domingo, 30 de abril de 2023

Aneel autoriza operações de eólicas

A soma dos empreendimentos liberados chegou a 78,9 MW de capacidade instalada.

A Agência Nacional de Energia Elétrica liberou para início da operação em teste, a partir de 02 de março, as UG1 a UG3, da EOL Ventos de São Vitor 2, com 18,6 MW de capacidade instalada; as UG3 a UG6, da EOL Ventos de Santa Eugenia 06, com 22,8 MW; a UG1, EOL Serra do Seridó VI, com 5,5 MW; UG13, da EOL Ventos de Santa Leia 04, com 4,5 MW; e por último, as UG3 e UG4, da EOL Oitis 9, com 11 MW. No total, para teste, a capacidade liberada foi de 62,4 MW.

Para início da operação comercial, as UG1 a UG3, da EOL Ventos de São Roque 17, com 16,5 MW recebeu autorização da Aneel. (canalenergia)

EDP Renováveis registra crescimento de 2% em 2022

EDP Renováveis registra crescimento de 2% em seus resultados líquidos de 2022.
Companhia duplicou o investimento para acelerar a transição energética.

A EDP Renováveis registrou crescimento de 2% nos resultados líquidos em 2022, atingindo €$ 671 milhões. O ebitda aumentou 23%, para €$ 2,1 bilhões, com contribuições importantes do mercado europeu (+51% em comparação com período anterior), Brasil (+31%) e América do Norte (14%).

As receitas da companhia atingiram €$ 2,4 bilhões, um aumento de 35% em comparação com o período anterior, e 99,5% do valor alinhado com a taxonomia Europeia, o sistema europeu de classificação de atividades sustentáveis.

Com isso, o aumento de 10% da produção renovável da EDPR e a sua estratégia de rotação de ativos suportaram estes resultados, apesar de os custos financeiros e operacionais terem sido mais elevados face a 2021, com maior pressão no custo da dívida e nas despesas com fornecedores e serviços. A venda de cinco portfólios renováveis na Espanha, Itália, Polónia, Brasil e nos EUA gerou ganhos de €$ 424 milhões.

2022 foi o ano em que a EDPR expandiu de forma decisiva a sua presença global, com a integração da Sunseap e dos seus ativos em oito mercados da Ásia Pacífico. A EDPR também aumentou a presença na Europa, com a aquisição da empresa de energia solar Kronos, e continuou a desenvolver projetos-chave nas suas múltiplas geografias.

A companhia praticamente duplicou o investimento bruto, para €$ 5,1 bilhões, com mais 2,1 GW de capacidade renovável contratada em 2022 e 4,0 GW em construção, o dobro do ano anterior.

A EDP Renováveis (EDPR) reportou lucro líquido de $ 416 milhões nos primeiros 9 meses de 2022, um crescimento de 181% frente ao igual período de 2021. A produtora de energia renovável ainda registrou $ 1,482 bilhão de EBITDA, avanço de 62% na mesma base de comparação.

Por fim, a dívida da EDPR aumentou para €$ 4,9 bilhões no final de 2022, acompanhando o crescimento do investimento em projetos renováveis que vão contribuir para acelerar a transição energética das quatro regiões em que a empresa opera (América do Norte, América do Sul, Ásia Pacífico e Europa). Ainda assim, em comparação com a posição registrada em setembro de 2022, a dívida reduziu-se em €$ 600 milhões. (canalenergia)

Prédios públicos em MS terão energia limpa

Prédios públicos do Governo do Mato Grosso do Sul terão energia limpa.
Parceria público-privada contará com a implantação, manutenção e operação de centrais de energia elétrica fotovoltaica no Estado.

O Governo do Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, e a empresa HCC PPP MS 02 assinaram um contrato de concessão para implantação, manutenção e operação de centrais de energia elétrica fotovoltaica no Estado.

A concessão terá prazo de 23 anos e foi formalizada por meio de uma parceria público-privada (PPP). O objetivo é abastecer com energia limpa e renovável prédios públicos estaduais, como escolas, batalhões de polícia e unidades do DETRAN, entre outros.

Governo publica contrato de PPP (Parceria público-privada) que vai levar energia limpa para prédios públicos.

De acordo com o escritório de parcerias estratégicas da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov), as centrais de energia elétrica fotovoltaica vão abastecer 1.968 unidades consumidoras de baixa tensão. Serão 1.434 unidades do governo, abrangendo 96% dos prédios do DETRAN; 95% das unidades da Polícia Militar; 95% da Polícia Civil; 97% do Corpo de Bombeiros e 79% das escolas estaduais.

Os investimentos previstos na PPP para o suprimento de energia limpa e renovável às unidades administrativas estaduais totalizam R$ 134 milhões. Serão aplicados R$ 80 milhões na implantação da infraestrutura das Centrais de Energia Fotovoltaica e R$ 54 milhões na operação e manutenção. Ao término do contrato, os bens integrantes das usinas a serem implantadas retornarão ao Estado.

Prefeitura de Campo Grande/ MS aposta em energia sustentável e/ou renovável para economizar mais de R$ 20 milhões aos cofres públicos por ano. (canalenergia)

Segurança energética é prioridade no trilema energético para 2023

Profissionais da energia estão priorizando energia segura no trilema, seguida por energia limpa e em terceiro lugar por energia a preços acessíveis.

Pesquisa da DNV apontou que as preocupações com a segurança superam a energética limpa e a energia a preços acessíveis na lista de prioridades para empresas de todo o mundo, com o ramo a dizer que o sistema não resolverá o trilema energético na próxima década.

Ao que tudo indica, a segurança energética colocará em segundo plano os setores de petróleo e gás no próximo ano. Os maiores nomes em energias renováveis estão mantendo seu foco em energia limpa, enquanto as prioridades de consumidores de energia industrial contrastam com seus fornecedores e parceiros por priorizarem energia acessível e a preços módicos.

De acordo com a pesquisa, apenas 39% dos profissionais do ramo energético têm a confiança de poder cumprir as metas de descarbonização e clima, todavia o ritmo da transição energética é o que mais impulsiona a confiança entre os profissionais do ramo energético para o próximo ano. A maioria acredita que a transição energética está acelerando.

Segundo a DNV, resolver o trilema energético – fornecer energia segura, limpa e a preços acessíveis – é visto pelo ramo energético como uma meta de longo prazo. Poucos no ramo (17%) acreditam que a transição fornecerá energia segura, limpa e a preços acessíveis na próxima década para todas as partes do sistema energético no seu país. A maioria (41%) considera que isto poderá ser alcançado daqui a 10 ou 20 anos, enquanto um grupo considerável (32%) acredita que este resultado crucial da transição energética só será atingido depois de iniciado o ano de 2040. Há um consenso quanto a este horizonte em várias regiões. Apenas os profissionais do ramo energético na América do Norte são mais conservadores quanto ao momento em que ocorrerá.

Aproximadamente 80% dos profissionais do setor de renováveis creem que preocupações com a segurança energética acarretarão investimentos em renováveis no próximo ano, enquanto a maioria (61%) proveniente de várias áreas do ramo energético alega que suas empresas podem ser mais lucrativas se melhorarem a sustentabilidade.

Diferentemente disso, um ano recorde de contrastes para o ramo de petróleo e gás redefiniu o que significa ter lucros aceitáveis para o setor. Em 2022, 52% dos executivos das áreas de petróleo e gás disseram que suas organizações teriam lucros aceitáveis se a média do preço do petróleo chegasse a uma média de US$ 40 a US$ 50 por barril. Para o próximo ano, apenas 39% têm a mesma impressão. Metade dos inquiridos dos ramos do petróleo e gás (53%) diz que suas organizações incrementarão os investimentos em gás em 2023, aumentado 8% de ano a ano. Cerca de 43% dos ramos de petróleo e gás antecipam maiores investimentos no petróleo, subindo 9%. Empresas de petróleo e gás estão retardando sua transição para áreas fora dos negócios principais de hidrocarbonetos e são reservadas quanto ao seu foco em descarbonização em comparação com 2022.

Em 2023, o ramo energético como um todo antecipa maiores investimentos em fontes de energia limpa e seus vetores. Metade dos profissionais do ramo energético antecipa investimentos em hidrogênio de baixo carbono/amônia (52%). Há proporções semelhantes nas áreas eólica (49%) e solar (46%). A expectativa de mais de um terço é que se invista mais em captura e armazenamento de carbono. Em tecnologias capacitadoras, 6 em cada 10 afirmam que suas organizações estão aumentando os investimentos em eficiência energética e digitalização. Metade do ramo está investindo em tecnologias de armazenamento de energia.

A pesquisa da DNV encontra sinais de que as barreiras poderiam retardar o ritmo da transição energética no próximo ano, mas tais barreiras tendem a ser rompidas à medida que as sociedades sentem cada vez mais os efeitos das crises climática e energética e gargalos se agudizam ao não permitirem avanço. Praticamente todos no setor energético concordam em que se deve investir mais na rede, enquanto somente um quinto no setor de renováveis diz ser suficiente a capacidade de transmissão para permitir a expansão de renováveis.

¾ do ramo energético dizem que problemas com a cadeia de fornecimento estão diminuindo o ritmo da transição, enquanto menos da metade no ramo (44%) antecipa uma melhora significativa na disponibilidade dos serviços em 2023. Para o setor de renováveis, falta de políticas/de apoio governamental e problemas com permissões/licenças são as maiores barreiras para o crescimento, e a maioria avassaladora (88%) diz que acelerar as permissões e licenças é indispensável para cumprir as metas climáticas.

Aproximadamente 40% das empresas energéticas globalmente estão tendo cada vez mais dificuldades em garantir financiamentos a preços razoáveis para seus projetos. Regionalmente, organizações na América do Norte e Europa têm mais facilidade em conseguir financiamentos. Por setor, quase metade das empresas energéticas (47%) e 62% dos consumidores de energia industrial estão tendo cada vez mais dificuldade em assegurar financiamentos. (canalenergia)

Omega avança com eólicas e plataforma digital no Texas

Desenvolvedora deve lançar ferramenta até o final do ano no exterior e vê maior procura por clientes no Brasil após entrada em GD.

Enquanto segue subindo as margens de contratação de energia e os modelos de investimentos com clientes de autoprodução, a Omega Energia avança também com seus projetos nos Estados Unidos, onde possui 531 MW eólicos em desenvolvimento. O CEO da empresa, Antonio Bastos Filho, pontuou que a plataforma digital de serviços deve ser lançada no Texas até o final de 23, o que pode impactar um pouco no curto prazo as margens da companhia devido a alguns investimentos pontuais, mas que trarão bons resultados no longo prazo.

“Prevemos um range de 70% a 75% na margem de Ebitda em função da velocidade de investimentos em marketing, no time de vendas e outros pontos no exterior”, disse o executivo durante a teleconferência ao mercado em 01/03/23, ressaltando que se não houvesse esse aporte adicional teriam sido computado um incremento de R$ 30 milhões na receita de Ebitda em relação a 2022.

Sobre o parque Goodnight 1 (265,5 MW), Bastos informou já ter sido finalizada toda parte civil do empreendimento, encarado como um cartão de visitas da desenvolvedora exterior. Foi iniciado a parte de média tensão para começo da parte mais crítica de montagem das máquinas a partir de julho. Na parte de financiamento tudo assinado, com o desembolso programado para daqui 2 semanas. “Goodnight 2 temos trabalhado numa expectativa conservadora para ter a geração do projeto a partir de 2024’, acrescenta o CEO.

Complexo de 531 MW no Texas contará com turbinas da Vestas e deve ter a operação plena em 2024 (Omega).

Questionado sobre novidades no pipeline e o quanto a expansão internacional poderá impactar nos resultados futuros, o dirigente disse não haver nenhum novo projeto em vista na carteira, salientando que o primeiro parque deve representar 10% dos resultados a partir do ano que vem, e que a companhia espera efeitos maiores vindos da plataforma de energia após a entrada da empresa em Geração Distribuída, observando uma maior entrada de clientes por aqui.

“São investimentos em GD, mas comprar ativos operacionais não faz muito sentido, a não ser em situações específicas, com retornos superiores aos últimos anos”, comenta, relembrando que segue a estratégia de dois anos atrás de estruturalmente aumentar as margens dos ativos existentes, lançando medidas como a transição de modelos de PPAs para autoprodução por equiparação e arrendamento com clientes.

Segundo ele, a perspectiva é boa, com a geração de valor de centenas de milhões, não só importante para aguentar os efeitos meteorológicos que impactam no negócio, mas também garantindo um nível de contratação maior da energia, falando num índice superior a 90% para os próximos 10 anos e que devem garantir a rentabilidade de 2024 em diante.

“Estamos otimistas e temos operações maiores para sair, que dependem ainda dos stakeholders e debenturistas”, reforçou Antonio. Por fim, ele finalizou a teleconferência afirmando que a companhia só prosperou tendo a questão da rentabilidade à frente de volume.

“Podíamos lançar sócios novos e volumes grandes, como no caso da Actis, mas não é o momento de fazer isso agora no Brasil, com juros e capex altos e preços baixos”, reitera, concluindo que para otimizar sua estratégia a Omega adquiriu maior participação no complexo Assuruá, entrou em GD e alocou capital no mercado norte-americano. (canalenergia)

sexta-feira, 28 de abril de 2023

Telhas e telhados fotovoltaicos na transição energética

A energia solar desempenha uma importância cada vez maior na geração elétrica do país.

No contexto nacional, a participação desse tipo de energia na matriz elétrica brasileira em 2021, ano de grande escassez hídrica, foi de 2,5%. Em 2020, a parcela correspondia a 1,8%. Em 2016, a oferta de energia gerada por esse recurso era totalmente inexpressiva.

Conforme instituições brasileiras que atuam na área de energia elétrica, os empreendimentos voltados à geração com fonte solar no Brasil são cada vez mais numerosos e a participação tende a crescer de forma significativa.

O “Atlas Brasileiro de Energia Solar” destaca que o país tem um grande potencial para produção de energia solar, sendo que os dados indicam uma extraordinária capacidade de explorar esse recurso, principalmente na faixa chamada de “Cinturão Solar”, área que se estende do Nordeste brasileiro ao Pantanal, ocupando o norte de Minas Gerais, o sul da Bahia e o norte e nordeste de São Paulo. O Cinturão é formado por significativa participação do território nacional, sendo próximo a importantes pontos de carga.

O país atravessa um ambiente de transição energética e a forma como alimentamos de eletricidade os nossos imóveis ou empreendimentos imobiliários – sejam residenciais ou comerciais – passam por questionamentos e soluções que aliam aspectos relacionados ao meio ambiente, à sustentabilidade e à economia.

Estimulando a tecnologia para o setor e aumentando a eficiência de seus componentes, a energia solar adquiriu grande popularidade, com seu uso aumentando de forma notável por todo o mundo. Esse crescimento faz observar que esse meio já não é alternativa energética para o futuro, representando cada vez mais uma energia limpa para o nosso presente. Temos, no setor, equipamentos que seguem padrões e procedimentos conhecidos, facilitando a homologação para a operação desses sistemas.

As alternativas de geração de energia elétrica com fonte solar apresentam dois tipos principais de sistemas, o tradicional e o integrado. O telhado solar tradicional é aquele que, provavelmente, todos nós imaginamos quando pensamos em painéis solares. São formados por conjuntos de estruturas apoiadas em “racks” de sustentação, colocados sobre um telhado ou cobertura já existentes. Esse tipo de sistema pode ser disposto de forma a constituir várias prateleiras.

A segunda opção é o telhado fotovoltaico ou a telha solar fotovoltaica, que integra a funcionalidade do painel fotovoltaico para geração elétrica com a da telha de cobertura do imóvel. Elas integram a função conjunta de telhado com a de geração de energia elétrica.

A instalação dos telhados fotovoltaicos requer que os equipamentos tenham a face direcionada para o sol, além da necessidade de serem inclinados, pois isso impacta diretamente na forma como eles recebem a radiação solar e, portanto, sobre a produção da energia elétrica.

O sistema, uma vez instalado, ajuda a reduzir os custos de eletricidade, fazendo com que essa economia pague a instalação.

As telhas solares integradas estão disponíveis no país, sendo oferecidas por empresas do setor de construção. Conforme os ofertantes desse produto, o acabamento estético colabora com a limpeza e a durabilidade de cada componente do painel, que precisam de água e sabão para a sua higienização.

O funcionamento da telha solar e dos painéis fotovoltaicos montados sobre “racks” são os mesmos: os painéis ficam expostos, capturando a luz solar e transformando-a em energia elétrica com corrente contínua. Depois, essa energia chega a um inversor, equipamento que altera a corrente contínua em alternada, fazendo com que ela possa ser utilizada em qualquer parte de um imóvel ou empreendimento imobiliário.
Telhas e telhados fotovoltaicos: energia do futuro para o presente.

O mercado brasileiro oferece painéis com 550 Wp, podendo gerar até 2.200Wh/dia. O símbolo “Wp” ou “Watt-pico” é a unidade criada para a medição de potência dos painéis fotovoltaicos. A garantia dos equipamentos pode chegar a 25 anos, sendo que a vida útil pode ser superior a 30 anos.

O sistema fotovoltaico pode funcionar “on-grid” e “off-grid. O primeiro caso acontece quando a geração de energia que excede o consumo do imóvel pode ser injetada na rede de distribuição, gerando créditos que podem ser compensados na conta mensal no prazo de até cinco anos, com economias entre 75% e 90% no valor da conta de consumo do imóvel.

O sistema “off-grid” é aquele que não está ligado à rede de energia da distribuidora. Nele, toda a energia produzida é consumida pela própria unidade geradora. Tem a vantagem de estar 100% livre das tarifas da concessionária, além de gerar energia elétrica em localidades distantes. Esse modelo necessita de um projeto detalhado, instalação específica, banco de baterias e outros equipamentos de controle, podendo requerer um investimento elevado e não apresentar um prazo adequado de retorno do valor investido.

O país está em transição energética. A energia fotovoltaica é limpa, possui baixo custo de manutenção, ausência de partes mecânicas ou móveis, possui tecnologia padronizada e com critérios de homologação definidos. Uma vez instalada, contribui para o meio ambiente, traz respeito à natureza e dispõe de uma extensa área com potencial produtivo. Isso a torna uma candidata perfeita para aumentar sua participação na matriz de energia elétrica do país, não se constituindo apenas em mais uma alternativa de geração de eletricidade em fase experimental de desenvolvimento. (ecodebate)

WEG investe R$100 milhões para expandir produção de baterias no Brasil

WEG investirá R$100 milhões para expansão da produção de packs de baterias no Brasil.
Os investimentos serão realizados no parque fabril de Jaraguá do Sul/SC, cidade sede da companhia.

WEG anuncia investimento de R$ 100 milhões em produção de baterias de lítio.

A WEG informou que investirá R$100 milhões até 2024 para expansão da capacidade de produção de packs de baterias de lítio no Brasil. A companhia destacou que além de aumentar as dimensões do prédio atual de fabricação, também construirá uma nova fábrica para atender a demanda crescente do mercado de mobilidade elétrica e sistemas de armazenamento de energia. Os investimentos serão realizados no parque fabril de Jaraguá do Sul/SC, cidade sede da companhia.

O cronograma de investimentos e expansão da WEG foi dividido em duas etapas: a primeira, que envolve a ampliação imediata do prédio de fabricação atual; e a segunda, que prevê a conclusão da nova fábrica de packs de baterias para o 1º semestre/24.

A WEG ressaltou que com estes investimentos, a área construída disponível para a fabricação de packs de baterias será de aproximadamente 6.000 m², seguindo o modelo de construção modular da WEG, que permite o aumento gradual e contínuo da capacidade de produção para atender às necessidades de expansão da companhia ao longo dos próximos anos. O projeto deverá gerar aproximadamente 140 novos empregos e contará com soluções de automação, digitalização e indústria 4.0 fornecidas pela WEG.

