ANFAVEA
considera inviável prazo de 10 anos para fim de carros a combustão.
A
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) considera
inviável o prazo de 10 anos para que seja extinta no País a venda de carros
movidos a gasolina e diesel, como prevê projeto aprovado nesta quarta-feira
pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
O
projeto de lei, de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), argumenta que a
gasolina e o diesel são responsáveis por um sexto das emissões de dióxido de
carbono na atmosfera e afirma que já há soluções tecnológicas para
substituí-los, como os biocombustíveis e os carros elétricos. Aprovado pela
CCJ, o texto segue para a Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado.
Para
a ANFAVEA, que apresentou um posicionamento ao Broadcast por meio da assessoria
de imprensa, o prazo de 10 anos é curto para que a meta seja cumprida. A
associação acredita que, antes disso, é necessário haver um debate sobre o
tema, que envolva, principalmente, a capacidade da matriz energética brasileira
de dar conta de uma frota eletrificada.
A entidade lembra, ainda, que o Congresso aprovou recentemente o Rota
2030, programa do governo que estabelece metas de eficiência e emissões até
2034. Já há, portanto, alguns prazos que as montadoras perseguem. Segundo o
projeto aprovado no Senado, a venda de carros movidos a gasolina e diesel seria
proibida a partir de 01/01/2030. E a circulação seria proibida a partir de
2040.
Em
outubro, o diretor técnico da ANFAVEA, Henry Joseph Junior, chegou a ir à CCJ
para explicar as razões da inviabilidade da proposta. Sem êxito na comissão, a
associação pretende enviar novamente o seu corpo técnico para argumentar contra
o projeto na CMA. (biodieselbr)
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