jusante da barragem e, aparentemente, nenhum plano foi feito pelo governo chinês para sua evacuação. E como evacuar centenas de milhões?

Proteger rios de fluxo livre e ao mesmo tempo cumprir as metas climáticas e as necessidades de energia

No artigo, os pesquisadores compilaram uma lista de soluções de políticas baseadas na ciência para cumprir as metas climáticas e as metas de energia, ao mesmo tempo em que protegem os rios de fluxo livre e seus benefícios para as pessoas e a natureza. Essas soluções incluem evitar a fragmentação do rio, explorando opções de desenvolvimento alternativo, como energia renovável não hidrelétrica, como solar e eólica; minimizar os impactos com a instalação de barragens em locais com menos consequências para as pessoas e a natureza; restauração de rios por meio da remoção de barragens; ou compensar os impactos negativos das barragens em um rio protegendo formalmente outro rio semelhante.

“Há uma longa história de conflitos, estudos e debates sobre como proteger os rios e desenvolvê-los de forma sustentável”, acrescenta Lehner. “Com uma pausa nos novos desenvolvimentos causados CO2 pela pandemia global, implementação antecipada do Acordo de Paris e reuniões de alto nível sobre o clima e a biodiversidade em 2021, agora é um momento oportuno para considerar a atual trajetória de desenvolvimento e opções de políticas para reconciliar barragens com a saúde do sistema de água doce.

Status de conectividade global do rio e distribuição de rios que perdem seu status de fluxo livre entre os cenários de barragem atual e futuro. O portfólio atual de barragens, bem como métodos para calcular o status de conectividade e FFRs, são descritos em Grill et al. (2019). A construção da barragem adiciona 3.700 barragens hidrelétricas (> 1 MW de capacidade) (Zarfl et al., 2015). Uma lista de rios com mudança de status por mais de 500 km é fornecida na Tabela Suplementar S3. (ecodebate)

domingo, 26 de setembro de 2021

Energia limpa que extrai 2 vezes mais energia das ondas do mar

Nova tecnologia de energia limpa extrai duas vezes mais energia das ondas do mar.
Diagrama esquemático do princípio de funcionamento de um conversor de energia das ondas de turbina dupla.

Os pesquisadores desenvolveram uma tecnologia de protótipo que pode dobrar a energia colhida das ondas do mar, em um avanço que poderia finalmente tornar a energia das ondas uma alternativa renovável viável.

O potencial inexplorado da energia das ondas oceânicas é vasto – estima-se que a potência das ondas costeiras em todo o mundo a cada ano é equivalente à produção anual de eletricidade global.

Mas os desafios de desenvolver tecnologias que possam extrair com eficiência essa energia natural e resistir ao ambiente hostil do oceano mantiveram a energia das ondas estagnada em estágio experimental.

Agora, uma equipe de pesquisa liderada pela Universidade RMIT criou um conversor de energia das ondas que é duas vezes mais eficiente na coleta de energia do que qualquer tecnologia semelhante desenvolvida até hoje.

A inovação, publicada na revista Applied Energy, se baseia em um design de turbina dupla pioneiro no mundo.

O pesquisador principal, Professor Xu Wang, disse que a energia das ondas é uma das fontes mais promissoras de energia limpa, confiável e renovável.

“Embora a energia eólica e a solar dominem o mercado de energias renováveis, elas estão disponíveis apenas 20-30% do tempo”, disse Wang.

“A energia das ondas está disponível 90% do tempo, em média, e a potência potencial contida nas ondas offshore é imensa”.

“Nossa tecnologia de protótipo supera alguns dos principais desafios técnicos que têm impedido a implantação em larga escala da indústria de energia das ondas”.

“Com mais desenvolvimento, esperamos que esta tecnologia possa ser a base para uma nova e próspera indústria de energia renovável, oferecendo enormes benefícios ambientais e econômicos.”

Como funciona o conversor de energia das ondas

Uma das abordagens experimentais mais populares é coletar a energia das ondas por meio de um conversor do tipo boia conhecido como “ponto de absorção”, ideal para locais offshore.

Essa tecnologia, que coleta energia do movimento para cima e para baixo das ondas, é geralmente econômica para fabricar e instalar.

Mas ele precisa ser sincronizado com precisão com o movimento da onda de entrada para coletar a energia de forma eficiente. Isso geralmente envolve uma série de sensores, atuadores e processadores de controle, adicionando complexidade ao sistema que pode causar baixo desempenho, bem como problemas de confiabilidade e manutenção.

O protótipo criado pelo RMIT não precisa de tecnologia de sincronização especial, já que o dispositivo flutua naturalmente para cima e para baixo com a ondulação da onda.

“Ao ficarmos sempre em sincronia com o movimento das ondas, podemos maximizar a energia que é coletada”, disse Wang.

“Combinado com nossas exclusivas rodas de turbina dupla em contra rotação, este protótipo pode dobrar a potência de saída obtida das ondas do mar, em comparação com outras tecnologias experimentais de absorção pontual.”

O dispositivo simples e econômico foi desenvolvido por pesquisadores de engenharia da RMIT em colaboração com pesquisadores da Universidade Beihang na China.

Duas rodas de turbina, que são empilhadas uma sobre a outra e giram em direções opostas, são conectadas a um gerador por meio de eixos e um sistema de transmissão acionado por polia por correia.

O gerador é colocado dentro de uma boia acima da linha d’água para mantê-lo fora da água do mar corrosiva e estender a vida útil do dispositivo.

O protótipo foi testado com sucesso em escala de laboratório e a equipe de pesquisa está ansiosa para colaborar com parceiros da indústria para testar um modelo em escala real e trabalhar para viabilidade comercial.

“Sabemos que funciona em nossos laboratórios, então as próximas etapas são ampliar essa tecnologia e testá-la em um tanque ou em condições oceânicas da vida real”, disse Wang.

“Aproveitar nosso recurso de energia das ondas não poderia apenas nos ajudar a reduzir as emissões de carbono e criar novos empregos de energia verde, mas também tem um grande potencial para resolver outros problemas ambientais”.

“Por exemplo, conforme a frequência da seca aumenta, a energia das ondas poderia ser usada para alimentar usinas de dessalinização neutras em carbono e fornecer água doce para a indústria agrícola – uma adaptação inteligente ao desafio de um clima em mudança”. (ecodebate)

Construção de novo complexo eólico é iniciada em RN

Construção de novo complexo eólico é iniciada no Rio Grande do Norte. Empreendimento terá capacidade de 138,6 MW.
Parque eólico

Complexo eólico da 2W Energia ficará localizado nos municípios de Currais Novos e São Vicente, no estado do Rio Grande do Norte.

A 2W Energia deu início à construção do Complexo Eólico Anemus. As obras do complexo, que contará com três parques, serão desenvolvidas pela Allonda Engenharia, empresa com foco em soluções sustentáveis. Atualmente, estão em desenvolvimento os trabalhos de engenharia e planejamento, a preparação do canteiro de obras e a contração de pessoal. O empreendimento ficará no estado do Rio Grande do Norte.

O complexo eólico Anemus, no Rio Grande do Norte.

A empresa informou que o complexo eólico está localizado nos municípios de Currais Novos e São Vicente, no Rio Grande do Norte, e terá uma planta de geração de energia limpa e renovável, com 138,6 MW de capacidade instalada. A energia gerada será destinada, principalmente, aos clientes da divisão de varejo da 2W, composta por pequenas e médias empresas que buscam migração ao mercado livre de energia.

De acordo com a 2W Energia, o complexo Anemus terá 33 aerogeradores com potência nominal de 4,2 MW cada. O diâmetro dos rotores será de 147 metros, e a altura das torres de 125 metros acima do solo. A capacidade de geração dos três parques será o equivalente ao abastecimento de energia de 360 mil residências, evitando a emissão de mais de 260 mil toneladas de dióxido de carbono/CO2 por ano.

Os investimentos para a construção do empreendimento

Para garantir a totalidade dos investimentos do complexo eólico Anemus, a 2W realizou a emissão de R$ 475 milhões em debêntures verdes. A operação, certificada como “Green Bond” ou Título Verde, é um marco para o setor de energia, ao ser viabilizado exclusivamente por um portfólio de contratos de venda de energia para pequenas e médias empresas brasileiras no Ambiente de Contratação Livre de Energia. Com a emissão das debêntures, o parque eólico Anemus completa o equacionamento financeiro dos recursos para sua construção.

O complexo no Rio Grande do Norte ficará em uma área de aproximadamente 3,7 mil hectares e será composto por 3 parques eólicos, com 33 aerogeradores que juntos terão a capacidade instalada de aproximadamente 139 MW. A previsão para início da operação é a partir do primeiro semestre de 2022. Toda a energia gerada por Anemus Wind será comercializada no Ambiente de Contratação Livre (ACL), promovendo a democratização do acesso à energia 100% renovável no Brasil

Confira ainda esta notícia: Construção de complexo eólico na Bahia prevê a contratação de 750 profissionais para execução das obras

A Statkraft Brasil iniciou a construção do complexo eólico Ventos de Santa Eugênia, em Uibaí, no estado da Bahia. Ao final do projeto, com inauguração prevista para 2023, a empresa vai mais que dobrar a capacidade instalada do país para 967 megawatts. Desde o início do projeto, já foram contratados mais de 200 profissionais. Estima-se que aproximadamente 750 pessoas serão empregadas nas obras, em todo o processo de construção. Existem atualmente 15 vagas abertas.

A estratégia de negócios da empresa no Brasil é triplicar sua capacidade de produção de energia renovável até 2025. Com a construção do projeto, a Statkraft reforçou seu compromisso com a sustentabilidade e permitiu que as futuras gerações desfrutassem do crescimento e desenvolvimento da região. Com isso, a empresa ampliará a oferta de energia renovável no Brasil, com o empreendimento do complexo eólico na Bahia, contribuindo para reduzir as emissões de dióxido de carbono do país e o ritmo do aquecimento global, pois o impacto da energia eólica no meio ambiente é menor do que a matriz tradicional. (clickpetroleoegas)

Coreanos usam insetos que converte resíduos em matéria-prima para biodiesel

Pesquisadores coreanos usam insetos para converter resíduos em matéria-prima para biodiesel.
Um grupo de pesquisadores das universidades Dongguk e Sejong da Coreia do Sul está desenvolvendo num sistema que usa larvas da mosca soldado-negro (Hermetia illucens) para gerar gorduras para a produção de biodiesel. A meta é aprimorar um método que permita converter resíduos alimentares em combustível.

As larvas dessa espécie de mosca conseguem se alimentar de diversos tipos de resíduos orgânicos e acumular grande quantidade de gorduras em seus tecidos. Isso permitira aproveitar uma fonte de biomassa que atualmente tem pouca utilizada para a produção de biocombustíveis.

Nas contas do governo da sul-coreano, anualmente são produzidos 5,5 milhões de toneladas de resíduos alimentares cuja tratamento e descarte geram um custo de US$ 708 milhões. A decomposição desses resíduos emite 8,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.

O projeto foi iniciado em 2018 e é apoiado pela Autoridade Coreana de Qualidade e Distribuição de Petróleo (K-Petro) e pelo Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais da Coreia. (biodieselbr)

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Parceria entre ADM e Marathon Petroleum para fabricar diesel renovável em USA

ADM anuncia parceria com Marathon Petroleum para fabricação de diesel renovável nos EUA.
A petroleira americana Marathon Petroleum vai investir na nova planta de processamento de soja da Archer Daniels Midland (ADM) localizada em z, na Dakota do Norte, para originar óleo de soja para sua produção de diesel renovável. O produto tem a mesma composição química que o diesel, mas é feito de vegetais e, por isso, tem menor pegada de carbono.

As duas companhias formaram uma joint venture – na qual a participação da Marathon Petroleum será, inicialmente, de 25% – para operar a planta de processamento de soja. A ADM anunciou recentemente a construção da planta, que receberá investimento de US$ 350 milhões e deverá ficar pronta em 2023.

A fábrica deverá ser capaz de processar cerca de 4 mil toneladas de soja por dia e produzir 270 mil toneladas de óleo de soja refinado por ano. Quando a unidade ficar pronta, deverá empregar 75 funcionários.

A produção abastecerá a refinaria de combustíveis renováveis da Marathon localizada em Dickinson, que antes refinava petróleo e teve sua conversão para produtos renováveis concluída no ano passado. A capacidade de óleo de soja de Spiritwood permite a produção de cerca de 284 milhões de litros de diesel renovável por ano.

A parceria entre a Marathon e a ADM deverá se estender para além do projeto de Spiritwood, incluindo também a oferta de produtos agrícolas para o avanço de combustíveis renováveis.

