quinta-feira, 30 de abril de 2020

Créditos de Carbono e Energia Renovável

Créditos de Carbono e Energia Renovável: entenda por que cada vez mais empresas estão investindo nessa solução.
Seja na compra de energia gerada por fontes renováveis, seja na aquisição de certificados que podem fazer a compensação, há opções para todas as organizações
A palavra é estranha mesmo: “descarbonizar”. Mas o que é isso, afinal? E o que tem a ver com você? O uso de combustíveis fósseis, seja de carros (gasolina ou óleo diesel), seja nas indústrias (óleo combustível, gás natural, GLP), gera emissão de dióxido de carbono (CO2) no meio ambiente, que é um dos gases que provoca o efeito estufa.
Um relatório elaborado pelo Instituto do Desenvolvimento Sustentável e Relações Internacionais mostrou como os 15 países que mais emitem esses gases, entre eles o Brasil, podem baixar drasticamente a concentração de dióxido de carbono e demais gases de efeito estufa em suas atividades até 2050 e ajudar a evitar o aumento da temperatura do planeta em mais de 2°C, conforme estabelecido pelo acordo da ONU em Paris na COP 21.
O caminho para um mundo mais sustentável passa pela “descarbonização”, que significa evitar o uso de combustíveis fósseis e aumento da eficiência energética em seus processos, diminuindo sua intensidade de carbono. No caso das empresas, o conceito está diretamente associado ao desenvolvimento de ações com foco na transição para uma economia de baixo carbono.
Além de garantir um ambiente com menores danos de efeitos climáticos extremos (secas, enchentes, furações, proliferação de doenças etc) para as futuras gerações, empresas que investem em sustentabilidade têm benefícios imediatos, entre eles, o desenvolvimento da imagem e a geração de valor agregado para os negócios. Para alcançar o objetivo de minimizar a pegada de carbono, existem diferentes meios e estratégias que podem ser adotados.
Compra de créditos de carbono
Créditos de carbono ou reduções certificadas de emissões (CERs – Certified Emission Reductions) são certificados emitidos para projetos registrados no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto, estabelecido pela Convenção do Clima da ONU vigente desde 2005, pela redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
O intuito da compra e venda de créditos é permitir que empresas que ainda não adotam soluções de redução da emissão possam compensar a produção de dióxido de carbono, estimulando o desenvolvimento sustentável. As empresas podem comprar créditos de carbono de projetos que investem em ações para reduzir as emissões de GEE e, com isso, diminuem seu impacto no aquecimento global e melhoram a imagem por estarem associadas a ações sustentáveis. Cada crédito adquirido equivale a uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitido.
Para estarem aptos a gerar créditos de carbono, os projetos precisam estar em concordância com as regras estabelecidas pelo regulamento deste mecanismo. Com 22 projetos registrados no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) estabelecido pela ONU no Protocolo de Kyoto – 12 deles no Brasil – a ENGIE oferece não apenas a venda de crédito de carbono para zerar as emissões das empresas, mas, também, diferentes soluções para a descarbonização e aumento da eficiência energética em seus processos, como o ENGIE-REC.
ENGIE-REC
Uma das formas de investir em uma efetiva descarbonização é substituir a eletricidade gerada em usinas térmicas movidas a combustíveis fósseis por fontes renováveis, como a energia eólica e solar. O ENGIE-REC consiste em contratos de fornecimento de energia renovável no Mercado Livre de Energia com garantia de origem renovável. Na prática, significa que grandes entidades industriais ou comerciais têm a certificação de que a energia consumida é gerada nas usinas eólicas, hidrelétricas ou solares da ENGIE.
Ao contratar o ENGIE-REC, o consumo de energia atendido pelo contrato terá a garantia de compra de energia 100% renovável, sem emissão de gases de efeito estufa. Além de estimular a geração de energia de baixo carbono, o certificado é uma forma de promover as ações de sustentabilidade socioambiental que envolvem as comunidades onde as Usinas estão localizadas.
I-REC
Toda energia produzida – renovável ou não – é direcionada para o Sistema Interligado Nacional (SIN) e percorre uma rede de transmissão até chegar ao consumidor. Por se tratar de um sistema interligado, é impossível para uma empresa medir quanto da energia que consome é renovável. É aí que entra o I-REC.
Na prática, o I-REC é um certificado que garante que a energia consumida por uma empresa foi gerada a partir de uma fonte renovável como o sol, vento, água e biomassa. O certificado é adotado por empresas que querem neutralizar as emissões do Escopo 2, que se refere à energia que é consumida pela própria empresa. Assim, quando um consumidor adquire um I-REC, independentemente do fornecedor de uma empresa que possui usinas que geram energia renovável, ele se apropria, por meio de um certificado, de uma parcela dessa energia que foi injetada no sistema. Cada I-REC equivale a 1 MWh de energia elétrica renovável.
Os certificados são uma forma de compensar emissões, estimular a produção de energia renovável e fomentar as ações de responsabilidade socioambiental. As soluções oferecidas pela ENGIE estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU – Organização das Nações Unidas. São 17 ODS que compõem uma agenda global e devem ser implantados até 2030. (canalenergia)

Geração solar bate novo recorde em março/2020

A geração solar fotovoltaica bateu novo recorde de produção instantânea em 06/03/2020, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico.
O recorde foi registrado às 12h04, quando foram gerados 1.378 MW. Esse montante é suficiente para atender 11,8% da carga do Nordeste. O recorde anterior havia ocorrido no dia 27 de fevereiro, quando foram gerados 1.357 MW. (canalenergia)

PL quer que mistura obrigatória de biodiesel chegue a 20%

PL quer que mistura obrigatória de biodiesel chegue a 20% até 2028.
Os fabricantes de biodiesel hoje sabem que têm mais três anos pela frente até que a mistura obrigatória atinja o teto legal de 15% em 2023. Depois disso o futuro do setor volta a ficar nebuloso. Mas se o Projeto de Lei 528/2020, de autoria do deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS), vier a prosperar ficará aberto o caminho para que a indústria continue avançando ao ritmo de um ponto percentual ao ano até chegar a 20% de biodiesel adicionado ao diesel mineral a partir de março de 2028.
O PL foi protocolado em 04/03/2020 por Goergen que é presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (Frentebio). Essa não é a única proposta que a Frentebio está trabalhando no Congresso. (biodieselbr)

terça-feira, 28 de abril de 2020

Universidade Federal MA instala painéis solares e economiza na conta de luz

Universidade Federal do Maranhão vai instalar painéis de energia solar para economizar na conta de luz.
Sistema fotovoltaico proporcionará uma economia entre 5% e 10% ao mês para a instituição
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) acaba de anunciar a implantação de sistemas de energia solar em seu campus. O contrato com a empresa Obras Sol Eletrificações para a instalação dos geradores fotovoltaicos foi assinado no dia 20 de fevereiro pelo reitor Natalino Salgado. A iniciativa tem por objetivo diminuir os gastos com energia elétrica.
Segundo o reitor, com previsão de iniciar a operação em abril, a instalação das placas para captação de energia solar faz parte de uma série de ações que serão implantadas, a fim de que a Universidade se torne um espaço mais sustentável.
“O sistema é uma alternativa para que os custos com energia elétrica sejam barateados, sem contar que é a melhor opção para usarmos energia limpa e contribuirmos com a sustentabilidade”, acrescentou Salgado.
O contrato prevê a aquisição de kits para a geração de energia fotovoltaica. A economia gerada pelos painéis fotovoltaicos, segundo o superintendente de infraestrutura da UFMA, Wener Santos, será em torno de 5% a 10% ao mês, com energia elétrica. Hoje, o cujo consumo anual da universidade é de aproximadamente R$ 15 milhões.
A assinatura do acordo ocorreu por meio do termo de adesão da UFMA a uma ata federal. “A UFMA se tornará um dos principais pontos de captação de energia solar de São Luís”, afirmou Wener Santos, acrescentando que para isso, foi realizado o mapeamento dos prédios que mais consomem energia no campus para iniciar por eles a instalação. O planejamento do cronograma de instalação e as tarefas para execução teve colaboração dos professores Clóvis Oliveira e Vilemar Gomes, do Departamento de Engenharia Elétrica e do Instituto de Engenharia Elétrica.
Diversos órgãos públicos brasileiros, assim como consumidores residenciais, comércios e outros empreendimentos estão apostando no uso de energia solar para economia na conta de luz e também para contribuir com a sustentabilidade. Com isso, a energia solar no Brasil deve terminar 2020 com uma potência de aproximadamente 4GW entre geração distribuída (GD) e geração centralizada (GC), gerando cerca de R$ 20 bilhões de novos investimentos no setor. Esse resultado vai contabilizar mais de 120 mil novos empregos somente neste ano, um média de 332 novos postos de trabalho por dia.
O crescimento da fonte solar será impulsionado pela GD (que é produzida pelos usuários individuais em suas próprias residências e posteriormente compartilhadas com a rede local) que deverá terminar o ano triplicando sua potência instalada, chegando a 5,4 GW. (portalsolar)

Solar e eólica lideram leilões globalmente

Solar e eólica lideram leilões globalmente, diz Irena.
Segundo agência, fontes possuem alta competitividade nos certames.
A energia solar fotovoltaica e eólica são as protagonistas dos leilões mundiais, garantido a competitividade dessas modalidades de geração, conforme aponta um estudo lançado esta semana pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês). Ainda segundo o estudo, mesmo que, de maneira mais lenta, os preços da solar mantiveram pelo mundo quedas consecutivas, enquanto a energia eólica onshore mostrou um preço médio global de leilão um pouco mais alto em 2018 em comparação com o ano anterior.
Saiba mais: Usina Solar
O estudo ‘Renewable energy auctions: status and trends beyond price’ (ou leilões de energia renovável: status e tendências além do preço) destaca que, à medida que o setor de energia renovável amadurece, as políticas devem ser adaptadas para refletir as mudanças nas condições do mercado. O preço competitivo é ponto principal para a popularidade dessas fontes de energia limpa.
Dessa forma, segundo o estudo, os formuladores de políticas buscam adquirir nos leilões de energia com base em fontes de energia renovável, o menor preço e cumprir objetivos socioeconômicos em seus países.
Mas segundo o Irena, além do preço atrativo, a combinação desses leilões com políticas financeiras, industriais, trabalhistas e educacionais pode contribuir para o cumprimento de objetivos socioeconômicos mais amplos, apoiando uma transição energética justa e inclusiva.
O foco da publicação gira em torno de como realizar leilões para atingir objetivos que vão além de preços competitivos. Segundo a entidade, além de adquirir energia pelo menor valor, se os certamos forem projetados de formas inovadoras poderão ajudar a alcançar objetivos nacionais específicos, como aumentar a energia solar e eólica, integrar participações mais altas dessas fontes na rede, garantir maior participação de comunidades, pequenas empresas ou novos entrantes no mercado e maximizar os benefícios das fontes, incluindo a criação de empregos.
O Brasil também colaborou com o estudo, com o apoio de Luiz Barroso, Gabriel Cunha, João Pedro, Ana Beatriz Carvalho Werlang, Juliana Xavier e Bernardo Bezerra, da consultoria PSR. Apesar disso, o país ainda está em processo de adesão para se tornar membro efetivo da associação.

Mercado de energia solar triplicou no Brasil no último ano

O Brasil é um país de grande irradiação solar e a cada dia que passa a população está mais consciente e disposta a aproveitar melhor essa possibilidade.
Prova disso é que em 2019 o número de instalações de sistemas de energia solar fotovoltaica triplicou (114 mil sistemas) em relação ao ano de 2018 (35 mil sistemas).
Hoje, quase 196 mil brasileiros já usufruem da tecnologia para obter redução de até 95% nas contas de luz e proteção contra aumento no preço da energia elétrica.
De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Greener, 92,7% desses consumidores alegam ter optado pelo sistema pela economia mensal na conta.
Somente no estado de São Paulo, o número de instalações em 2019 cresceu mais 185%, sendo 177,8% em painel solar residencial, 216,4% no comercial e 256,8% em áreas rurais.
De acordo com Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), mesmo avançando no setor, o Brasil ainda tem um número de sistemas pequeno e está uma década atrasado.
Sendo o país com o maior potencial para a produção de energia solar em todo o mundo, com clima amplamente favorável à geração solar, a previsão do órgão é que o número de sistemas conectados à rede cresça 170% este ano e atinja 887 mil em 2024.
As instalações em 2020 também devem atrair investimentos três vezes maiores que em 2019, podendo chegar a 16,4 bilhões de reais.
De acordo com Adalberto Maluf, diretor de marketing e sustentabilidade da empresa chinesa BYD; 2020 será o ano da energia fotovoltaica no brasil.
Consequentemente, empresários apostam na franquia fotovoltaica como modelo de negócio em alta no mercado brasileiro durante os próximos anos.
O número de empresas especializadas no Brasil ainda é pequeno, mas tende a crescer junto com o segmento e ser uma das grandes apostas de investimento para empreendedores. (ecodebate)

domingo, 26 de abril de 2020

AES Tietê inicia piloto para reciclar uso de placas solares

Equipamentos usados estão sendo aplicados na eletrificação de cerca ao redor de uma área de preservação ambiental na região da UHE.
Promissão
Os colaboradores da AES Tietê deram início a um projeto-piloto que tem como objetivo recuperar e reutilizar placas solares descartadas do Complexo Solar Guaimbê. A experiência começou em dezembro do ano passado, por iniciativa da equipe da empresa que atua na área de condicionantes ambientais, que identificou o potencial de reuso do material já recuperado da usina.
Segundo a coordenação, o projeto visa adaptar as placas recuperadas e utilizá-las como fonte geradora de energia para as cercas elétricas localizadas no entorno de uma Área de Preservação Permanente (APP) do reservatório da UHE Promissão (SP, 264 MW).
No processo tradicional de descarte as placas são encaminhadas conforme as determinações da legislação vigente (Lei nº12.305/2010), na qual os componentes são separados e enviados para reciclagem. Um documento regulamentado posteriormente, o decreto nº 7.404/2010 consolida as diretrizes sobre gerenciamento de resíduos sólidos e delega responsabilidade da gestão de resíduos perigosos, proveniente de equipamentos elétricos e eletrônicos, aos geradores.
A escolha do local também foi definida estrategicamente, visto que uma única placa foi suficiente para eletrificar 50 quilômetros de cerca que protege cinco hectares da área, em fase de restauração ecológica.
Segundo o Engenheiro de Meio Ambiente da AES Tietê, Emerson Viveiros, depois da implantação da cerca elétrica alimentada pelas placas solares não houve mais degradação da área pelo rebanho da região. Agora a ideia é replicar o projeto. O procedimento reduzirá a geração de resíduos decorrentes do descarte das placas, além de contribuir com a sociedade na questão de preservação ambiental.
Um estudo divulgado pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) em 2016 apontou que mais de 78 milhões de toneladas de equipamentos fotovoltaicos serão acumuladas mundialmente até 2050. No entanto, a pesquisa acrescenta que se as placas solares forem recicladas e inseridas novamente no mercado, o valor dos equipamentos pode superar US$ 15 bilhões.
No Complexo Solar Guaimbê, a intenção é expandir as alternativas de reutilização dos equipamentos. Futuramente, o objetivo da geradora é o de ampliar a capacidade de geração de energia da placa, a fim de que os produtores rurais da região possam utilizar no sistema de manejo do pasto. (canalenergia)

