quarta-feira, 26 de abril de 2023

Brasil viabiliza R$ 64 bilhões em investimentos de geração solar em 2022

Volume de módulos fotovoltaicos para atender a geração solar ultrapassou os 17 GW no ano passado.

Um estudo realizado pela Greener mostrou que o volume de módulos fotovoltaicos (FV) demandados pelo mercado brasileiro para atender a geração solar ultrapassou os 17 GW em 2022, viabilizando investimentos superiores a R$ 64 bilhões, tanto para geração distribuída (GD) quanto para geração centralizada (GC), um crescimento de 73% em relação ao mesmo período do ano anterior, que registrou 10,3 GW.

O estudo GD do mercado solar também mostrou que as mudanças nas regras de geração distribuída, que passaram a vigorar em janeiro deste ano, trouxeram leve queda na atratividade dos sistemas FV residenciais e comerciais. No entanto, para 60% dos integradores, a expectativa para 2023 é de que as empresas vendam acima de 100 kWp. Segundo o diretor da Greener, Marcio Takata, a geração solar própria continua sendo um investimento rentável e vantajoso para o consumidor final.

No ano passado, o volume importado [MWp] de módulos fotovoltaicos representou investimentos acima de R$ 64 bilhões para GD e usinas solares de grande porte. O preço dos sistemas FV para o consumidor final teve queda média de 12% no período. A diminuição dos custos dos módulos e o elevado nível de estoque de equipamentos no atacado foram fatores que contribuíram para essa redução.

Contudo, mesmo com o forte crescimento do setor e da redução no preço dos sistemas FV, 2022 mostrou queda na participação do financiamento bancário, responsável por 22% das vendas efetuadas no período, frente a 57% em 2021. Esse resultado decorreu da alta da taxa de juros e do cenário de incertezas políticas e regulatórias. E os juros altos foram citados como o maior desafio enfrentado por empresas do setor (26%) em 2022, seguidos pelo aumento da concorrência (21%), reflexo do fluxo de novas empresas integradoras no mercado, e da aprovação de crédito por parte dos bancos (15%). (canalenergia)

Nenhum comentário: