A região Nordeste concentra as maiores áreas com
risco hídrico no Brasil. Em especial, nas bacias dos rios Jaguaribe, no Ceará,
e Paraíba. Essa é a primeira conclusão de quem acessa a Ferramenta de Risco
Hídrico (WRF), sistema que reúne dados sobre a situação da água nas 400 maiores
bacias hidrográficas do mundo, desenvolvido pela ONG WWF. Na semana passada, a
organização lançou a versão brasileira da plataforma, que traz mais de 100
indicadores de risco hídrico. A iniciativa é voltada para empresas, que podem
consultá-la gratuitamente. O sistema traz recortes de dados por setores
específicos, como agronegócio e indústria de bebidas, e está sendo ampliado
para detalhar os dados de cada país, sendo que o Brasil é um dos dez primeiros
a ter seu próprio mapa.
Na ferramenta, os riscos são apresentados por meio
de cores. É possível ver que os maiores problemas estão concentrados numa faixa
que vai do Ceará até Sergipe. Mas também há riscos em parte da Bahia e de Minas
Gerais, em especial nas bacias dos rios São Francisco, Vaza Barris e Paraguaçu.
Segundo a WWF, antes do lançamento da versão brasileira, a ferramenta global já
havia sido utilizada para avaliar o risco de mais de dois mil locais no País, o
que indica uma grande demanda por esse tipo de informação. A ONG ressalta que,
no mundo, a expectativa é de um déficit de água que pode chegar a 40%, em 2030.
O Fórum Econômico Mundial lista a água como um dos maiores riscos globais, nos
próximos seis anos. Apesar de ter a maior reserva de água doce do planeta, o
Brasil não está livre dessa realidade. (istoedinheiro)
Nenhum comentário:
Postar um comentário