Contra crise hídrica, CESP contrata 97% da exposição
energética de 2022.
“Com relação a 2022, nós já estamos na prática quase
que totalmente equacionados. Já adquirimos, em termos médios, 97% de toda
exposição de energia”, disse o CEO da empresa, Mario Bertoncini.
A empresa já havia anunciado que para fazer frente ao cenário hidrológico desafiador, a companhia precisou comprar energia para equacionar o balanço energético a um preço médio de R$ 239/MWh, substancialmente menor do que o preço atual de mercado, que está em torno de R$ 335/MWh.
“Nós compramos toda energia necessária para zeragem da posição short da CESP, considerando um GSF agravado (…) com base nisso, nós já zeramos nosso balanço energético”.
Essa medida foi necessária porque os reservatórios administrados pela companhia estão bastante comprometidos a ponto de a Cesp precisar reduzir a vazão defluente da UHE Porto Primavera para preservar o estoque de água das usinas para cascata hidráulica no período seco. “Nos meses de junho e julho, estamos com níveis de reservatórios no centro sul na casa dos 27%, os mesmos níveis de 2001 (…) e esse é o principal fator para os testes de redução de vazão na UHE Porto Primavera”, diz.
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Atualmente a usina de Porto Primavera opera com uma
vazão de 2900 m³/s por determinação da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão
Hidroenergética (Creg), mas a empresa já operou com níveis acima de 4000 m³/s.
(canalenergia)
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