domingo, 10 de dezembro de 2017

Fontes energética são desafios para a eficiência energética

Opções tecnológicas e fontes energética são desafios para a eficiência energética
Múltiplas opções tecnológicas e fontes de energia são desafios para a eficiência energética.
“Os Caminhos para atender aos novos requisitos do Programa ROTA 2030” foi o tema geral das apresentações “Manhãs de Tecnologia SAE BRASIL” na Fenatran 2017, no São Paulo Expo.
A multiplicidade de opções de tecnologias de powertrain, fontes alternativas de energia e formas de redução de peso foram apontadas pela maioria dos especialistas que participaram do evento como desafios da engenharia para a eficiência energética do futuro dos veículos comerciais.
Adriano Rishi, diretor executivo de Engenharia da Cummins, falou sobre os desafios para os fornecedores de powertrain, potencializados pelas atuais mudanças em que a customização aos mercados se consolida como tendência.
“Hoje temos múltiplas escolhas para as tecnologias e aplicações que atendem a particularidades de cada mercado, diversas fontes energéticas que precisam responder às questões ambientais e de custo”, apontou.
Para Rishi, além de estabelecer metas para as empresas neste momento de transição, é preciso garantir a viabilidade econômica na equação regulamentação–tecnologia. O especialista destacou ainda como crítica no Brasil a questão do armazenamento da energia alternativa aos combustíveis líquidos, cujas pesquisas evoluem rapidamente no exterior.
Na eletrificação de veículos comerciais, o cenário para ele é de que os totalmente elétricos serão adotados para curtas distâncias e passa por hibridização leve em algumas aplicações.
“Acreditamos que a tecnologia vem e que deve chegar de forma cadenciada ao mercado”, disse Flávio Costa, gerente de Marketing e Estratégia para a América do Sul da Ford, para quem há um longo caminho a percorrer até que as inovações cheguem ao mercado brasileiro.
Powertrain Subaru
O especialista enumerou tecnologias importantes e que já estão disponíveis, como alerta de fadiga do motorista, frenagem automática e sistema autônomo de corrige a saída involuntária de faixa do veículo: “O autônomo será realidade e sua evolução será gradativa. São os clientes que vão ditar o ritmo e as prioridades”.
Henrique Uhl, gerente regional de Mercado e Planejamento de Produto da Eaton, que apresentou a contribuição da transmissão automatizada para o aumento da eficiência energética, ressaltou a importância da integração de sistemas do veículo para esse resultado e afirmou: “No caminhão estamos no limite da eficiência mecânica da transmissão”.
Uhl citou ganhos de eficiência de até 99% em determinadas aplicações, com avanços no sistema de lubrificação da caixa e com o que chamou cérebro eletrônico, em que em interação com o motor, a caixa identifica inclinação de rampa, a aceleração, o torque necessário e o melhor momento para a troca de marcha.
Ele mostrou diferentes soluções da Eaton para a mesma finalidade, adequadas ao veículo. Disse que a automação é decisiva para a redução de consumo e se consolida como forte tendência no transporte.
Tendências em eletrificação foram o foco de Lauro Takabatake, diretor de Engenharia da BorgWarner, que apresentou o eTurbo, compressor acionado por motor elétrico, em desenvolvimento na Europa, que melhora a performance e a eficiência energética do motor e o e-Booster que pode operar como gerador recuperando a energia dispensada para carregar a bateria.
Takabatake destacou que o desenvolvimento de tecnologias para a otimização da eficiência energética por meio da recuperação de energia térmica liberada pelos sistemas do veículo é aposta forte em mercados europeus e que virá para o Brasil.

“Temos três sonhos verdes: geração de energia renovável, sistemas de armazenamento para essa energia e sua aplicação de forma renovável”, anunciou Gustavo Aleixo Saran, analista sênior de Pós-vendas da BYD do Brasil.
Tipos de Energia no Brasil - Gráfico 2017

Ele falou sobre a eletrificação do powertrain de veículos de carga, mostrou arquiteturas de veículos 100% elétricos e híbridos com itens dispostos em série e em paralelo. Também descreveu a importância da bateria no sistema de eletrificação do powertrain e apresentou a bateria fabricada pela empresa em fosfato de ferro e lítio, com características como baixa degradação de energia e necessidade reduzida de refrigeração.
Marcelo Gonçalves, coordenador de Projetos de Transporte da ABAL (Associação Brasileira do Alumínio), apresentou os ganhos logísticos com o alumínio no transporte rodoviário de carga destacando a importância da leveza que a aplicação do material adiciona ao veículo e os ganhos de eficiência energética sem perda de resistência mecânica em relação ao aço, entre outras vantagens, como a reciclagem, que no caso do alumínio é ilimitada. Questionado sobre o custo do material no Brasil, o engenheiro advertiu que na análise da relação custo-benefício há larga vantagem na comparação com o aço.
Breno Storch, do suporte técnico ao cliente da Arcelor Mittal, encerrou o ciclo de apresentações falando do processo de fabricação de aços de ultra alta resistência mecânica para veículos de carga.
Breno mostrou estudos para a redução de peso desse material em chassis de semirreboque, com resultados de 25% de redução de peso pelo uso de espessuras menores sem prejuízo para a funcionalidade do chassis. Mostrou também reduções de custo do material e de emissões de CO2. “As soluções existem e estão disponíveis no Brasil”, afirmou. (ambienteenergia)

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