Em exemplo do que acontece com as baterias de chumbo, as baterias de NiMH e de Lítio, que equipam os VE – Veículos Elétricos e Híbridos também podem e devem ser enviadas para reciclagem. Podem ainda ser recondicionadas e reparadas.

Recondicionamento de baterias Veículos Elétricos. (canalenergia)

Geraldo Alckmin defende aumento da mistura do biodiesel

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB/SP), defendeu em 24/02/23 o aumento do percentual do biodiesel misturado ao diesel.

Atualmente, a adição obrigatória está em 10%, mas a expectativa é que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) seja convocado, em março, para definir o futuro da mistura do biocombustível.

“Nós precisamos aumentar o percentual do bio[diesel] no diesel. Está em 10%, já foi 13%, foi reduzido no governo passado para 10%. Isso prejudica o meio ambiente, prejudica a indústria, gera menos emprego, agrega menos valor”, afirmou Alckmin, após reunião com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD/MT).

Pelo cronograma originalmente traçado pelo CNPE, a adição do biodiesel já deveria estar em 14% – e subir para 15% em março. A partir dos choques de preços dos combustíveis nos últimos dois anos, contudo, o governo de Jair Bolsonaro (PL) interrompeu a progressão da mistura.

Em novembro, o CNPE decidiu – em articulação com o gabinete de transição para o governo Lula – manter a mistura reduzida em 10% até março/23. Indústria de biodiesel recorre à Alckmin.

Os produtores do biocombustível passaram a buscar a ajuda do vice-presidente da República para intermediar a elevação do mandato. O ministro já recebeu este mês os presidentes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP/PR), e da Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio), Alceu Moreira (MDB/RS).

Ambos também estiveram com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e disseram considerar a “possibilidade de uma evolução gradual, desde que a decisão seja em breve para garantir a organização da programação de suprimento e de produção”.

A retomada da política de biodiesel é uma promessa de campanha, encabeçada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. No governo Bolsonaro, a pasta defendia praticamente sozinha no MME o aumento do biodiesel.

Setor propõe elevação gradual.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) cobra do Ministério de Minas e Energia (MME) a elevação da mistura de biodiesel para os próximos meses, de forma a alcançar o B15 a partir de março/24.

É um debate que caminha para o seu terceiro ano. No governo Bolsonaro, prevaleceu o custo na bomba – por vezes, a cotação do óleo vegetal representa um aumento no custo final do diesel. E a resistência do setor de transporte, que ainda questiona a viabilidade técnica do B15.

“Sem uma definição rápida, há o risco de elevar ainda mais o percentual da safra de soja a ser exportada in natura e, assim, milhares de empregos deixarem de ser gerados nas diversas cadeias produtivas envolvidas com o biodiesel”, escreveu o presidente da frente parlamentar, Pedro Lupion (PP/PR), em ofício enviado ao MME.

Lupion presidiu a Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) até o fim da legislatura anterior. Trocou de posição este ano com Alceu Moreira (MDB/RS), deputado que presidiu a FPA e assumiu a frente do biocombustível. (biodieselbr)

MME solicita instalação de placas solares em terra Yanomami

MME solicita instalação de placas solares em postos de saúde da terra Yanomami.
Ofícios assinados pelo ministro Alexandre Silveira autorizam a instalação de 62 unidades de sistemas fotovoltaicos dentro do Programa Mais Luz para Amazônia.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou a instalação de 62 novas unidades de sistemas fotovoltaicos em estabelecimentos de saúde do território Yanomami no Amazonas e em Roraima. Dois ofícios, que autorizaram a inclusão dessas unidades no Programa Mais Luz para Amazônia, foram encaminhados à diretoria das empresas de distribuição dos 2 estados em 24/02/23.

MME instala placas solares em comunidades yanomami em Roraima.

De acordo com o MME, a medida atende a um pedido da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde (MS) e segue a diretriz do presidente Luís Inácio Lula da Silva de atendimento à população Yanomami, vítima de uma das maiores tragédias humanitárias da atualidade. Para Alexandre Silveira, a medida é vital, tendo em vista o quadro de saúde da população.

A iniciativa faz parte das ações de enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), em decorrência da desassistência ao povo Yanomami. Agora, a previsão é que as placas sejam instaladas o mais breve possível. No final de janeiro, outros equipamentos desse tipo foram instalados a pedido do MME, em caráter emergencial, nas comunidades de Surucucu, Auaris, Palimiu, Serra da Estrutura, Walo Pali e Xexena, todos voltados à alimentação prioritária de unidades de saúde para atendimento aos indígenas.

Usina solar leva energia limpa a comunidade isolada na Amazônia.

Num dos lugares mais remotos do Brasil, energia elétrica sempre foi a exceção. (canalenergia)

WIN Solar investe em novo centro de distribuição em PE

WIN Solar investe em novo centro de distribuição em Pernambuco.
Empresa pretende reforçar negócios com kits de energia solar para consumidores residenciais e empresariais na região.

A Win Solar, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos e pertencente ao Grupo All Nations, pretende ampliar as operações no Nordeste do País e estuda a criação de um novo centro de distribuição no estado de Pernambuco. A meta é reforçar o apoio logístico às empresas de projetos e instalação de painéis solares em residências e empresas da região.

O local para o centro de distribuição não está definido ainda. A empresa tem feito diversos estudos de viabilidade e visitas para definir a cidade que melhor atenderá a demanda por equipamentos solares na região Nordeste, além de facilitar o trabalho logístico para demais localidades no Norte e até Centro-Oeste.

De acordo com a empresa, os negócios da Win Solar no Brasil com a comercialização dos kits solares cresceram 80% no faturamento em comparação com o exercício anterior. Em 2022, a empresa reporta a comercialização de cerca de 160 MW em equipamentos. O aumento nas vendas foi impulsionado, principalmente, pela corrida dos consumidores para garantir condições mais favoráveis previstas no marco legal da geração distribuída, que tinha uma data limite de 07/01/23 para a isenção das novas cobranças que entraram em vigor.

O ano de 2022 foi apelidado de “corrida do ouro” no setor de energia solar, já que a Lei 14300/2022 garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que protocolaram o pedido de acesso do sistema fotovoltaico até o final da primeira semana do ano. (canalenergia)

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Planta solar e ciência de dados proporcionam economia de R$ 1 mi

Planta solar e ciência de dados proporcionam economia de R$ 1 mi, diz MRV.
Além da energia da UFV Arquelau, construtora desenvolveu plataforma de gestão de energia.

A MRV conseguiu em 2022 economia de mais de R$ 1 milhão em economia nas obras, escritórios e lojas, por meio de investimentos em energia renovável e gestão eficiente de energia. Segundo dados da empresa, para os clientes, já foram mais de mais de R$ 5 milhões em economia com investimentos em energia solar fotovoltaica.

Parte da economia veio pela energia gerada pela UFV Arquelau, localizada em Uberaba (MG), ligada no fim de 2020 e com potencial de geração anual de 1.125 MWh. Outra parcela veio do desenvolvimento interno de uma plataforma de gestão de energia. A ferramenta faz o rateio automático dos créditos de energia gerados pela usina fotovoltaica da empresa, utilizando algoritmos de otimização. Outra função é nortear os projetos de eficiência energética, além de dimensionar os ganhos potenciais das iniciativas e monitorar os resultados dos projetos implementados nas operações da companhia. Em abril de 2022 a companhia inaugurou sua segunda usina, na Bahia, com potencial de geração anual de 489,7 MWh.

Segundo o levantamento, 77,7% das placas fotovoltaicas estão em residências, 12,3% em comércios e 7,7% no setor rural.

Brasil atingiu marca de mais de 1 milhão de micro usinas solares. (canalenergia)

Prefeitura de São Paulo abre consulta pública para implantação de centrais solares

Projeto faz parte do Programa de Energia Limpa do Município de São Paulo e trará benefícios econômicos e ambientais para a cidade.

O Município de São Paulo, por meio da Secretaria de Governo e com apoio da São Paulo Parcerias, abriu consulta pública de parceria público-privada (PPP) para a contratação de parceiro privado que será responsável pela instalação, operação e compensação de créditos de centrais geradoras fotovoltaicas, destinadas ao suprimento de energia elétrica de 689 unidades consumidoras da Secretaria Municipal de Educação.

O projeto surge como continuidade ao programa de energia limpa já em curso, junto com outros projetos na área da geração distribuída e um projeto destinado à migração de unidades consumidoras do município para o mercado livre de energia.

A etapa de consulta pública foi até 10/03/23 e os interessados enviaram contribuições, dúvidas e subsídios sobre os documentos editalícios e quaisquer aspectos do projeto através do link. Após o recebimento das contribuições e da audiência pública, foi lançada a licitação ao mercado.

O projeto tem, entre seus benefícios, promover a previsibilidade orçamentária ao município de São Paulo, tornando mais eficiente a gestão de recursos público, e contribuir para o atingimento da meta de que, no mínimo, 50% do total da energia consumida pelos órgãos da administração direta seja gerada por meio de fontes renováveis. Além disso, o município de São Paulo se consolida como referência em projetos de parceria de energia limpa no Brasil e como um dos grandes vetores de redução de emissões de gases poluentes, contribuindo para o cumprimento de diversos objetivos do desenvolvimento sustentável. (canalenergia)

Brasil viabiliza R$ 64 bilhões em investimentos de geração solar em 2022

Volume de módulos fotovoltaicos para atender a geração solar ultrapassou os 17 GW no ano passado.

Um estudo realizado pela Greener mostrou que o volume de módulos fotovoltaicos (FV) demandados pelo mercado brasileiro para atender a geração solar ultrapassou os 17 GW em 2022, viabilizando investimentos superiores a R$ 64 bilhões, tanto para geração distribuída (GD) quanto para geração centralizada (GC), um crescimento de 73% em relação ao mesmo período do ano anterior, que registrou 10,3 GW.

O estudo GD do mercado solar também mostrou que as mudanças nas regras de geração distribuída, que passaram a vigorar em janeiro deste ano, trouxeram leve queda na atratividade dos sistemas FV residenciais e comerciais. No entanto, para 60% dos integradores, a expectativa para 2023 é de que as empresas vendam acima de 100 kWp. Segundo o diretor da Greener, Marcio Takata, a geração solar própria continua sendo um investimento rentável e vantajoso para o consumidor final.

