Pesquisa da DNV apontou que
as preocupações com a segurança superam a energética limpa e a energia a preços
acessíveis na lista de prioridades para empresas de todo o mundo, com o ramo a
dizer que o sistema não resolverá o trilema energético na próxima década.
Ao que tudo indica, a
segurança energética colocará em segundo plano os setores de petróleo e gás no
próximo ano. Os maiores nomes em energias renováveis estão mantendo seu foco em
energia limpa, enquanto as prioridades de consumidores de energia industrial
contrastam com seus fornecedores e parceiros por priorizarem energia acessível
e a preços módicos.
De acordo com a pesquisa, apenas 39% dos profissionais do ramo energético têm a confiança de poder cumprir as metas de descarbonização e clima, todavia o ritmo da transição energética é o que mais impulsiona a confiança entre os profissionais do ramo energético para o próximo ano. A maioria acredita que a transição energética está acelerando.
Segundo a DNV, resolver o trilema energético – fornecer energia segura, limpa e a preços acessíveis – é visto pelo ramo energético como uma meta de longo prazo. Poucos no ramo (17%) acreditam que a transição fornecerá energia segura, limpa e a preços acessíveis na próxima década para todas as partes do sistema energético no seu país. A maioria (41%) considera que isto poderá ser alcançado daqui a 10 ou 20 anos, enquanto um grupo considerável (32%) acredita que este resultado crucial da transição energética só será atingido depois de iniciado o ano de 2040. Há um consenso quanto a este horizonte em várias regiões. Apenas os profissionais do ramo energético na América do Norte são mais conservadores quanto ao momento em que ocorrerá.
Aproximadamente 80% dos
profissionais do setor de renováveis creem que preocupações com a segurança
energética acarretarão investimentos em renováveis no próximo ano, enquanto a
maioria (61%) proveniente de várias áreas do ramo energético alega que suas
empresas podem ser mais lucrativas se melhorarem a sustentabilidade.
Diferentemente disso, um ano recorde de contrastes para o ramo de petróleo e gás redefiniu o que significa ter lucros aceitáveis para o setor. Em 2022, 52% dos executivos das áreas de petróleo e gás disseram que suas organizações teriam lucros aceitáveis se a média do preço do petróleo chegasse a uma média de US$ 40 a US$ 50 por barril. Para o próximo ano, apenas 39% têm a mesma impressão. Metade dos inquiridos dos ramos do petróleo e gás (53%) diz que suas organizações incrementarão os investimentos em gás em 2023, aumentado 8% de ano a ano. Cerca de 43% dos ramos de petróleo e gás antecipam maiores investimentos no petróleo, subindo 9%. Empresas de petróleo e gás estão retardando sua transição para áreas fora dos negócios principais de hidrocarbonetos e são reservadas quanto ao seu foco em descarbonização em comparação com 2022.
Em 2023, o ramo energético como um todo antecipa maiores investimentos em fontes de energia limpa e seus vetores. Metade dos profissionais do ramo energético antecipa investimentos em hidrogênio de baixo carbono/amônia (52%). Há proporções semelhantes nas áreas eólica (49%) e solar (46%). A expectativa de mais de um terço é que se invista mais em captura e armazenamento de carbono. Em tecnologias capacitadoras, 6 em cada 10 afirmam que suas organizações estão aumentando os investimentos em eficiência energética e digitalização. Metade do ramo está investindo em tecnologias de armazenamento de energia.
A pesquisa da DNV encontra
sinais de que as barreiras poderiam retardar o ritmo da transição energética no
próximo ano, mas tais barreiras tendem a ser rompidas à medida que as
sociedades sentem cada vez mais os efeitos das crises climática e energética e
gargalos se agudizam ao não permitirem avanço. Praticamente todos no setor
energético concordam em que se deve investir mais na rede, enquanto somente um
quinto no setor de renováveis diz ser suficiente a capacidade de transmissão
para permitir a expansão de renováveis.
¾ do ramo energético dizem que problemas com a cadeia de fornecimento estão diminuindo o ritmo da transição, enquanto menos da metade no ramo (44%) antecipa uma melhora significativa na disponibilidade dos serviços em 2023. Para o setor de renováveis, falta de políticas/de apoio governamental e problemas com permissões/licenças são as maiores barreiras para o crescimento, e a maioria avassaladora (88%) diz que acelerar as permissões e licenças é indispensável para cumprir as metas climáticas.
Aproximadamente 40% das empresas energéticas globalmente estão tendo cada vez mais dificuldades em garantir financiamentos a preços razoáveis para seus projetos. Regionalmente, organizações na América do Norte e Europa têm mais facilidade em conseguir financiamentos. Por setor, quase metade das empresas energéticas (47%) e 62% dos consumidores de energia industrial estão tendo cada vez mais dificuldade em assegurar financiamentos. (canalenergia)
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