Chuvas
ficam abaixo da média e risco de racionamento de energia segue alto
Usinas
receberam água equivalente a 59% da média histórica em fevereiro/15.
Antes, hidrelétricas haviam registrado janeiro mais seco em 85 anos.
Depois do janeiro mais seco em 85 anos, as chuvas
foram mais intensas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste em fevereiro, porém não
o suficiente para descartar o risco de um novo racionamento de energia no país
em 2015.
No mês passado, o volume de água que chegou até as
represas das principais hidrelétricas do país, que estão nas duas regiões, foi
equivalente a 59% da média histórica, sexto pior resultado para meses de
fevereiro.
Ainda assim, foi bem melhor que o registado em
fevereiro de 2014: 38% da chuva média para o mês, segundo pior índice da série
histórica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que começa em 1931.
Por
conta dessa melhora, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) baixou
de 7,3% para 6,1% o risco de faltar energia no país em 2015. Esse índice,
apesar de mais baixo, ainda está acima do limite de segurança, que é de 5%.
O fevereiro mais seco aconteceu em 1971, quando a
quantidade de água que entrou nos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste foi
equivalente a 34,75% da média histórica para o mês.
O ministério
Procurado pelo g1, o Ministério de Minas e Energia
informou que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) "monitora
permanentemente as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de
energia elétrica do País". A próxima reunião do órgão está marcada para 1º
de abril, quando deverão ser divulgadas as novas avaliações sobre o assunto.
"Destaca-se, porém, que, devido à grande
variabilidade das afluências aos reservatórios das usinas hidrelétricas no
chamado 'período úmido', que vai de dezembro a abril, análises e avaliações
mais conclusivas sobre as condições energéticas do sistema elétrico brasileiro
serão obtidas ao final deste período, ou seja, ao final do mês de abril",
diz a nota do ministério.
Alívio
Apesar de representar alívio após um janeiro tão
seco, ainda é preciso que chova muito nas duas regiões até maio, quando termina
o chamado período úmido. Até lá, as represas dessas hidrelétricas, que hoje
registram armazenamento médio de 21% da capacidade total, precisam chegar a
pelo menos 30%, de acordo com o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp.
Se esse nível não for alcançado, o sistema elétrico vai depender de chuvas mais intensas durante o período seco, que vai de maio a novembro. Caso elas não ocorram, o governo pode ser obrigado a impor redução no consumo de energia, o racionamento. A última vez que isso foi necessário foi em 2001, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Se esse nível não for alcançado, o sistema elétrico vai depender de chuvas mais intensas durante o período seco, que vai de maio a novembro. Caso elas não ocorram, o governo pode ser obrigado a impor redução no consumo de energia, o racionamento. A última vez que isso foi necessário foi em 2001, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Termelétricas
Devido ao baixo volume dos reservatórios das hidrelétricas, o país tem usado com mais intensidade as termelétricas, que geram energia por meio da queima de combustíveis como óleo e gás. Hoje essas usinas atendem a cerca de 20% da demanda do país e estão no limite.
Devido ao baixo volume dos reservatórios das hidrelétricas, o país tem usado com mais intensidade as termelétricas, que geram energia por meio da queima de combustíveis como óleo e gás. Hoje essas usinas atendem a cerca de 20% da demanda do país e estão no limite.
Apesar de contribuírem para a economia de água, as
termoelétricas produzem energia mais cara, o que tem provocado aumento nas
contas de luz – já sentido no bolso do consumidor. Entretanto, se não fosse por
elas, o país já estaria em racionamento.
Na semana passada, a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) autorizou alta média de 23,4% nas contas de luz, por meio de
uma revisão extraordinária. As tarifas ainda terão um novo aumento neste ano,
quando forem autorizados os reajustes ordinários, que ocorrem uma vez por ano. (g1)
Nível dos reservatórios
das usinas
| |||
Reservatório
|
28/02/14
|
31/01/15
|
28/02/15
|
Furnas
|
34,14%
|
9,46
|
12,86%
|
Nova Ponte
|
28,65%
|
10,23%
|
13,07%
|
Emborcação
|
39,82%
|
12,88%
|
15,89%
|
Itumbiara
|
15,99%
|
10,86%
|
12,71%
|
Ilha Solteira/3 Irmãos
|
38,87%
|
0
|
0
|
Marimbondo
|
19,16%
|
11,57%
|
23,57%
|
São Simão
|
32,90%
|
51,76%
|
43,37%
|
Água Vermelha
|
27,29%
|
20,38%
|
21,07%
|
Mascarenhas de Moraes
|
76,22%
|
17,71%
|
20,91%
|
Jurumirim
|
53,54%
|
20,87%
|
32,77%
|
Capivara
|
37,30%
|
22,97%
|
31,35%
|
Chavantes
|
47,98%
|
18,70%
|
25,86%
|
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