Energias renováveis suprirão 57% da geração elétrica mundial em 2030

Energias renováveis podem suprir 57% da geração elétrica mundial em 2030.
Na última década, os preços competitivos das fontes de energia renováveis fizeram com que a sua capacidade mundial crescesse de forma impressionante em todo o mundo.
Em 2018, elas responderam por 62% de toda a nova capacidade elétrica instalada no mundo, segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês).
As novas tecnologias energéticas e a aceleração desse crescimento poderão tornar as renováveis líderes da matriz elétrica mundial durante os próximos 10 anos, afirma a agência.
Os dados estão na sua publicação 10 years: progress to action (10 anos: progresso para ação), lançado em janeiro, na qual apresenta o histórico da última década e as soluções para o futuro.
Com um total aproximado de 2,4 Terawatts (TW) instalados até o final 2019, a agência estima que essa capacidade pode chegar a 7,7 TW até 2030, respondendo por 57% da geração de energia em todo o mundo.
Os números englobam tanto a produção em grandes usinas, quanto a autogeração em casas e empresas, como no uso de painel solar residencial.
Para atingir isso, a IRENA afirma que o investimento anual em renováveis deve dobrar dos U$ 329 bilhões aproximados em 2018, para U$737 bilhões em 2030.
Com os preços das renováveis ganhando cada vez mais competitividade em relação ao dos combustíveis fósseis, esse redirecionamento dos investimentos se torna cada vez mais possível.
As fontes solar fotovoltaica e eólica, especialmente, registraram quedas substanciais em seus preços entre 2010 e 2019, sendo 87% e 46%, respectivamente.
Na próxima década, a IRENA estima que seus custos serão os mais competitivos entre as tecnologias de geração, puxando o crescimento dessas fontes que, sozinhas, poderão suprir 1/3 da demanda elétrica mundial.
O número de empregos no setor mundial de renováveis, que cresceu cinco vezes na última década, também irá crescer e atingir 30 milhões até 2030, segundo a publicação.
A maior demanda estará entre os setores solares e eólico, que deverão empregar cerca de 11,7 e 3,5 milhões de trabalhadores, respectivamente.
Por fim, o estudo aborda as diversas soluções energéticas que ajudaram a expandir o uso das renováveis no mundo e o seu papel no crescimento estimado para a próxima década.
Os carros elétricos, que hoje são pouco mais de 6 milhões em todo o mundo, deverão atingir a marca de 157 milhões em 2030.
A capacidade mundial instalada de baterias de armazenamento também deverá apresentar um salto devido a queda de até 61% em seus custos, atingindo mais de 180 Gigawatts-hora.
Finalmente, a autogeração dos “prosumidores” através de painéis solares irá crescer exponencialmente durante o período, subindo de mais de 200 GW em 2019 para 1 TW em 2030. (ecodebate)

Sete Quedas recebe casas do Minha Casa Minha Vida com energia solar

Sete Quedas (MS) recebe unidades do Minha Casa Minha Vida com energia solar.
Foram entregues 100 residências com investimento total de R$ 8,2 milhões.
O município de Sete Quedas (MS) recebeu 100 unidades do programa Minha Casa Minha Vida, entregues pelo Governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), em fevereiro. As casas ficam na entrada da cidade e contam infraestrutura sustentável, como sistema de captação da água da chuva e aproveitamento de energia solar, garantindo economia de água e energia elétrica.
A maior parte do investimento de R$ 8,2 milhões é proveniente do governo Federal, sendo R$ 1,56 milhão de recursos próprios do Governo do Estado e outra parcela da prefeitura.
“Essa possibilidade só ocorreu com a parceria entre Prefeitura, Governo do Estado e Governo Federal”, explicou Azambuja.
As habitações foram construídas para atender famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil, por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo Federal. “Somente em obras no nosso município já foram investidos quase R$ 50 milhões”, destacou o prefeito de Sete Quedas, Chico Piroli.
Durante evento de inauguração das habitações, o governador anunciou que em março vai lançar em março, um pacote de recursos de pelo menos R$ 3 bilhões para a construção da pista de caminhada na Avenida Nacional e para o Clube do Laço, estação de tratamento e rede coletora, além de recapeamento das vias mais antigas.
Segundo o governador, em saneamento e recapeamento de vias urbanas já foram investidos R$ 5 milhões.
Participaram também da entrega das habitações os secretários Eduardo Riedel (Segov) e Sérgio de Paula (Articulação Política), diretora-presidente da Agehab, Maria do Carmo Avesani Lopez, presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa, além de diversos prefeitos do Conesul, secretários municipais e vereadores, entre outras autoridades.
São 50 unidades no Residencial Itaporã I e 50 no Residencial Itaporã II, todas com infraestrutura completa: asfalto, água, energia elétrica e sistema de aquecimento solar. (portalsolar)

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Créditos de Carbono e Energia Renovável

Créditos de Carbono e Energia Renovável: entenda por que cada vez mais empresas estão investindo nessa solução.
Seja na compra de energia gerada por fontes renováveis, seja na aquisição de certificados que podem fazer a compensação, há opções para todas as organizações.
A palavra é estranha mesmo: “descarbonizar”. Mas o que é isso, afinal? E o que tem a ver com você? O uso de combustíveis fósseis, seja de carros (gasolina ou óleo diesel), seja nas indústrias (óleo combustível, gás natural, GLP), gera emissão de dióxido de carbono (CO2) no meio ambiente, que é um dos gases que provoca o efeito estufa.
Um relatório elaborado pelo Instituto do Desenvolvimento Sustentável e Relações Internacionais mostrou como os 15 países que mais emitem esses gases, entre eles o Brasil, podem baixar drasticamente a concentração de dióxido de carbono e demais gases de efeito estufa em suas atividades até 2050 e ajudar a evitar o aumento da temperatura do planeta em mais de 2°C, conforme estabelecido pelo acordo da ONU em Paris na COP 21.
O caminho para um mundo mais sustentável passa pela “descarbonização”, que significa evitar o uso de combustíveis fósseis e aumento da eficiência energética em seus processos, diminuindo sua intensidade de carbono. No caso das empresas, o conceito está diretamente associado ao desenvolvimento de ações com foco na transição para uma economia de baixo carbono.
Além de garantir um ambiente com menores danos de efeitos climáticos extremos (secas, enchentes, furações, proliferação de doenças etc) para as futuras gerações, empresas que investem em sustentabilidade têm benefícios imediatos, entre eles, o desenvolvimento da imagem e a geração de valor agregado para os negócios. Para alcançar o objetivo de minimizar a pegada de carbono, existem diferentes meios e estratégias que podem ser adotados.
Compra de créditos de carbono
Créditos de carbono ou reduções certificadas de emissões (CERs – Certified Emission Reductions) são certificados emitidos para projetos registrados no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto, estabelecido pela Convenção do Clima da ONU vigente desde 2005, pela redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
O intuito da compra e venda de créditos é permitir que empresas que ainda não adotam soluções de redução da emissão possam compensar a produção de dióxido de carbono, estimulando o desenvolvimento sustentável. As empresas podem comprar créditos de carbono de projetos que investem em ações para reduzir as emissões de GEE e, com isso, diminuem seu impacto no aquecimento global e melhoram a imagem por estarem associadas a ações sustentáveis. Cada crédito adquirido equivale a uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitido.
Para estarem aptos a gerar créditos de carbono, os projetos precisam estar em concordância com as regras estabelecidas pelo regulamento deste mecanismo. Com 22 projetos registrados no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) estabelecido pela ONU no Protocolo de Kyoto – 12 deles no Brasil – a ENGIE oferece não apenas a venda de crédito de carbono para zerar as emissões das empresas, mas, também, diferentes soluções para a descarbonização e aumento da eficiência energética em seus processos, como o ENGIE-REC.
ENGIE-REC
Uma das formas de investir em uma efetiva descarbonização é substituir a eletricidade gerada em usinas térmicas movidas a combustíveis fósseis por fontes renováveis, como a energia eólica e solar. O ENGIE-REC consiste em contratos de fornecimento de energia renovável no Mercado Livre de Energia com garantia de origem renovável. Na prática, significa que grandes entidades industriais ou comerciais têm a certificação de que a energia consumida é gerada nas usinas eólicas, hidrelétricas ou solares da ENGIE.
Ao contratar o ENGIE-REC, o consumo de energia atendido pelo contrato terá a garantia de compra de energia 100% renovável, sem emissão de gases de efeito estufa. Além de estimular a geração de energia de baixo carbono, o certificado é uma forma de promover as ações de sustentabilidade socioambiental que envolvem as comunidades onde as Usinas estão localizadas.
I-REC
Toda energia produzida – renovável ou não – é direcionada para o Sistema Interligado Nacional (SIN) e percorre uma rede de transmissão até chegar ao consumidor. Por se tratar de um sistema interligado, é impossível para uma empresa medir quanto da energia que consome é renovável. É aí que entra o I-REC.
Na prática, o I-REC é um certificado que garante que a energia consumida por uma empresa foi gerada a partir de uma fonte renovável como o sol, vento, água e biomassa. O certificado é adotado por empresas que querem neutralizar as emissões do Escopo 2, que se refere à energia que é consumida pela própria empresa. Assim, quando um consumidor adquire um I-REC, independentemente do fornecedor de uma empresa que possui usinas que geram energia renovável, ele se apropria, por meio de um certificado, de uma parcela dessa energia que foi injetada no sistema. Cada I-REC equivale a 1 MWh de energia elétrica renovável.
Os certificados são uma forma de compensar emissões, estimular a produção de energia renovável e fomentar as ações de responsabilidade socioambiental. As soluções oferecidas pela ENGIE estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU – Organização das Nações Unidas. São 17 ODS que compõem uma agenda global e devem ser implantados até 2030.
A ENGIE está comprometida com o desenvolvimento sustentável e sua empresa pode estar também. Conheça as soluções para descarbonização oferecidas pela empresa. (canalenergia)

5 fatores que influenciam no preço final do seu projeto de energia solar

Geradores são projetados exclusivamente para cada imóvel e tem valor de acordo com seu consumo e características.
Segundo pesquisa realizada ano passado pelo ibope inteligência, 93% da população quer gerar a própria energia limpa em suas casas.
Entre todas as tecnologias de geração disponíveis, as placas de energia solar lideram invictas o segmento de geração distribuída desde a sua criação, em 2012.
Hoje, mais de 191 mil estabelecimentos no país já produzem sua própria energia pela luz do sol através de painéis solares.
Essa forte popularização puxa a queda dos preços da tecnologia para os consumidores, que ainda contam com dezenas de linhas de financiamento para energia solar.
No entanto, para trazer a economia de até 95% na conta de luz, o sistema deve ser projetado exclusivamente para cada imóvel.
O dimensionamento requer a análise de alguns pontos que influenciam diretamente no preço final do projeto.
Confira abaixo os 5 principais deles:
#1 Consumo elétrico
Um sistema solar deve ser capaz de atender todo o consumo elétrico do imóvel, seja uma casa, empresa, agronegócio ou indústria.
Portanto, quanto mais energia esse imóvel consumir, maior será o tamanho do sistema necessário para suprir essa demanda.
A quantidade de placas solares e demais equipamentos deve ser corretamente calculada para que a potência final do sistema seja suficiente.
Por fim, o tamanho final do sistema também irá determinar a quantidade de mão de obra (instaladores) necessários na instalação.
Tudo isso impacta diretamente no custo final do projeto fotovoltaico.
#2 Radiação Solar Local
Placas solares geram energia a partir da conversão da luz do sol, então sua produção está diretamente associada a quantidade dessa.
Embora seja a fonte alternativa de energia mais abundante no Brasil, a luz solar não se apresenta de forma igual em todas as partes do país.
Assim, quanto mais radiação incidir no local de instalação, maior será a geração do painel, enquanto lugares com menos luz demandam maior número de placas.
#3 Direção e inclinação do Telhado
Outro fator relacionado a quantidade de luz que chega no painel solar é a direção e inclinação do telhado.
A direção ideal para as instalações solares no Brasil, e em todos os países do hemisfério Sul, é o Norte, sendo o oposto em países do hemisfério boreal.
Já o ângulo de inclinação ideal do telhado deve ser o mesmo da latitude onde está localizado o imóvel, ou menor.
Assim, quando necessário, a correção da direção e do ângulo do painel solar é feita através de estruturas de suporte que, em alguns casos, impactam no valor final do sistema.
#4 Sombreamento
As sombras que podem ocorrer sobre o painel solar também são um fator analisado no dimensionamento que influencia o seu tamanho e, consequentemente, o preço final do projeto.
Prédios, árvores, postes e quaisquer outros elementos que possam projetar sombreamento sob as placas devem ser considerados na hora de execução do projeto.
#5 Tipo de telha e estrutura do telhado
Por fim, o último fator que impacta no valor da instalação de energia solar é o tipo de telha e estrutura do telhado que receberá o painel.
Os diferentes tipos de telhados, como metálico, fibrocimento ou cerâmico, demandam diferentes tipos de suporte para placa solar e materiais para sua fixação.
A estrutura de fixação do painel solar, tanto para telhados como para montagem sobre o solo, é um item fundamental da instalação de energia solar. (ecodebate)

Reservatório Billings em São Paulo recebe teste da 1ª usina solar flutuante

Reservatório Billings, na cidade de São Paulo, recebe teste de a primeira usina solar fotovoltaica flutuante.
Usina solar fotovoltaica flutuante – Uso da tecnologia inédita na capital paulista começa a operar neste mês.
Com o objetivo de desenvolver fontes alternativas e sustentáveis na geração de energia elétrica, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, por meio da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE), concluiu, em parceria com a Sunlution Soluções em Energia Ltda, a instalação da primeira usina fotovoltaica flutuante da cidade de São Paulo. O projeto piloto começou a operar em 28/02/2020 e funcionará como teste durante 90 dias.
O empreendimento de 100 kilowatts ocupa uma área de 1.000 m2 do reservatório Billings junto à usina elevatória de Pedreira. Para implantação do projeto foram investidos R$ 450 mil em equipamentos.
“Nós temos que buscar alternativas em parceria com a iniciativa privada e com a população a fim de mudarmos nossos hábitos e investirmos no desenvolvimento sustentável. Cuidar do meio ambiente é um dever de todos! A SIMA está atenta e buscando desenvolver políticas públicas e ações que contribuem para preservar o nosso meio ambiente”, explica o secretário Marcos Penido.
O teste servirá para avaliar a viabilidade da implantação de usinas fotovoltaicas nos reservatórios da Capital e, se a experiência demonstrar a viabilidade desse tipo de fonte, a EMAE abrirá uma nova chamada pública para implantação de usinas fotovoltaicas flutuantes nas represas Billings e Guarapiranga.
A escolha da empresa Sunlution para implantação do projeto piloto ocorreu por meio de um Chamamento Público, lançado em outubro. A empresa enviou a documentação comprobatória dentro dos critérios técnicos e financeiros exigidos pela companhia. A energia gerada deve alimentar um dos escritórios da EMAE. (ecodebate)

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Quatis/RJ ganhará praça com iluminação movida a energia solar

Quatis, no Rio de Janeiro, ganhará praça ambiental com iluminação movida à energia solar.
Com um conceito sustentável, projeto “Cílios do Paraíba” será localizado no bairro Jardim Pollastri e terá postes com tecnologia fotovoltaica.
O prefeito de Quatis (RJ), Bruno de Souza (MDB), assinou o acordo de cooperação técnica para a construção de uma unidade do projeto “Cílios do Paraíba”, uma praça ambiental, que se localizará no bairro Jardim Pollastri. Os recursos para a implementação da obra serão provenientes da Agência Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP), por meio do Comitê de Bacias do Médio Paraíba do Sul. Com um conceito sustentável, a praça terá postes de iluminação com energia solar e placas de divulgação destinadas a atender também os cidadãos com deficiência visual.
Além disso, terá trilha de caminhada com pavimento feito por pneus, lixeiras destinadas ao recolhimento seletivo de lixo e para o lixo úmido, painel eletrônico com informações sobre o Rio Paraíba do Sul e a divulgação das condições do tempo, entre outros equipamentos.
Das nove cidades do sul fluminense que se inscreveram para a seleção, duas foram contempladas com o projeto, sendo que Quatis e Itatiaia. Ambas foram aprovadas em todas as etapas do comitê para a construção da praça ambiental (uma praça, em cada uma das cidades). No projeto “Cílios do Paraíba”, em Quatis, a praça vai ser construída na Rua Alexandre Pollastri, numa área aproximada de 650 m2, cedida pela prefeitura, que também acompanhará passo a passo a execução do projeto.
O projeto “Cílios do Paraíba” atenderá cidades alcançadas pelo Rio Paraíba do Sul, visando ampliar as ações de conscientização e preservação desta bacia hidrográfica de vital importância para as populações de diversas cidades dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
Esta foi a segunda iniciativa, em menos de três meses, em conjunto da Prefeitura de Quatis, com o Comitê de Bacias do Médio Paraíba do Sul e a AGEVAP em favor da preservação do meio ambiente. Outra iniciativa começou no final do ano passado, quando foram instaladas placas educativas com o objetivo de prevenir a ocorrência de queimadas, um problema muito comum no chamado tempo da estiagem.
As placas foram instaladas às margens das duas rodovias estaduais que ligam a área urbana à zona rural da cidade, uma delas ao distrito de Falcão e a outra ao distrito de São Joaquim. (portalsolar)

