Brasileiros poderiam ter
economizado R$ 2 bi na conta de luz com energia solar.
Levantamento feito pela
Absolar aponta que os nordestinos seriam os mais beneficiados, caso o governo
federal tivesse iniciado as contratações do formato em 2013.
A população brasileira deixou
de economizar, em pouco mais de quatro anos, mais de R$ 2 bilhões na conta de
energia devido à não inclusão da energia solar fotovoltaica na matriz elétrica
nacional. O levantamento, feito pela Associação Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica (Absolar) aponta, ainda, que a maior parte dessa economia seria
sentida pelos nordestinos, que nos últimos anos dependem bastante das usinas
termelétricas – mais caras e poluentes – para atender à demanda.
O estudo toma como base o
período entre janeiro de 2013 e maio de 2017. “O governo fez os primeiros
leilões de energia solar apenas em 2014 e os primeiros parques estão entrando
em operação neste ano. Se esses parques tivessem começado a operar em 2013, a
economia seria grande, porque o modal ajudaria a diminuir os custos com as
termelétricas”, explica Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar. Segundo ele, as
estimativas de economia chegam até a R$ 8 bilhões.
Ele diz que o Nordeste seria
mais beneficiado porque a região é a que mais sofre com a queda do nível nos
reservatórios das usinas hidrelétricas e, consequentemente, faz muito uso das
usinas termelétricas, movidas a óleo diesel. “O Brasil acabou de acionar o
patamar dois da bandeira tarifária vermelha. As termelétricas mais caras estão
em funcionamento para atender ao Nordeste e outras regiões do país”. Iniciado
em outubro, o patamar dois acrescenta R$ 3,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh).
Foi a primeira vez que o patamar foi acionado desde que a bandeira vermelha passou
a contar com duas graduações.
Para gerar a economia, seria necessário que, entre 2013 e 2017, fossem produzidos 4 Gigawatts de potência. O presidente explica que até o fim do ano a expectativa é de que os projetos de energia solar fotovoltaica somem 1 Gigawatt. “Se os projetos tivessem iniciado em 2013, num volume (de contratação do modal) recomendado pelo setor, que é de 2 gigawatts por ano, nós já teríamos ultrapassado os 4 Gigawatts e a economia seria maior”, diz.
Além do benefício econômico,
o estudo da Absolar aponta que haveria também ganhos para o meio ambiente. O
levantamento aponta que entre 15,4 e 17,9 milhões de toneladas de dióxido de
carbono deixariam de ser lançados na atmosfera. O quantitativo é equivalente ao
reflorestamento de uma área maior que a cidade de Belo Horizonte. Estudo
entregue ao ministro de Minas e Energia, Fernando Filho em 17/10/17.
(diariodepernambuco)
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