Risco de racionamento de
energia está descartado em 2015
Falta de
chuvas na região Sudeste tem prejudicado os reservatórios.
O presidente da Empresa de
Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, afirmou que está descartado
qualquer risco de ser implementado um racionamento de energia em 2015. O atual
nível dos reservatórios no final do chamado período úmido, que termina hoje, é
suficiente para garantir o abastecimento de energia no período seco, até
outubro, desde que o nível de afluência seja de, no mínimo, 70% da média
histórica para o período.
"Aconteceu
o que estávamos esperando. O nível que chegamos nos permite passar o período
seco mesmo que a afluência seja 30% abaixo da média histórica. Este é um nível
de segurança razoável", afirmou Tolmasquim.
Qualquer
número mais favorável do que este permitiria ao sistema elétrico nacional
chegar a novembro com um pelo menos 10% de capacidade de água armazenada em
reservatórios. Este é considerado o nível mínimo para que o sistema elétrico
nacional consiga operar.
Tolmasquim
destacou que a segurança de abastecimento durante o período seco não vem apenas
do volume de chuvas neste início de ano. O aumento da oferta de geração, as
temperaturas mais amenas, a redução da atividade econômica e a redução do
consumo em função de campanhas de conscientização também ajudaram. O Operador
Nacional do Sistema (ONS) elétrica acredita que a carga em 2015 deverá ficar
próxima da estabilidade, quando comparada ao ano passado.
A
EPE projetou, em um primeiro momento, que a demanda por energia em 2015
cresceria 3,2%. Esse número foi revisado e a atual projeção indica uma queda de
0,5% no consumo.
Tarifas
Tolmasquim
sinalizou hoje que a trajetória ascendente da energia comercializada nos
últimos leilões de energia nova não deve ser analisada como uma indicação de
que os próximos leilões trarão sempre condições mais favoráveis aos geradores.
Segundo ele, a alta dos preços reflete uma combinação de fatores, sobretudo a
desvalorização do real ante o dólar. Caso a moeda brasileira se valorize
novamente, portanto, os preços da energia poderiam voltar a cair.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim afirmou que a segurança de abastecimento durante o período seco não vem apenas do volume de chuvas neste início de ano.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim afirmou que a segurança de abastecimento durante o período seco não vem apenas do volume de chuvas neste início de ano.
A
variação cambial ajudou a mitigar uma eventual queda no custo de geração de
térmicas abastecidas com gás natural, por exemplo, a despeito da retração do
preço internacional do gás e do petróleo nos últimos meses. Outros dois fatores
que contribuíram para a elevação dos preços, segundo Tolmasquim, foram as
mudanças nas condições de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) e a taxa de retorno garantida ao investidor, esta
mais elevada de forma a atrair os investidores. (msn)
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