Tesla colocará telhados solares no mercado global este ano

Tesla deverá colocar telhados solares no mercado global este ano.
Anúncio foi feito por Elon Musk no Twitter, mas ainda não foram especificado em quais países as telhas serão comercializadas
Em publicação no Twitter dia 15/02/20 de fevereiro, o CEO e fundador da Tesla, Elon Musk, anunciou que a tecnologia de telhados solares da companhia deve chegar ao mercado internacional até o fim de 2020. O produto visa simplificar a instalação de painéis solares ao combinar os dispositivos com telhas ou materiais de revestimento em um mesmo objeto.
Musk ainda não divulgou em que países os telhados solares serão comercializados, mas afirmou que a produção vai ocorrer na Tesla Gigafactory em Nova York.
Ele destaca que a tecnologia por ser em formato de telhas, também oferece um visual mais sofisticado em comparação com os sistemas de painéis convencionais. Apesar disso, o produto ainda não se encaixou no mercado norte-americano. Após diversas tentativas, a linha de telhados solares precisou ser retrabalhada e só conseguiu expandir o nível de distribuição pelos Estados Unidos neste ano.
O Brasil pode ser um alvo da Tesla. Apesar da incerteza em relação à taxação de quem gera sua própria energia, por meio da geração distribuída, a fonte vinda do sol deve ganhar cada vez mais espaço no país.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a energia solar no Brasil deve terminar 2020 com uma potência acrescentada de aproximadamente 4GW entre geração distribuída (GD) e geração centralizada (GC), gerando cerca de R$ 20 bilhões de novos investimentos no setor. Esse resultado vai contabilizar mais de 120 mil novos empregos somente neste ano, uma média de 332 novos postos de trabalho por dia.
Ainda segundo a entidade, o crescimento da fonte solar será impulsionado pela GD (que é produzida pelos usuários individuais em suas próprias residências e posteriormente compartilhadas com a rede local) que deverá terminar o ano triplicando sua potência instalada, responsável por R$ 16,4 bilhões de novos investimentos. No acumulado até o final de 2020, a GD somará uma potência de 5,4 GW.
A geração centralizada (composta por projetos de usinas de grande porte), adicionará 0,6 GW, gerando R$ 3,3 bilhões de novos investimentos. No total acumulado, a GC deve somar 3,1 GW de potência. (portalsolar)

Usina solar flutuante é instalada em represa de SP

Usina solar flutuante é instalada em represa de São Paulo.
Reservatório Billings recebe teste da primeira UFV com esse tipo de tecnologia para a capital paulista.
A cidade de São Paulo recebeu sua primeira usina solar flutuante. Segundo a Secretaria estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima), que implementou a unidade na represa Billings por meio da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE), em parceria com a empresa Sunlution Soluções em Energia Ltda, a nova UFV é um projeto piloto e iniciou sua operação em 28/02/2020, funcionando em regime de testes por 90 dias.
O empreendimento possui 100 kilowatts e angariou um investimento de R$ 450 mil em equipamentos, ocupando uma área de mil metros quadrados do reservatório junto à usina elevatória de Pedreira. Num primeiro momento, a ideia é que a planta gere energia para alimentar um dos escritórios da EMAE.
Marcos Penido, secretário da Sima, frisou que a iniciativa deriva de um trabalho de atenção do órgão, que busca o desenvolvimento de políticas públicas e ações que contribuem para preservar o meio ambiente. “É preciso buscar alternativas em parceria com a iniciativa privada e com a população a fim de mudarmos nossos hábitos e investirmos no desenvolvimento sustentável”, justificou.
O teste servirá para avaliar a viabilidade da implantação de usinas fotovoltaicas nos reservatórios da capital paulista.
Caso a experiência demonstre viabilidade a esse tipo de fonte, a EMAE abrirá uma nova chamada pública para implantação de usinas fotovoltaicas flutuantes nas represas Billings e Guarapiranga, assim como foi no processo em que a Sunlution saiu vencedora. (canalenergia)

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Clima extremo afeta fontes de energia renováveis

As mudanças climáticas, com mais e mais tempestades e ondas de calor, também têm consequências para o nosso suprimento de energia.
Uma equipe de pesquisa internacional desenvolveu um novo método para calcular como o clima extremo afeta os sistemas de energia.
As mudanças climáticas são frequentemente descritas em termos de mudanças médias de temperatura. Mas são principalmente eventos climáticos extremos, como estalos frios, tempestades de outono e ondas de calor do verão, que têm maior impacto na economia e na sociedade.
E nossos sistemas de energia – especialmente sistemas que incluem fontes de energia renováveis – são altamente dependentes do clima e do clima. Até o momento, porém, não existem métodos adequados para calcular como futuros eventos climáticos extremos afetarão esses sistemas de energia.
Mudanças climáticas afetam fontes de energia renováveis
As energias renováveis, como a energia solar e eólica, desempenham um papel crucial na redução das mudanças climáticas, substituindo parcialmente as fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis.
“Mas sua capacidade é altamente dependente das condições climáticas, o que torna sua participação no sistema energético existente um desafio quando se trata de confiabilidade e estabilidade”, diz Deliang Chen, professor de meteorologia física da Universidade de Gotemburgo e um dos cinco pesquisadores da equipe internacional de pesquisa.
Novo método
Os pesquisadores agora desenvolveram um novo método para prever como os sistemas de energia que contêm tecnologia de energia renovável podem ser afetados no futuro por uma mudança climática, com foco em condições climáticas extremas.
Os pesquisadores usaram o método para analisar 30 cidades suecas, incluindo Gotemburgo, Estocolmo e Malmö. Os resultados mostram que futuros eventos climáticos extremos podem ter um impacto considerável nos sistemas de energia.
“Quando usamos o método em 30 cidades suecas e consideramos 13 cenários de mudança climática, vimos incerteza no potencial de energia renovável e demanda de energia”.
A diferença entre o acesso e a demanda de energia pode, com certas variações climáticas futuras, chegar a 34%.
“Isso significa uma redução na confiabilidade da fonte de alimentação de até 16% devido a eventos climáticos extremos”.
Colaboração necessária
Diante das próximas mudanças climáticas, moldar e otimizar um sistema de energia que possa coordenar fontes de energia renováveis ??no suprimento de energia requer uma estreita colaboração entre especialistas em sistemas de energia e pesquisadores do clima, de acordo com Deliang Chen.
“Precisamos desse tipo de colaboração para lidar com a complexidade dos sistemas climáticos e energéticos e para poder prever os efeitos multidimensionais que aguardam”.
O artigo Quantifying the impacts of climate change and extreme climate events on energy systems foi publicado recentemente na revista científica internacional Nature Energy. (ecodebate)

Energia Solar e o futuro da tecnologia na geração elétrica mundial

O crescimento da energia solar fotovoltaica na última década foi notável e cheio de novos recordes ao longo dos anos.
Em 2010, o mercado global era pequeno, com pouco mais de 39 Gigawatts (GW) de capacidade instalada e seus projetos ainda altamente dependentes de subsídios em países como Alemanha e Itália.
Hoje, esse volume mundial saltou para mais de 500 GW e deverá crescer cerca de 142 GW somente este ano, segundo estimativa da empresa de inteligência de negócios IHS Markit.
O montante deverá colocar a fotovoltaica novamente na liderança da expansão mundial de geração de energia, superando todas as demais tecnologias, renováveis ou não.
E o motivo está nos seus custos, cada vez mais baixos e que tornaram as placas solares a forma mais barata para nova geração de eletricidade nas principais economias do mundo.
Com os avanços tecnológicos nos painéis solares e demais equipamentos fotovoltaicos, essa é uma tendência que irá se manter para os próximos anos.
Segundo projeção da Agência Internacional de Energia (International Energy Agency, ou IEA na sigla em inglês), a solar fotovoltaica será a fonte energética número um do mundo até 2035.
Possibilitando uma geração de energia 100% limpa, esse crescimento também traz um impacto positivo ao meio ambiente e uma grande contribuição para o combate às mudanças climáticas.
Para os consumidores, a tecnologia já se tornou a solução definitiva para acabar com as altas contas de luz e uma proteção contra os aumentos no preço da energia.
No Brasil, mais de 189 mil consumidores já investiram na tecnologia graças a queda de preços e as diversas linhas de financiamento para energia solar oferecidas pelos mais diversos bancos.
A queda nos custos da tecnologia, que registrou depreciação de mais de 70% nos últimos 10 anos, também segue como tendência na indústria e deverá cortar os preços pela metade até 2030.
Entre os caminhos para isso estão as pesquisas em módulos de maior eficiência, que podem gerar 1,5 vezes mais energia do que as placas similares existentes atualmente.
Além disso, novas tecnologias utilizadas na produção dos equipamentos deverão reduzir as quantidades de materiais caros, como prata e silício, usados na fabricação de células solares.
Uma das novas tecnologias solares que já começa a ganhar mercado é a dos módulos bifaciais, que captam energia em ambos os lados.
No Brasil, a usina São Gonçalo, maior projeto do tipo da América latina inaugurado em janeiro no Piauí, foi um dos primeiros a utilizar a tecnologia bifacial para maior geração do complexo.
Outro caminho para inovação é a melhor integração da energia solar em casas, empresas e demais estabelecimentos através do uso de tecnologias digitais de baixo custo.
Com todos esses avanços, a energia solar segue para um futuro onde se tornará a fonte mais barata para geração elétrica do mundo, mesmo comparada aos combustíveis fósseis.
Junto a sua flexibilidade de projetos e facilidade de instalação, todos esses fatores continuarão fazendo com que o número de instalações solares cresça pela próxima década no mundo. (ecodebate)