No ano passado, o volume importado [MWp] de módulos fotovoltaicos representou investimentos acima de R$ 64 bilhões para GD e usinas solares de grande porte. O preço dos sistemas FV para o consumidor final teve queda média de 12% no período. A diminuição dos custos dos módulos e o elevado nível de estoque de equipamentos no atacado foram fatores que contribuíram para essa redução.

Contudo, mesmo com o forte crescimento do setor e da redução no preço dos sistemas FV, 2022 mostrou queda na participação do financiamento bancário, responsável por 22% das vendas efetuadas no período, frente a 57% em 2021. Esse resultado decorreu da alta da taxa de juros e do cenário de incertezas políticas e regulatórias. E os juros altos foram citados como o maior desafio enfrentado por empresas do setor (26%) em 2022, seguidos pelo aumento da concorrência (21%), reflexo do fluxo de novas empresas integradoras no mercado, e da aprovação de crédito por parte dos bancos (15%). (canalenergia)

Biogás produzido com bagaço de maçã minimiza uso de combustível fóssil

Biogás produzido com bagaço de maçã pode minimizar o uso de combustível fóssil na indústria.
Cientistas das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal do ABC (UFABC) utilizaram com sucesso bagaço de maçã para produzir biogás. A pesquisa, publicada na revista Biomass Conversion and Biorefinery, está inserida na filosofia de “economia circular”, cujos princípios são redução de custos, fechamento dos ciclos de produção de resíduos e avanço da reutilização e reciclagem de bioenergia e biomateriais.

A maçã está entre as frutas mais consumidas em todo o mundo, tanto in natura como processada em suco, vinagre e cidra, entre outros. Mas os subprodutos gerados pela indústria são geralmente descartados sem qualquer aplicação posterior. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a produção mundial de maçã em 2020 foi de quase 86,5 milhões de toneladas. China (46,85%), Estados Unidos (5,38%) e Turquia (4,97%) são os produtores mais destacados.

“A biorrefinaria com tecnologia de digestão anaeróbia gera energia elétrica e térmica, reduz emissões de gases de efeito estufa e valoriza o resíduo, convertido em adubo orgânico”, explica Tânia Forster Carneiro, que concluiu o doutorado em engenharia de processos industriais na Universidade de Cádiz (Espanha) em 2004 e atualmente leciona na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, na área de bioengenharia e biotecnologia.

Como explica a pesquisadora, digestão anaeróbia é um processo microbiológico que envolve consumo de nutrientes e produção de metano. A digestão anaeróbia do tipo seca (com concentração total de sólidos dentro do reator acima de 15%) é considerada um tratamento interessante para resíduos orgânicos sólidos e uma destinação final mais adequada ambientalmente quando comparada com aterros sanitários.

Os resultados mostram um rendimento de 36,61 litros (L) de metano por quilo de sólidos removidos, o que pode gerar 1,92 quilowatt-hora (kWh) de eletricidade e 8,63 megajoules (MJ) de calor por tonelada de bagaço de maçã. A bioenergia recuperada pela indústria poderia suprir 19,18% de eletricidade e 11,15% de calor nos gastos operacionais do reator. Assim, os biocombustíveis e a bioeletricidade podem contribuir para as políticas públicas, reduzir o consumo de combustíveis fósseis e a emissão de gases de efeito estufa procedentes dos resíduos orgânicos.

Transição energética

O grupo de pesquisa constatou que a emissão evitada de gases de efeito estufa gerados pelo biogás representou 0,14 quilograma (kg) de dióxido de carbono (CO2) equivalente de eletricidade e 0,48 kg de CO2 equivalente de calor por tonelada de bagaço de maçã. “A tecnologia de digestão anaeróbia é estável e pode ser implementada em indústrias de pequena e média escala, auxiliando na transição para a economia circular e oferecendo uma melhor destinação para os resíduos de frutas, o que é uma alternativa para a valorização de subprodutos, proporcionando ganhos para a cadeia produtiva”, diz Carneiro.

O trabalho também é assinado pelos estudantes e pesquisadores da FEA-Unicamp Larissa Castro Ampese (doutoranda), William Gustavo Sganzerla (doutorado direto), Henrique Di Domenico Ziero (doutorando) e Josiel Martins Costa (pós-doutorado), além do professor Gilberto Martins (Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da UFABC). As pesquisas recebem uma série de apoios da FAPESP (18/14938-4, 19/26925-7 e 21/03950-6).

Carneiro e Sganzerla publicaram recentemente artigo sobre a tecnologia de digestão anaeróbia que produz metano a partir de bagaço de malte da indústria cervejeira, demonstrando detalhadamente o ganho em energia elétrica e térmica por meio de cálculos de balanço de massa e energia de todos os fluxos de entrada e saída. Para cada tonelada de bagaço de malte é possível produzir 0,23 megawatt-hora em energia elétrica. (noticiasagricolas)

Grupo Madero fornece óleo usado de cozinha prá produzir biodiesel

Grupo Madero vai fornecer óleo de cozinha usado para BSBios produzir biodiesel.
O grupo de restaurantes Madero anunciou um contrato de compra e venda com a produtora de biodiesel BSBios para fornecer Óleo de Cozinha Usado (UCO, na sigla em inglês) como matéria-prima para a fabricação do biocombustível.

