sexta-feira, 10 de abril de 2020

Debênture sustentável planeja financiar projetos solares no Brasil

Debênture sustentável estreia para financiar projetos solares no Brasil.
Papéis foram emitidos pela geradora de energia londrina Faro para projetos com benefícios ambientais e sociais.
A Faro Energy emitiu a primeira debênture sustentável do Brasil, com o objetivo de captar R$15 milhões para investir em projetos de geração distribuída de energia solar e iniciativas sociais no país. As debêntures sustentáveis podem ser direcionadas tanto em projetos com benefícios ambientais quanto sociais. Os papéis foram certificados pela Bureau Veritas.
Segundo relatório publicado pela Moody’s em fevereiro, as emissões de bônus verdes, sociais e sustentáveis devem crescer 24% no mundo neste ano, para 400 bilhões de dólares. Portanto, a chegada desse tipo de papel no Brasil foi em bom momento.
Além disso, o país vive um boom no mercado fotovoltaico puxado pelo segmento de geração distribuída, que geralmente envolve a instalação de sistemas solares em residências ou terrenos para atender diretamente a demanda de consumidores.
As debêntures da geradora de energia londrina destinarão R$ 14,9 milhões para quitar dívidas em moeda estrangeira e R$ 100 mil para aulas de desenvolvimento de habilidades sócio emocionais para 600 alunos de uma escola da cidade de Pirapora, no norte de Minas Gerais.
Hoje, a Faro do Brasil tem uma capacidade de geração bruta de 222 mil megawatts-hora por ano. “Poderíamos ter feito uma emissão tradicional de debênture, mas queríamos que nosso projeto fosse além e impactasse de diferentes maneiras na região onde está”, disse Pedro Mateus, presidente da Faro no Brasil.
As debêntures serão remuneradas de acordo com a inflação medida pelo IPCA mais 5,45% ao ano, com prazo de dez anos. Segundo a companhia, os papéis têm como garantia o fluxo de pagamento pela energia solar gerada pela Faro e consumida por dois clientes, Aquário do Rio e uma rede de supermercados em Pirapora.
“Fazendo dessa maneira, acreditamos que a equação de risco e retorno para investimentos vai acabar e a questão do impacto social e ambiental terá que entrar nessa conta,” disse o presidente da Gaia, João Pacífico.
O distribuidor responsável pelas debêntures da Faro foi o Banco BTG Pactual SA, que atua em transações de centenas milhões de reais. “Nos últimos três anos, observamos que a demanda por investimentos de impacto tem crescido e queríamos testar como seria a demanda”, disse Mariana Oiticia, sócia do BTG Pactual. (portalsolar)

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