O crescimento da energia
solar fotovoltaica na última década foi notável e cheio de novos recordes ao
longo dos anos.
Em 2010, o mercado global era
pequeno, com pouco mais de 39 Gigawatts (GW) de capacidade instalada e seus
projetos ainda altamente dependentes de subsídios em países como Alemanha e
Itália.
Hoje, esse volume mundial
saltou para mais de 500 GW e deverá crescer cerca de 142 GW somente este ano,
segundo estimativa da empresa de inteligência de negócios IHS Markit.
O montante deverá colocar a
fotovoltaica novamente na liderança da expansão mundial de geração de energia,
superando todas as demais tecnologias, renováveis ou não.
E o motivo está nos seus
custos, cada vez mais baixos e que tornaram as placas solares a forma mais
barata para nova geração de eletricidade nas principais economias do mundo.
Com os avanços tecnológicos
nos painéis solares e demais equipamentos fotovoltaicos, essa é uma tendência
que irá se manter para os próximos anos.
Segundo projeção da Agência
Internacional de Energia (International Energy Agency, ou IEA na sigla em
inglês), a solar fotovoltaica será a fonte energética número um do mundo até
2035.
Possibilitando uma geração de
energia 100% limpa, esse crescimento também traz um impacto positivo ao meio
ambiente e uma grande contribuição para o combate às mudanças climáticas.
Para os consumidores, a
tecnologia já se tornou a solução definitiva para acabar com as altas contas de
luz e uma proteção contra os aumentos no preço da energia.
No Brasil, mais de 189 mil
consumidores já investiram na tecnologia graças a queda de preços e as diversas
linhas de financiamento para energia solar oferecidas pelos mais diversos
bancos.
A queda nos custos da
tecnologia, que registrou depreciação de mais de 70% nos últimos 10 anos,
também segue como tendência na indústria e deverá cortar os preços pela metade
até 2030.
Entre os caminhos para isso
estão as pesquisas em módulos de maior eficiência, que podem gerar 1,5 vezes
mais energia do que as placas similares existentes atualmente.
Além disso, novas tecnologias
utilizadas na produção dos equipamentos deverão reduzir as quantidades de
materiais caros, como prata e silício, usados na fabricação de células solares.
Uma das novas tecnologias
solares que já começa a ganhar mercado é a dos módulos bifaciais, que captam
energia em ambos os lados.
No Brasil, a usina São
Gonçalo, maior projeto do tipo da América latina inaugurado em janeiro no
Piauí, foi um dos primeiros a utilizar a tecnologia bifacial para maior geração
do complexo.
Outro caminho para inovação é
a melhor integração da energia solar em casas, empresas e demais
estabelecimentos através do uso de tecnologias digitais de baixo custo.
Com todos esses avanços, a
energia solar segue para um futuro onde se tornará a fonte mais barata para
geração elétrica do mundo, mesmo comparada aos combustíveis fósseis.
Junto a sua flexibilidade de
projetos e facilidade de instalação, todos esses fatores continuarão fazendo
com que o número de instalações solares cresça pela próxima década no mundo.
(ecodebate)
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