Segundo Ken Campbell, presidente do negócio de Óleos, Biodiesel, e Químicos Renováveis da ADM para a América do Norte, a companhia já fornece óleo de soja para a Marathon, mas o acordo vai “expandir significativamente” a parceria. As duas empresas apostam no crescimento do mercado de combustíveis renováveis e estimam que a demanda chegará a 5 bilhões de litros em 2025. 

Diesel renovável: futuro dos biocombustíveis no Brasil. (biodieselbr)

Combinação permite aumentar a eficiência dos painéis solares

Aumentar a eficiência dos painéis solares ao combinar três cristais diferentes

Investigadores da Universidade Martin Luther, Alemanha, descobriram que é possível aumentar a eficiência dos painéis solares com a combinação de três cristais diferentes, produzido mil vezes mais energia. Este aumento de energia acontece quando os cristais ferroelétricos são dispostos numa rede capaz de gerar eletricidade, como as células solares.

Os investigadores sobrepuseram camadas cristalinas de titanato de bário, titanato de estrôncio e titanato de cálcio, umas sobre as outras, sendo que separaram as cargas positivas das negativas no mesmo dispositivo fotovoltaico e conseguiram esse aumento da produção de energia.

Akash Bhatnagar, autor do estudo explicou o fenómeno, “A separação de carga leva a uma estrutura assimétrica que permite que a eletricidade seja gerada a partir da luz. Ao contrário do silício, os cristais ferroelétricos não requerem a chamada junção PN para criar o efeito fotovoltaico e isso torna muito mais fácil produzir os painéis solares”.

Como é possível aumentar eficiência dos painéis solares?

Mistura de cristais para aumentar a eficiência dos painéis solares

Como é sabido, o silício tem uma eficiência limitada, como tal, têm sido feitos testes ao titanato de bário para ser uma alternativa viável de energia renovável. Mas, este, individualmente não absorve muita eletricidade e como tal, combinaram camadas extremamente finas de outros compostos e aumentaram o rendimento das células.

Assim, nessa nova combinação, passaram a alternar um material ferroelétrico específico com um paraelétrico sem cargas separadas naturalmente, mas que passa o ferroelétrico a baixas temperaturas ou quando a sua estrutura sofre alterações significativas.

Esquema da mistura entre titanato de bário, titanato de estrôncio e titanato de cálcio.

Outro investigador falou da combinação dos materiais, Yeseul Yun disse que “Nós incorporamos o titanato de bário entre o titanato de estrôncio e o titanato de cálcio. Isso foi obtido vaporizando os cristais com um laser de alta potência e recolocando-os em substratos portadores. Isso produziu um material de 500 camadas com cerca de 200 nanômetros de espessura”.

Resultados animadores

Os resultados dessa combinação foram animadores, pois comparados com o titanato de bário puro, este novo material fotoelétrico irradiado com luz laser teve um aumento de correntes mil vezes mais forte e eficiente, mesmo reduzindo a proporção do elemento base da mistura em quase dois terços.

Um resultado que vem animar os investigadores que pretendem aumentar a eficiência dos painéis solares.

Ilustração do aumento do fluxo de corrente elétrica

Outra vantagem é que os cristais são mais duradouros, resistentes e não precisam ser embalados em embalagens especiais para funcionar em ambientes externos, sendo esta uma caraterística essencial para a produção de painéis solares mais eficientes e com pouca manutenção.

Akash Bhatnagar congratula-se do feito. “A interação entre as camadas da rede parece levar a uma permissividade muito maior — em outras palavras, os elétrons conseguem fluir com muito mais facilidade devido à excitação dos fótons de luz. As medições também mostraram que este efeito é muito robusto, permanecendo quase constante ao longo de um período de seis meses”. (portal-energia)

China já começou a trabalhar em automóveis movidos a hidrogênio

A China será um país de destaque na eletrificação dos automóveis e não há dúvidas quanto a isso. O gigante asiático, porém, também trabalha em outras frentes para diminuir o nível de emissão de gases na atmosfera. A Haima Motor, por exemplo, está em testes avançados de um carro movido a hidrogênio e que pode ser popularizado em alguns anos.

Segundo o portal It Home, o carro teve seu primeiro protótipo concluído há algumas semanas e ele traz uma tecnologia mais avançada quando pensamos em células de combustível a hidrogênio. A montadora está no que é chamado de terceira geração do propulsor, que promete ter acionamento elétrico mais eficiente e catalisadores com mais durabilidade.

O projeto do automóvel, que ainda tem seu tamanho e especificações técnicas guardadas a sete chaves, é feito por meio de uma parceria da Haima com a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China, que, entre outras coisas, facilita o acesso da montadora à estação de hidrogenação de alta pressão na província de Hainan, que ficará totalmente pronta em outubro.

O Haima S5 foi um dos modelos da empresa que quase vieram ao Brasil.

Ainda segundo o portal, parte do projeto da montadora chinesa prevê a construção de estações de hidrogênio em grande escala em algumas regiões da província, que incluem as regiões de Qionghai, no leste; Danzhou, no oeste; Sanya, no sul; Haikou, no norte; e Qiongzhong, no meio da Ilha. A estimativa da marca é fabricar 2 mil unidades do carro a hidrogênio em 2025, mesmo ano em que eles entram em operação no país.

Embora famosa na China, sobretudo depois da parceria com a japonesa Mazda, a Haima Motors não vende automóvel oficialmente no Brasil desde 2016, quando deixou de trazer alguns modelos elétricos para o nosso mercado. (yahoo)

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Novo Chevrolet Bolt chegará ao Brasil em setembro

Novo Chevrolet Bolt chegará ao Brasil em setembro; veja o que mudou.
A General Motors prepara quatro grandes lançamentos para o Brasil no segundo semestre. O principal deles será a versão reestilizada do Chevrolet Bolt, seu único carro elétrico vendido por aqui. Já à venda nos Estados Unidos há alguns meses, o compacto zero emissão recebeu mudanças estéticas tanto no exterior como no interior, com nova grade frontal, detalhes na lataria e um acabamento mais refinado e moderno dentro da cabine.

Já com relação ao desempenho e autonomia, o novo Bolt terá os mesmos números e comportamento que vimos na versão avaliada pelo Canaltech em 2020. Seu motor elétrico tem 203cv de potência e 36,7 kgfm de torque, o que faz com que ele tenha um 0 a 100 km/h de apenas 7,3 segundos, digno de um esportivo. A bateria, por sua vez, é de 65 kWh, garantindo que o carro possa rodar por volta de 420 quilômetros em ciclo misto estrada/cidade.

O diferencial para o novo modelo é que seu carregamento será mais rápido. O sistema agora foi para 11 kW (contra 7 kW do anterior), o que permite recuperar 68 km de autonomia por hora, ou 6,5 a 7 horas para 0 a 100% da carga, contra 10 horas do que avaliamos no ano passado. Mesmo sem muitos carregadores com essa capacidade pelas cidades brasileiras, isso deve tornar o uso do novo Bolt ainda melhor.

O novo Chevrolet Bolt está à venda nos Estados Unidos.

A General Motors promete dar mais novidades ao público brasileiro em breve, como o preço e condições de pagamento. Mas, caso você já se interesse em ter um, saiba que a empresa vai aumentar o número de concessionárias capazes de oferecer manutenção e revisões do carro elétrico. De 26, agora serão 79 pontos de cobertura para o Chevrolet Bolt em todo o Brasil.

A General Motors ainda não confirmou data da chegada do SUV elétrico inspirado no Bolt ao Brasil, mas é certo que ele será lançado em nosso mercado.

Outros lançamentos

Além do Bolt, a General Motors vai lançar novas versões de carros já à venda no Brasil. Na imagem divulgada pela empresa, é possível ver que os modelos em questão são o Equinox, que deve ganhar uma variante esportivada (e não esportiva) RS; uma S10, com uma roupagem que, ao que tudo indica, será com a nomenclatura Midnight (toda escurecida); e, por fim, uma edição especial do Cruze sedã, possivelmente também com a nomenclatura RS.

A General Motors vai lançar vídeos sobre todos os seus lançamentos a partir da próxima semana. (canaltech)

Volkswagen deve trazer dois carros elétricos para o Brasil em breve

Tudo sobre Volkswagen

Volkswagen vai avançar em sua estratégia de eletrificação no Brasil. Segundo informações obtidas pelo jornalista Jorge Moraes, a gigante alemã deve trazer 2 de seus carros elétricos presentes no mercado europeu: o compacto ID.3 e o SUV ID.4, ambos com vendas expressivas no continente. Não está claro, porém, como a inserção desses veículos será feita por aqui e nem se eles serão, de fato, vendidos ao público final.

A novidade teria sido revelada em reunião virtual com os concessionários da Volkswagen. Nela, foi dito que ambos os carros seriam trazidos ao Brasil para "testes", mesmo que sem dizer de que tipo seriam. A expectativa é de que a montadora importe algumas unidades e as ofereça aos consumidores em lojas específicas, mas apenas em algumas cidades, como São Paulo e Curitiba.

O ID.3 foi o primeiro carro 100% elétrico da Volkswagen. Feito sob a plataforma elétrica MEB, ele possui três diferentes opções de autonomia, uma com 330km, outra com 420km e a topo de gama, com 550km. O motor é sempre o de 203cv, que dá desempenho suficiente para fazer o automóvel ir de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos. A versão que deve ser trazida ao Brasil pode ser a mais cara, de modo a fazer com que a empresa faça uma competição direta com o Chevrolet Bolt, que possui dimensões e motor parecidos.

O Volkswagen ID.4.

Já o ID.4 é um SUV com porte médio e que, ao menos em termos de preços, preencheria uma lacuna após o Tiguan, hoje o carro mais caro da Volkswagen no Brasil. O ID.4 possui tração integral e autonomia que pode ir de 346 a 522 quilômetros, dependendo da versão. Já o motor é mais forte que do seu irmão compacto, despejando 306cv. Por aqui, ao menos por enquanto, não há um concorrente nessa faixa de potência e porte, já que Audi e-Tron e Jaguar i-Pace são maiores e mais caros.

O ID.3 é o primeiro carro elétrico da montadora alemã.

Atualmente, a Volkswagen não trabalha com nenhum carro eletrificado em linha. O último à venda no Brasil foi o Golf GTE, híbrido plug-in que já passou por testes no Canaltech. Em evento realizado na última semana, porém, a empresa revelou que deve fazer mais investimentos em pesquisas com etanol, já que considera o combustível à base de cana-de-açúcar mais viável para o mercado brasileiro do que uma eletrificação completa. (canaltech)

Novo Fiat 500 elétrico chega ao Brasil por R$ 240.000

Novo Fiat 500 elétrico chega ao Brasil por R$ 240 mil; veja detalhes.
Fiat anunciou a chegada do novo Fiat 500 elétrico ao Brasil. O modelo é o primeiro carro 100% eletrificado da marca italiana a ser vendido no país e será importado da Itália em versão única, a topo de gama Icon. Ela traz a melhor autonomia da linha e o melhor motor. Além disso, o compacto é equipado com muitas tecnologias semiautônomas e o sistema de conectividade Fiat Connect Me, com Wi-Fi nativo e outras funções remotas.

Totalmente novo

Em apresentação à imprensa, a Fiat deu todos os detalhes sobre o novo 500 elétrico. Logo de cara, a montadora tratou de esclarecer que se trata de um carro completamente novo, com mais de 90% de componentes inéditos em relação à geração passada, vendida no Brasil durante alguns anos. A responsável por essa evolução é a plataforma Mini EV, que pode abrigar não apenas o motor elétrico e bateria, mas também as tecnologias semiautônomas.

Bom para a cidade

Assim como sua primeira geração, lançada em 1957, o Fiat 500 elétrico é uma aposta da montadora italiana para evoluir nos aspectos de mobilidade urbana. Além de compacto e com design chamativo, o compacto exibe qualidades interessantes quando pensamos em carros elétricos, notadamente avançados em tecnologia e, sobretudo, segurança para seus passageiros.

Mas, falando em desempenho e autonomia, o 500 elétrico não faz feio. O motor entrega 87 kW, o que equivale a 118 cavalos de potência a 4.200 rpm. O que mais impressiona, entretanto, é o torque, que atinge surpreendentes 22,4 kgf/m. Isso faz com que o Fiat 500 elétrico necessite de apenas 9 segundos para atingir 100 km/h e tenha uma retomada de 60 km/h a 100 km/h em 4,8 segundos.

Na autonomia o 500 elétrico também vai bem, com 320 quilômetros declarados, o suficiente para cobrir, com sobras, o deslocamento médio diário de cerca de 30 quilômetros. Testes realizados pela Fiat no Polo Automotivo de Betim/MG indicaram que o carro pode chegar a 460 km de autonomia rodando em condições ideais, algo que já detectamos em outros modelos em testes aqui no Canaltech.

O compacto possui três modos de condução (Normal, Range e Sherpa), que podem ser selecionados no console central, combinando com o seu estilo de condução.

• Normal: oferece um estilo de direção mais próximo à experiência tradicional de condução. Toda a potência e torque do sistema de tração estão disponíveis. O veículo desacelera com efeito de freio motor, como em um veículo convencional, carregando parcialmente a bateria. Esse modo apresenta a função “Creeping”, no qual o veículo inicia seu movimento ao liberar o pedal do freio;

• Range: ativa a função “One Pedal Driving”. Melhora a recuperação da energia, a desaceleração aumenta e o freio é usado apenas para emergências ou para parar completamente o carro: na prática o veículo é usado basicamente com o pedal do acelerador. Ao selecionar este modo de condução, o motorista maximiza a frenagem regenerativa e, portanto, também o alcance;

• Sherpa: ajusta vários parâmetros de condução, como velocidade máxima (limitada a 80 km/h), resposta do acelerador (reduzir o consumo de energia) e desativação do ar-condicionado e sistemas auxiliares de aquecimento (vidros e retrovisor) para reduzir ao mínimo o consumo e, assim, garantir que o condutor alcance o destino definido no sistema de navegação ou na estação de carregamento mais próxima.

Carregamento

O 500 elétrico vem com um cabo padrão de 6 metros de comprimento para carregamento doméstico, que se conecta a uma tomada de três pinos em casa. O porta-malas abriga um espaço adequado para armazenar esse cabo. A tomada inteligente Type 2, localizada na lateral direita do veículo, permite o carregamento tanto em AC (corrente alternada) como em DC (corrente contínua).

A Fiat também pesquisou junto ao consumidor a necessidade de um carregador rápido. A marca indica a comercialização de produtos com a WEG, parceira certificada pela montadora para venda e instalação dos carregadores WallBox, no qual a carga completa pode se dar em até 4 horas. Para os 20 primeiros clientes que comprarem o 500 na pré-venda, ela virá gratuitamente.

Segurança com estilo

Uma das preocupações quando pensamos em carros elétricos é seu ruído — ou a falta dele. Para evitar acidentes, a Fiat implementou um recurso interessante no 500 elétrico: o Sistema de Alerta Acústico de Veículos (AVAS), um aviso acústico para pedestres e ciclistas em velocidades de até 20 km/h. A partir de 25 km/h, o som escolhido não é um sinal acústico comum, mas sim Amarcord, de Nino Rota.

Além disso, o 500 elétrico traz o que há de melhor em segurança semiautônoma, algo que ajuda a justificar a evolução e o investimento para ter este automóvel. Fazem parte do pacote os seguintes itens:

• Controle de cruzeiro adaptativo com Stop & Go;

• Lane Centering: o 500 elétrico reconhece os sinais de trânsito além das faixas de marcação na pista ao ativar o dispositivo, mantendo o carro no centro da faixa de rodagem e tornando a direção mais segura (contando que as marcações na pista sejam detectadas corretamente);

• Assistente de frenagem autônoma com detecção de pedestre;

• Detector de placas de limite de velocidade;

• Detector de fadiga;

• Monitoramento de ponto cego;

• Sensores de estacionamento 360°;

• Assistente de estacionamento (Park Assist)

Há 6 airbags, câmera traseira de alta resolução, comutador de luz alta, sensor de chuva e monitoramento de pressão dos pneus.

Conectado

A central multimídia do Fiat 500 elétrico tem tela de 10,25 polegadas e é das mais completas do mercado. Ela conta com GPS nativo, que indica pontos de carregamento e se você tem autonomia nas baterias para chegar até um deles, e é capaz de fazer o espelhamento com o Android Auto e o Apple Car Play sem fio. O carregamento do smartphone também conta com tecnologia wireless.

Carro é equipado com o Fiat Connect Me, que permite a conexão do automóvel com a Amazon Alexa e muitas outras funções remotas por meio de aplicativo, como destravamento das portas, partida do motor, climatização, localização do carro e até programação da recarga. Esse sistema também conta com a conexão internet nativa em parceria com a TIM, além de um programa de Concierge.

Preço e disponibilidade

O Fiat 500 elétrico entrou em pré-venda dia 03/08/21, mas será comercializado no Brasil na versão Icon em dez concessionárias de nove cidades: Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Campinas (SP), São Paulo (SP) com duas lojas, Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Recife (PE). (canaltech)