Micromercado de energia solar
com big data é tendência e movimentará o setor.
Este será o menor mercado de
eletricidade do mundo.
Em meados de dezembro, a
empresa National Grid ligará o interruptor de um sistema de negociação
automatizada que pagará hospitais e instalações de pesquisa do Campus Médico de
Buffalo Niagara pela venda da eletricidade gerada por seus painéis solares,
baterias ou outros geradores a consultórios médicos e empresas — o primeiro
mercado de energia já projetado dentro da área de atendimento de uma única
distribuidora.
O micromercado é um exemplo
do efeito Uber e utiliza big data para monetizar melhor ativos pequenos. A
mesma tecnologia pode ser usada para ajudar proprietários de residências a
vender eletricidade de painéis solares instalados em seu telhado aos vizinhos e
pode ser parte importante do plano do governador de Nova York, Andrew Cuomo,
para obter metade da energia do estado de fontes renováveis até 2030.
“Isso forçará mudanças nas
distribuidoras, no planejamento e nas operações delas”, disse John Rhodes,
presidente do conselho da Comissão de Serviços Públicos de Nova York. “Isso é
fundamental para desenvolver inovações para os consumidores.”
O mercado se baseará no preço
da energia para o dia seguinte do Operador do Sistema Independente de Nova
York, computando dados como previsões meteorológicas, histórico de uso e
produção atual para definir um preço para uma hora de eletricidade proveniente
de diversos ativos geradores no campus de 48 hectares. Diferentemente dos
mercados atacadistas, que fornecem gigawatts de energia a diferentes estados,
este comercializará entre 5 megawatts e 10 megawatts no campus do centro de
Buffalo.
Possibilitar a concorrência
entre diferentes sistemas pelo fornecimento de energia levará a uma matriz mais
econômica, disse Keyvan Cohanim, diretor comercial da Opus One Solutions,
empresa de tecnologia de redes inteligentes que desenvolveu o micromercado.
‘Incentivo natural’
“Tudo
se resume a ajudar as empresas públicas a levar uma energia mais distribuída à
rede”, disse ele. “Este mercado proporcionará um incentivo natural para a
criação de uma rede descentralizada e mais resiliente.”
Após a devastação sofrida
pela rede elétrica de Porto Rico e por algumas regiões do sudeste dos EUA
devido à temporada de furacões extraordinariamente ativa, as microrredes são
vistas cada vez mais como o caminho a seguir para ajudar a manter as luzes acesas.
A adição de um mercado à
microrrede também tornará mais eficiente a operação da rede pelas
distribuidoras de energia e eliminará ou atrasará o investimento em novas
grandes usinas de combustíveis fósseis, subestações e fios, disse Rhodes.
A National Grid, a
distribuidora local, deverá perder alguma receita após a abertura do
micromercado porque o campus poderá usar mais energia de seus próprios ativos e
menos da rede. A empresa, em vez disso, receberá comissões para participar do
mercado, segundo Fouad Dagher, diretor de desenvolvimento de soluções da
empresa de serviços públicos.
“Esta é uma oportunidade para
os nossos clientes participarem do mercado”, disse Dagher, em conferência do
setor. “Qualquer pessoa com um ativo de energia — ou disposição para reduzir a
demanda quando necessário — pode participar. Qualquer forma de energia ou carga
é bem-vinda.” (ambienteenergia)
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