O contrato prevê o recolhimento de 55 mil litros de UCO por mês, informaram as companhias em nota conjunta sem detalhar valores da envolvidos no negócio.

O recolhimento será feito em 270 restaurantes do Grupo Madero, incluindo Madero Container, Madero Steak House e Jeronimo Burger, em todo o país.

“O uso do UCO é uma alternativa duplamente sustentável, pois diminui o descarte inadequado do resíduo e colabora para a produção de um combustível comprovadamente renovável”, disse Erasmo Carlos Battistella, presidente da BSBios, líder em vendas de biodiesel no Brasil.

Os resíduos de óleo serão reservados, cumprindo os requisitos da regulamentação vigente, e recolhidos pelos mesmos veículos que abastecem os restaurantes com suprimentos, formando, assim, o processo de logística reversa.

Segundo as companhias, este tipo de estratégia configura um modelo de economia circular –quando o desenvolvimento sustentável se dá por meio de modelos de negócios que priorizam insumos recicláveis e renováveis.

Como o UCO é considerado uma matéria-prima residual na produção do biodiesel, não são atribuídas emissões de gases de efeito estufa (GEE) referente a sua geração, tornando-o mais eficiente no processo de descarbonização.

O CEO do Grupo Madero, Júnior Durski, disse também em comunicado que o resíduo do óleo de cozinha industrial é um item potencialmente poluidor quando descartado de maneira inadequada, sendo necessárias alternativas que possibilitem a reciclagem.

“Por isso, a parceria com a BSBios neste processo de logística reversa é importante para promovermos equilíbrio não só ambiental, mas também econômico”.

No Brasil, o UCO representa cerca de 2,25% da matéria-prima usada para produção de biodiesel, disseram o Madero e a BSBios com base em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Na região Sudeste, porém, essa participação chega a 20%.

“A BSBios pretende ampliar sua utilização (do UCO), que representou 4% da matéria-prima utilizada em 2022 para produção de biodiesel”, estimou a companhia.

A empresa lembrou que tomou um financiamento de 40 milhões de reais no final de 2022 com o banco Santander vinculado a compromissos ESG.

Entre as contrapartidas acordadas para a transação estão a ampliação de um projeto social de coleta de UCO, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.

Na unidade da BSBios na Suíça, por exigência da legislação local, a planta utiliza exclusivamente o UCO de canola e, em menor proporção, de girassol como matéria-prima para produção de biodiesel. (noticiasagricolas)

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Eneva aumenta em 2 GW capacidade de geração no 4° trimestre

Conclusão da aquisição da UTE Porto de Sergipe I e o início da operação comercial da UTE Parnaíba V possibilitaram a adição

A Eneva reportou a adição de cerca de 2 GW de capacidade instalada em operação no 4º trimestre/22 com a conclusão da aquisição da UTE Porto de Sergipe I (SE, 1.593 MW)  movida a gás natural, transação anunciada em 03/10/22, e ainda com o início da operação comercial da UTE Parnaíba V. As informações preliminares constam no relatório operações gerenciais.

Em 16/11/2022, a UTE Parnaíba V obteve autorização da Aneel para iniciar operação comercial da sua unidade geradora, uma turbina a vapor com capacidade instalada de 385,75MW, após a realização dos comissionamentos desde agosto/2022. Com o início da operação a Eneva concluiu o fechamento de ciclo simples da UTE Parnaíba I, adicionando capacidade de geração de energia sem a necessidade de consumo adicional de gás.

Segundo a geradora, a UTE Parnaíba V poderá comercializar energia no ambiente de contratação livre, incluindo a geração de energia para exportação, até o final de 2023. A partir de janeiro de 2024, a usina já possui contratos regulados envolvendo 326,4 MW médios, no âmbito do leilão de energia nova A-6 de 2018 da Aneel, pelo prazo de suprimento de 25 anos.

Do lado de geração para exportação e comissionamento, a UTE Parnaíba I registrou geração bruta total de 610 GWh no quarto trimestre, sendo cerca de 62% concentrados no início do período para a realização de testes no âmbito do comissionamento da turbina a vapor da UTE Parnaíba V, sendo a geração líquida proporcional a esse valor liquidada a PLD. Os demais 38% foram gerados para atendimento aos contratos bilaterais firmados no período para exportação de energia elétrica para a Argentina.

O relatório da Eneva mostrou que a UTE Parnaíba V apresentou geração bruta total de 252 GWh entre outubro e dezembro tendo exportado o equivalente a 96% desse montante e liquidado os demais 4% do equivalente em geração líquida a PLD, no contexto dos testes realizados. A UTE Parnaíba II, após o fim do seu período de inflexibilidade contratual, em dezembro de 2022, gerou 71 GWh para exportação para a Argentina, representando 9% da sua geração total no período. A UTE Parnaíba IV gerou 10 GWh, sendo a totalidade do valor destinado para a exportação de energia. (canalenergia)