Opções
tecnológicas e fontes energética são desafios para a eficiência energética
Múltiplas
opções tecnológicas e fontes de energia são desafios para a eficiência
energética.
“Os
Caminhos para atender aos novos requisitos do Programa ROTA 2030” foi o tema
geral das apresentações “Manhãs de Tecnologia SAE BRASIL” na Fenatran 2017, no
São Paulo Expo.
A
multiplicidade de opções de tecnologias de powertrain, fontes alternativas de
energia e formas de redução de peso foram apontadas pela maioria dos especialistas
que participaram do evento como desafios da engenharia para a eficiência
energética do futuro dos veículos comerciais.
Adriano
Rishi, diretor executivo de Engenharia da Cummins, falou sobre os desafios para
os fornecedores de powertrain, potencializados pelas atuais mudanças em que a
customização aos mercados se consolida como tendência.
“Hoje
temos múltiplas escolhas para as tecnologias e aplicações que atendem a
particularidades de cada mercado, diversas fontes energéticas que precisam
responder às questões ambientais e de custo”, apontou.
Para
Rishi, além de estabelecer metas para as empresas neste momento de transição, é
preciso garantir a viabilidade econômica na equação regulamentação–tecnologia.
O especialista destacou ainda como crítica no Brasil a questão do armazenamento
da energia alternativa aos combustíveis líquidos, cujas pesquisas evoluem
rapidamente no exterior.
Na
eletrificação de veículos comerciais, o cenário para ele é de que os totalmente
elétricos serão adotados para curtas distâncias e passa por hibridização leve
em algumas aplicações.
“Acreditamos
que a tecnologia vem e que deve chegar de forma cadenciada ao mercado”, disse
Flávio Costa, gerente de Marketing e Estratégia para a América do Sul da Ford,
para quem há um longo caminho a percorrer até que as inovações cheguem ao
mercado brasileiro.
Powertrain
Subaru
O
especialista enumerou tecnologias importantes e que já estão disponíveis, como
alerta de fadiga do motorista, frenagem automática e sistema autônomo de
corrige a saída involuntária de faixa do veículo: “O autônomo será realidade e
sua evolução será gradativa. São os clientes que vão ditar o ritmo e as
prioridades”.
Henrique
Uhl, gerente regional de Mercado e Planejamento de Produto da Eaton, que
apresentou a contribuição da transmissão automatizada para o aumento da
eficiência energética, ressaltou a importância da integração de sistemas do
veículo para esse resultado e afirmou: “No caminhão estamos no limite da
eficiência mecânica da transmissão”.
Uhl
citou ganhos de eficiência de até 99% em determinadas aplicações, com avanços
no sistema de lubrificação da caixa e com o que chamou cérebro eletrônico, em
que em interação com o motor, a caixa identifica inclinação de rampa, a
aceleração, o torque necessário e o melhor momento para a troca de marcha.
Ele
mostrou diferentes soluções da Eaton para a mesma finalidade, adequadas ao
veículo. Disse que a automação é decisiva para a redução de consumo e se
consolida como forte tendência no transporte.
Tendências
em eletrificação foram o foco de Lauro Takabatake, diretor de Engenharia da
BorgWarner, que apresentou o eTurbo, compressor acionado por motor elétrico, em
desenvolvimento na Europa, que melhora a performance e a eficiência energética
do motor e o e-Booster que pode operar como gerador recuperando a energia
dispensada para carregar a bateria.
Takabatake
destacou que o desenvolvimento de tecnologias para a otimização da eficiência
energética por meio da recuperação de energia térmica liberada pelos sistemas
do veículo é aposta forte em mercados europeus e que virá para o Brasil.
“Temos
três sonhos verdes: geração de energia renovável, sistemas de armazenamento
para essa energia e sua aplicação de forma renovável”, anunciou Gustavo Aleixo
Saran, analista sênior de Pós-vendas da BYD do Brasil.
Tipos
de Energia no Brasil - Gráfico 2017
Ele
falou sobre a eletrificação do powertrain de veículos de carga, mostrou
arquiteturas de veículos 100% elétricos e híbridos com itens dispostos em série
e em paralelo. Também descreveu a importância da bateria no sistema de
eletrificação do powertrain e apresentou a bateria fabricada pela empresa em
fosfato de ferro e lítio, com características como baixa degradação de energia
e necessidade reduzida de refrigeração.
Marcelo
Gonçalves, coordenador de Projetos de Transporte da ABAL (Associação Brasileira
do Alumínio), apresentou os ganhos logísticos com o alumínio no transporte
rodoviário de carga destacando a importância da leveza que a aplicação do
material adiciona ao veículo e os ganhos de eficiência energética sem perda de
resistência mecânica em relação ao aço, entre outras vantagens, como a
reciclagem, que no caso do alumínio é ilimitada. Questionado sobre o custo do
material no Brasil, o engenheiro advertiu que na análise da relação
custo-benefício há larga vantagem na comparação com o aço.
Breno
Storch, do suporte técnico ao cliente da Arcelor Mittal, encerrou o ciclo de
apresentações falando do processo de fabricação de aços de ultra alta
resistência mecânica para veículos de carga.
Breno
mostrou estudos para a redução de peso desse material em chassis de
semirreboque, com resultados de 25% de redução de peso pelo uso de espessuras
menores sem prejuízo para a funcionalidade do chassis. Mostrou também reduções
de custo do material e de emissões de CO2. “As soluções existem e
estão disponíveis no Brasil”, afirmou. (ambienteenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário