Celesc
abre chamada pública para investir R$ 15 milhões em projetos de Eficiência
Energética e P&D.
Para
estimular a participação da sociedade no desenvolvimento de projetos nas áreas
de pesquisa e desenvolvimento e de eficiência energética, a Celesc está com
chamadas públicas abertas para iniciativas nessas áreas. Nos últimos anos, a
Empresa vem investindo cerca de R$ 60 milhões nos dois programas que, pela
primeira vez, tem inscrições realizadas integralmente via internet e dispensam
apresentação de documentos físicos.
Os
interessados têm até 05/01/2018 para inscrever os projetos de P&D e até 12/01/2018
para inscrições voltadas à eficiência energética.
Projetos
ligados à área de Pesquisa e Desenvolvimento devem ser voltados ao setor de
distribuição de energia elétrica, como temas de pesquisa ligados à robótica e à
Iot (internet das coisas), além de propostas que possam aprimorar os protótipos
desenvolvidos em pesquisas anteriores, possibilitando sua entrada no mercado.
O
diretor de Distribuição da Celesc, James Giacomazzi, destaca que “o programa
promove melhoria contínua de materiais e equipamentos e produtos, além de
trazer inovações tecnológicas para o setor elétrico que melhoram a qualidade e
a confiabilidade do sistema para toda a população”.
Entre
as melhorias adotadas pela empresa por meio de projetos desenvolvidos nesta
área, está a 1ª Sala de Treinamento Virtual para o setor elétrico do Brasil,
inaugurada em julho deste ano. A tecnologia inovadora no cenário brasileiro de
energia traz melhores condições de trabalho aos funcionários da empresa e
melhora a qualidade do serviço prestado à sociedade, pois simula possíveis
situações de risco e condições climáticas adversas para tornar o profissional
mais capacitado e a sua atuação mais segura.
Já
a chamada pública para projetos relacionados à Eficiência Energética
disponibilizará R$ 15 milhões para o financiamento dessas propostas, sendo R$ 8
milhões para as classes residencial e industrial — que são os maiores mercados
consumidores da Empresa —, e R$ 7 milhões para em comércio e serviços, poder
público, rural, serviços públicos e iluminação pública.
Giacomazzi
explica que a promoção de eficiência no setor energético é capaz de reduzir o
consumo em época de crise hídrica no Brasil, diminuindo a necessidade de fontes
de energia não-renováveis mais caras (como a termoelétrica), evitando o aumento
da fatura de energia ao consumidor.
A
ideia é que os projetos promovam o uso racional de energia e estimulem a adição
de novas tecnologias e de bons hábitos de consumo para combater o desperdício.
Para tanto, podem participar da seleção trabalhos que aprimorem as instalações
de uso final de energia elétrica, melhorando o desempenho energético de
equipamentos e sistemas de uso da energia elétrica, e que contemplem a geração
de energia elétrica a partir de fontes incentivadas — ou seja, com potência
instalada menor ou igual a 75 kW (para microgeração) ou com potência instalada
superior a 75 kW e menor ou igual a 1 MW (para minigeração), que utilize fontes
com base em energia solar, hidráulica, eólica, biomassa ou cogeração
qualificada. Mas atenção: trabalhos inovadores caracterizados como Projetos
Piloto ou Projetos de P&D não se aplicam a essa Chamada Pública.
Um
exemplo de iniciativa dessa área desenvolvida com sucesso é o programa Banho de
Energia, que há cinco anos vem sendo implementando na Serra Catarinense e teve
sua segunda e mais recente edição lançada no último mês de agosto.
Nesse
projeto o inventor e parceiro da Celesc, Alcino Alano, criou um sistema para
esquentar a água das residências reutilizando o calor desperdiçado pelas
chaminés dos fogões à lenhar, a partir da instalação de um trocador de calor.
A
água aquecida é armazenada em um reservatório térmico e pode ser distribuída
aos chuveiros e torneiras. Outro benefício do sistema é a ampliação da
eficiência do fogão, que permite a economia de lenha e a redução da emissão de
cinza e de fuligem.
Em
sua primeira edição, o programa gerou economia de 1.500 Mwh/ano, suficiente
para abastecer cerca de sete mil residências por mês, e reduziu em mais de
700 kWh o consumo nos horários de ponta.
Dona Marlene Lima, moradora de Urupema, conta que sua conta já percebe uma redução de 20% em sua conta de luz. “Essa economia faz uma grande diferença no orçamento doméstico. O dinheiro que sobra podemos investir em outras necessidades da casa ou da propriedade”, conta. (ambienteenergia)
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