Equipamentos usados estão
sendo aplicados na eletrificação de cerca ao redor de uma área de preservação
ambiental na região da UHE.
Promissão
Os colaboradores da AES Tietê
deram início a um projeto-piloto que tem como objetivo recuperar e reutilizar
placas solares descartadas do Complexo Solar Guaimbê. A experiência começou em
dezembro do ano passado, por iniciativa da equipe da empresa que atua na área
de condicionantes ambientais, que identificou o potencial de reuso do material
já recuperado da usina.
Segundo a coordenação, o projeto
visa adaptar as placas recuperadas e utilizá-las como fonte geradora de energia
para as cercas elétricas localizadas no entorno de uma Área de Preservação
Permanente (APP) do reservatório da UHE Promissão (SP, 264 MW).
No processo tradicional de
descarte as placas são encaminhadas conforme as determinações da legislação
vigente (Lei nº12.305/2010), na qual os componentes são separados e enviados
para reciclagem. Um documento regulamentado posteriormente, o decreto nº
7.404/2010 consolida as diretrizes sobre gerenciamento de resíduos sólidos e
delega responsabilidade da gestão de resíduos perigosos, proveniente de
equipamentos elétricos e eletrônicos, aos geradores.
A escolha do local também foi
definida estrategicamente, visto que uma única placa foi suficiente para
eletrificar 50 quilômetros de cerca que protege cinco hectares da área, em fase
de restauração ecológica.
Segundo o Engenheiro de Meio
Ambiente da AES Tietê, Emerson Viveiros, depois da implantação da cerca
elétrica alimentada pelas placas solares não houve mais degradação da área pelo
rebanho da região. Agora a ideia é replicar o projeto. O procedimento reduzirá
a geração de resíduos decorrentes do descarte das placas, além de contribuir
com a sociedade na questão de preservação ambiental.
Um estudo divulgado pela
Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) em 2016 apontou que mais de
78 milhões de toneladas de equipamentos fotovoltaicos serão acumuladas
mundialmente até 2050. No entanto, a pesquisa acrescenta que se as placas
solares forem recicladas e inseridas novamente no mercado, o valor dos
equipamentos pode superar US$ 15 bilhões.
No Complexo Solar Guaimbê, a
intenção é expandir as alternativas de reutilização dos equipamentos.
Futuramente, o objetivo da geradora é o de ampliar a capacidade de geração de
energia da placa, a fim de que os produtores rurais da região possam utilizar
no sistema de manejo do pasto. (canalenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário